M A H A L O

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Mαhαlo representα α grαtıdα̃o sıncerα que umα pessoα sente por outrα e, pαrα o povo hαvαıαno, deve ser utılızαdα de mαneırα sάbıα e honestα

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Mαhαlo representα α grαtıdα̃o sıncerα que umα pessoα sente por outrα e, pαrα o povo hαvαıαno, deve ser utılızαdα de mαneırα sάbıα e honestα.

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Havia uma pilha de presentes na sala de estar da casa do meu pai, o endereço que escolhi para que fossem enviados. Era muito mais fácil tê-los ali já que seriam levados para um dos apartamentos do prédio, o presente de casamento de papai, que nem sonhava que eu bem pretendia continuar na minha casa em North Shore, morar em Wakiki simplesmente não me alimentava os olhos.

Faço meu caminho entre a pilha de caixas e sacolas, uma maior que a outra, com notas e cartões da família e amigos próximos. Começaram a chegar na semana passada, um ou outro, mas agora que a família se reunia na Ilha Grande eles chegavam aos montes.

Pego uma caixa com um ferro de passar roupa e suas quinhentos e doze funções, praticamente deixava a roupa dobrada no guarda roupa. Por acaso pensavam que eu estava disposta a passar a cuecas de Mansur?

Me sento no longo sofá branco e solto um gritinho ao sentir minha bunda ser espetada por um caixa menor. Minha vontade é reunir tudo e distribuir nos bairros mais pobres da Ilha, alguém com certeza faria melhor uso do quarto liquidificador que acabara de chegar, ou do jogo de quadros que dizia que seríamos uma família feliz. Haviam crianças no quadro. Um menino e uma menina.

Filhos!

Construir uma família com ele, ter filhos, ser feliz.

Sinto minha glote fechar. Levanto tropeçando nas caixas de presente e me jogo em direção a sacada, agarro a barra de metal e me agacho contando até dez. Um, dois, três, quatro, cinco...ter filhos realmente não esta nos meus planos...seis, sete, oito, me casar antes de abrir a filial da minha empresa na Europa também não, nove, dez.

──── Nani, venha tomar café.

Abro os olhos fitando a imensidão azul esverdeada a minha frente, posso ver toda a costa leste dali. Não consigo ouvir o som das ondas, invés disso, ouço as risadas de meu pai e os pais de Mansur, eles estão ali.

Aperto meus dedos na barra de metal desejando que fosse apenas um sonho, se eu acordasse em seguida poderia me prepara melhor para aquilo, mas não era um sonho. Massageio minhas falanges marchando de volta ao interior da casa, minha mão dói pela frustração extravasada no metal.

Encontro a mãe de Mansur olhando os presentes, checava a etiqueta e o peso das caixas, se não a conhecesse diria que estava mesmo interessada em saber o que ganhamos, qual o valor e não que nos deu. Os Okalani tinham a fama de serem exigentes, o que acobertava o fato de serem na verdade esnobes. Mas não com a minha família, eles faltavam lamber os pés de papai, planejavam festas em família, por pouco não cediam os próprios quartos para dormirmos, havia uma admiração quase doentia por Kaleo Kalawai'a.

Relish in HAWAII x KTHOnde histórias criam vida. Descubra agora