M A N A

139 14 7
                                    

Mαnα é umα pαlαvrα em hαvαıαno

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Mαnα é umα pαlαvrα em hαvαıαno. Seu sıgnıfıcαdo é o Poder Dıvıno, é α energıα vıtαl que fluı αtrαvés de todαs αs coısαs. É o poder de curαr e de compreender α mάgıcα do mundo.

»»-----  -----««


Desentender-se com sua família e seu noivo às vésperas do seu casamento tem suas vantagens, o silêncio no café da manhã, os olhares cuidadosos e as poucas palavras trocadas evitaram que a veia na minha testa ameaçasse estourar outra vez. Não havia clima nem mesmo para o passeio que Mansur havia me sugerido na noite do nosso jantar de ensaio.

O idiota parecia mais destruído que eu, com óculos escuros e um vidro de analgésicos no bolso do shorts. Não que eu estivesse melhor, mas depois daquela noite maldita sentia todo meu corpo dormente, minha mente funcionava no automático e eu só torcia para chegar ao fim da cerimônia sem nenhuma grande loucura.

Me despeço de todos com um aceno, minha irmã é a única que questiona porque Mansur não está indo me fazer companhia e ele lembra a todos que já foi lá, sem mim, pouco se fodendo para a tradição.

Passa do horário do almoço quando entro no barco que vai me levar a ilha de Maui, a segunda maior ilha do Havaí, cheia de paisagens lindas, histórias e tradições. Dentre as tradições, aquela que estava ali para cumprir, ir até o caminho das conchas e encontrar o par que seria usado na cerimônia de casamento, bastava encontrar uma idêntica a de Mansur.

Procuro espaço no deck, é um barco grande, feito para turistas e pessoas que lidam com negócios da ilha, para facilitar  locomoção. Me sento em uma mesa na lateral, em uma distância segura das barras de proteção, ainda que o mar estivesse tão calmo quanto um vulcão adormecido. Deixo a bolsa sobre a mesa e me sento tomando um momento para respirar fundo, a viagem até a ilha de Maiu não era tão rápida, o barco ia em uma velocidade reduzida para que os turistas pudessem desfrutar da paisagem, eu poderia ter pego uma lancha, faria o trajeto em menos da metade do tempo, mas eu precisava daqueles minutos para limpar a mente. 

Ao menos foi o meu intuito. 

Os últimos turistas adentravam a embarcação quando o capitão anunciou uma última vez que estávamos prestes a partir. Uma pequena onda de rostos curiosos e animado invadiu o deck ocupando espaços nas mesas e nos bancos laterais, embaixo do sol Havaiano. Entre os transeuntes, de soslaio, vi a figura que me atormentava os pensamentos. Torci para ser um delírio, que o sol estivesse queimando meus neurônios, mesmo estando na sombra. Mas não foi o suficiente para o destino me dar uma trégua. 

Tentei desviar a atenção antes que fosse pega o encarando, em vão. O rosto bonito me encontrou, os cabelos penteados para trás, óculos escuros, os lábios bonitos formaram um sorriso em minha direção, me cumprimentando em silêncio. Voltei minha atenção para a mesa de madeira soprando o ar que nem imaginava estar prendendo. Demorei alguns instantes para levantar o olhar outra vez. Taehyung ainda estava lá, mas sua atenção havia retornado aonde provavelmente estava em um primeiro momento. A mulher com ar de modelo americana a sua frente, jogando os cabelos por cima dos ombros e dando sorrisos largos. Minhas orbes rolaram sem nem mesmo perceber.

Relish in HAWAII x KTHOnde histórias criam vida. Descubra agora