Capítulo 20: Você não está sozinha

39 2 1
                                    

No dia seguinte...

Com Carla...

-Lembre-se –Olho para ela- nada de forçar a barra

Camily- Eu sei –Falo andando ao seu lado-

Batemos na porta do quarto da Aurora.

Com Aurora...

Estou deitada em minha cama toda encolhida, só sabia chorar e chorar, até que ouço batidas na porta.

Aurora- Quem é? –Pergunto chorando-

-Sou eu Carla e a Camily –Falo do outro lado da porta-

Me levanto com dificuldade, meu corpo ainda doía, abro a porta.
                                                                                           
Aurora- Podem entrar –Falo voltando para a cama-

Com Carla...

Entramos no quarto e me sento na cama.

-Como você está? –Pergunto olhando para ela que chorava de bruços-

Aurora- Péssima –Respondo- eu me sinto a pior pessoa do mundo, me sinto violada, usada –Soluço- me sinto culpada

-Querida, a culpa não é sua...nunca será –Falo olhando para ela-

Camily- Eu já passei praticamente pela mesma coisa que você passou –Começo- um homem já me assediou e ele só não chegou até o fim, por que o Henrik o impediu –Meus olhos ficam marejados-

Aurora- Dessa vez, não tinha ninguém para impedir aquele monstro de me estuprar –Falo chorando-

Olho para a Camily com os olhos marejados, é difícil ver uma mulher passando por algo assim, ainda mais uma menina tão nova, ela só tem 14 anos.

-Aurora, por mais que seja difícil de acreditar, mas você não teve culpa de nada do que aconteceu, o único culpado disso tudo é aquele monstro que é só você falar as características que eu mato –Ela me olha surpresa-

Aurora- Você faria isso por mim? –Pergunto surpresa-

-Lógico que faria, mas antes o torturaria –Falo pensativa- acho que queimar brinquedo dele é uma boa

Camily- Aurora, querida –A chamo e ela me olha- você sabe se ele usou preservativo? –Pergunto e Carla me olha e depois olha para Aurora-
                                                                                           
Ela para pensar um pouco e chora ainda mais.

Aurora- Não, ele não usou –Falo chorando- eu não posso ter um filho desse monstro –Falo tremendo-

-Ei, calma –Pego em sua mão e por incrível que pareça ela não afasta- isso não vai acontecer –Ela me olha chorando- vou comprar uma pílula do dia seguinte e você vai tomar

Aurora- E isso funciona? –Pergunto olhando para elas-

Camily- Bom... me impediu de engravidar umas vinte vezes –Falo e Carla arregala os olhos-

-Meu filho desconhece a palavra camisinha? –Pergunto surpresa, mas volto minha atenção para a Aurora-

Enxugo suas lágrimas.

-Querida, você pode confiar em todos nós aqui, sei que é um lugar novo para você, mas pode confiar em nós...nunca te machucaríamos –Falo a verdade- o Dean te vê como uma filha, os meninos adorariam fazer amizade com você, as meninas nem se fala...Abigail seria a primeira –Rio me lembrando da minha filha mais nova- fora nós adultos que estaremos aqui para o que você precisar, qualquer coisa mesmo...você agora é da família

Ela sorri com o que eu falei.

Aurora- Obrigada, Carla, de verdade, muito obrigada –Falo realmente agradecida-

Camily- E lembre-se –Ela me olha- você nunca estará sozinha, você é uma menina muito corajosa, todos aqui estamos prontos para te acolher da melhor maneira possível –Começo a falar- você pode confiar em todos nós aqui, qualquer um mesmo –Ela sorri fraco- nenhum de nós irá te machucar –Falo a verdade- eu prometo
                                                                                           
Aurora- Obrigada, Camily –Sorrio agradecida-

-O que acha de descermos para tomar um café? –Pergunto olhando para ela- posso preparar sua comida favorita, só vou adiantar que eu não sou muito boa na cozinha –Ela ri fraco-

Aurora- Eu quero descer –Respondo olhando para elas-

Sorrio olhando para a Camily e descemos para a cozinha.

Com Pedro...

Estou fazendo meu café preto, quando minha mãe, tia Carla e Aurora entram na cozinha, a olho e ela se senta no balcão da cozinha, me aproximo para pegar uma xicara e ela se afasta assustada.

Pedro- Ei, calma –Falo erguendo as mãos- eu não vou te machucar –Ela me olha assustada-

Aurora- Desculpa, é que é assustador sentir o cheiro de qualquer homem –Falo com o corpo trêmulo-

Pedro- Eu imagino como deve ser –A olho- mas eu prometo você está segura aqui, ninguém vai te machucar –Ela me olha- eu mato quem ousar te machucar –Ela sorri surpresa-

Aurora- Obrigada –Sorrio fraco-

Pedro- Por nada –Sorrio- quer panquecas? –Pergunto- estava fazendo para Megan e sobrou umas três

Aurora- Quero sim –Falo olhando para ele-

Coloco as panquecas no prato.

Pedro- Quer o que como calda? –Pergunto abrindo a geladeira-

Aurora- Tem morango e mel? –Pergunto e ele assente-

Pego os morangos e o mel, coloco nas panquecas e entrego a ela.
                                                                                           
Pedro- Bom apetite –Falo pegando a bandeja de café da manhã que fiz para Megan-

Aurora- Obrigada –Sorrio e começo a comer-

Me aproximo dela um pouco nervoso e tímido.

Pedro- Olha...eu sinto muito de verdade pelo o que aconteceu com você –Ela me olha- mas quero que saiba que você é muito forte por estar enfrentando esse pesadelo e se quiser desabafar com alguém sobre alguma coisa, qualquer coisa mesmo –Falo a olhando- pode me procurar que eu estarei pronto para te ouvir e te ajudar da melhor forma, posso não ser muito paciente, mas protejo os que considero minha família e você agora faz parte da minha família –Dou um sorriso ao ver ela sorrir- posso dar um beijo na sua testa? –Pergunto receoso e ela assente um pouco assustada ainda-

Me aproximo e dou um beijo em sua testa, significando proteção.

Pedro- Você não está sozinha –A olho- não mais –Sorrio fraco-
Pego a bandeja e subo para meu quarto.

Com Camily...

Sorrio vendo a forma que meu filho tratou a Aurora.

-Caraca... –Falo boquiaberta-

Meu marido desce as escadas e me abraça por trás.

Henrik- Oi, gostosa –Falo dando um beijo em seu pescoço-

Camily- Oi, gato –Dou um sorriso-

Henrik- Josh nos chamou para ir em uma balada hoje, mas eu só vou se você estiver se sentindo confortável em sair –Falo me referindo a ela ter se lembrado do seu trauma-
                                                                                           
Camily- Eu quero ir –Falo me virando para olha-lo-

Henrik- Certeza? –Pergunto colocando minhas mãos em sua cintura-

Camily- Certeza –Respondo com um sorriso-

O diário de Pedro Mikaelson⁵Onde histórias criam vida. Descubra agora