Elizabeth perdeu seus pais e sua irmã em um acidente de carro, fazendo a garota ser forçada a morar com seus avós, em Derry.
Depois daquele acidente, Elizabeth desistiu de viver. Ela não tinha mais forças, ela desejava se juntar a sua família.
Mas...
Mais um dia normal. Eu já estava me sentindo bem. Mas, as lembranças ainda estavam aqui.
Depois que conheci Bevy, eu queria vê-la de novo. Então, tomei um banho e troquei de roupa.
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Perguntei a minha avó se eu podia sair, e ela deixou. Me despedi e saí de casa.
Comecei a andar, na esperança de encontrar Beverly. Avistei aquele parque que vi outro dia, estava cheio de pessoas, de novo.
Escutei um som de risada, olhei pra trás e vi quatro garotos andando de bicicleta. Isso me fez lembrar da Bel. Ela tinha uma bicicleta, na qual ela chamava de Phoebe. Sim, Phoebe. Não sei se é normal dar nomes a bicicletas, e muito menos se é normal dar o nome de "Phoebe". Mas, Bel sempre foi assim. Ela amava aquela bicicleta, mas uma vez ela tava andando, e não olhou pra frente. Caiu morro a baixo e a bicicleta quebrou. Ela chorou muito, por dias.
Dei um sorriso ao lembrar disso. Fiquei presa em meus pensamentos, mas volto a realidade quando um carro passa em alta velocidade, me fazendo levar um susto e cair.
- "Mas que merda!" - Eu grito.
Sinto meu braço arder, quando olho, ele estava ferido.
- "Caramba, você tá bem??" - Um garoto cacheado e de óculos apareceu.
- "Além do braço machucado, eu estou bem." - Respondo.
Logo aqueles outros garotos se aproximam, e o de óculos me ajuda a levantar.
- "O seu braço tá sangrando." - Um garoto baixinho e que usa pochete fala.
Olho pro meu braço e vejo o sangue escorrendo.
- "Melhor eu voltar pra casa." - Eu falo.
- "Mas, o Eds Espaguete pode te ajudar." - O de óculos fala.
- "Já disse pra não me chamar assim!" - O baixinho reclama.
Isso me fez rir.
- "Como vocês se chamam?" - Eu pergunto.
- "Esse é o Eds Espaguete, Big Bill e Stanley Urina." - O de óculos responde, apresentando meus amigos. - "E eu, sou o Richie, mas você pode me chamar de amor da sua vida, gatinha." - Ele fala colocando o braço em meus ombros, o que me fez rir.
- "É um prazer conhecer vocês." - Eu digo, tentando ser simpática.
- "Prazer é só na cama, gatinha." - Richie fala, e eu dou risada.
- "Só vem, novinho." - Falo entrando na onda, fazendo todos rirem.
Bom, Eddie insistiu em cuidar do meu braço, que não parava de sangrar. Fomos na farmácia e eu comprei os medicamentos que ele mandou, com o dinheiro que ganhei da minha avó ontem, e ele cuidou do meu machucado.
- "Obrigada, Eddie!" - Agradeço sorrindo.
- "D-de nada!" - Ele diz.
- "Bom, eu vou pra casa. Tchau, garotos! E, mais uma vez, obrigada por me ajudarem!" - Me despeço de cada um e sigo meu rumo.
