Era uma linda tarde, o céu já em seu tom mais avermelhado, dava ao sol uma linda cor carmesim, que por si só já encantava a cidade em seu adeus, fazendo com que todos esperassem ansiosamente por seu retorno pra que seus olhos pudessem se deleitar com tamanha beleza que o mesmo em emitia.
A linda garota de cabelos negros, e olhos esmeralda cruzava seu caminho rumo a seus aposentos. No caminho notara um novo lugar, Inexplorado e cheio de vida. Um café novo que havia sido construído a não muito tempo. Havia muitos gatos em seu interior. A garota imersa em curiosidade já adrentava o local. Vários gatos a rodearam. A garota sentou-se em uma mesa perto da porta, tendo sido atenciosamente atendida no mesmo momento. A garota que a atendera era bonita,porém seus olhos cor diamante carregava uma imensa dor e grande sofrimento a qual a mesma não podera fugir. Isso deixava a portadora dos olhos esmeralda triste e sem esperança. Recompondo-se a menina pagou a garota diamante um café, retirando-se do local assim que terminara sua bebida.
E lá estava ela, presa em seus devaneios novamente caminhando com seu olhar direcionado para o céu que agora já havia sido tomado pela escuridão da noite permitindo que a luz da lua se cruzasse com a luz dos postes que agora já ligados iluminavam seu belo rosto.
Já adentrando sua casa percebera sua mãe na mesa de jantar- como a mesma fazia todos os dias- esperando o retorno dela. A garota solta um suspiro, não de alívio mas sim do pesar que sentia ao dar tantos problemas a sua mãe.
Perdera seu pai biológico, pois o mesmo, a não muito tempo atrás, morrera por um acidente de automóvel. Depois disso a garota perdera as esperanças de ser feliz. A casa que antes era fruto de uma alegria inesquecível e de uma aura aconchegante, agora carregava a dor e o luto da garota que por sua vez amava seu pai mais que tudo.
Arrastando levemente os pés delicados pelo chão a garota tirara suas sapatilhas na entrada da casa e pede licença, que a mesma e concedida por sua mãe que aguarda a garota para jantar.
-tadaima omma.
-okaeri - disse a mãe da garota.
A garota sentou-se.
A cozinha nunca fora tão quieta, as folhas da grande cerejeira dançavam ao som e movimento do vento dando a noite agora um ambiente calmo e rosado.Tendo em suas mãos o hashi a garota começa a se deliciar com a comida de sua mãe, que por sua vez, comia calmamente enquanto apreciava o sabor da comida.
Eva- Então. Como foi no tour pela escola ?
-Bem.
Disse a garota agora com seus pratos em mãos.
Levando a louça a pia a garota sente o olhar de sua mãe em suas costas. Levemente a garota virou-sê, olhando a sua mãe que agora já não a encarava mais, sem fazer questão de perguntar-lá o motivo a qual a mesma a encarava, a garota que ,agora, já havia tirado a mesa se dirigia lentamente a seu quarto.
-Viollett.- exclamou a mãe da garota.- Não durma muito tarde, você tem aula amanhã.
Viollett apenas a olhou e assentiu com a cabeça.
Já deitada em sua cama, vários pensamentos passavam por sua cabeça. Como seria a nova escola? Mesmo já a tendo visitado a garota não sabia ao certo como seria. Ela sempre tinha a mesma pergunta em sua cabeça, a maior parte do tempo pelo menos.Ela já morava no Japão a um mês, mas não ia a escola desde o falecimento de seu pai, estudando em casa, Violett não se sentia precionada, não se sentia sozinha mesmo estando só. Somente ela é os livros, só ela é sua mente, nada poderia lhe atrapalhar. A idéia de ir a escola mesmo antes a morte de seu pai nunca fora reconfortante, se sentia insegura por não ser muito boa com as pessoas, apenas o fato gostar de ficar em seu mundinho a tornava estranha? Para ela as pessoas julgavam muito umas às outras o que ,nas sua visão, não se era algo que deveria acontecer. Mas agora sua mãe fazia questão de manda-lá a escola, ela sabia que sua mãe nunca lhe desejaria o mal, então por que? Por que a mesma insistia que a garota fizesse algo que não a agradava ? Algo que a fazia mal. Será que estiveram enganada sobre sua mãe o tempo todo? A mesma não se importava com sua saúde mental? Aqueles pensamentos eram incertos e lhe traziam certa tristeza.
Deitada em sua cama, viollett observava atentamente cada detalhe da cerejeira que balançava os galhos, que por sua vez faziam contato com a grande janela que havia em seu quarto. Bela e calma, era a melhor forma de descrever a noite.
Em meio ao caos e a bagunça do dia a dia,a noite sempre foi um refúgio para viollett, quando todas as pessoas dormiam e a natureza emitia seus mais belos sons, era nesse momento em que viollett não se sentia precionada a cumprir expectativas, era o único momento onde poderia ver as estrelas e a lua, ah, a lua, linda como sempre, a lua era a melhor amiga de viollett, poderia desabafar sobre tudo com ela, Viollett nunca seria julgada a noite,pois ali não havia ninguém para julga-lá, ninguém para lhe fazer mal apenas ela é as estrelas.Acordada pelo sol da manhã que refletia em sua janela e batia em seu rosto, a garota levantava-se lentamente. Ainda sonolenta Viollett se dirigi ao banheiro para que possa fazer suas higienes. Despiu-se e tomou seu banho, a água fria caia sobre os longos cabelos negros de Viollett e se desfazia em sua pele clara. Viollett vestiu-se com seu uniforme,sua personalidade calma e reservada se fazia presente no momento. Desceu as escadas e dirigiu-se a cozinha onde encontrara um bilhete de sua mãe.
" Viollett,
Tive que sair mais cedo hoje, espero que não se importe, há comida pronta na geladeira, até a noite.
De sua mãe"Era o que dizia no bilhete. Mais uma vez sua mãe havia saído mais cedo por conta de seu trabalho, para Viollett isso não era incomum, muitas vezes sua mãe saira mais cedo. Ela não se importava de ficar sozinha sempre gostou da sua própria companhia. Ela aqueceu a comida e se dirigiu a mesa com um prato em mãos, comeu calmante e depois saiu da casa.
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O Chamado das cerejeiras.
RandomViollett e uma garota linda que ama a noite e principalmente a lua. Um dia a mesma ouvirá um chamado pelo seu nome, o que vai faze-la encontrar novas amizades e quem sabe até sentir a chama do amor. OLÁ! Este é um livro ( ou pelo menos parte dele)...