IV

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  Por fim, Jeongbyul ao ver que seu amigo saíra dali, seguiu para o quarto - onde o garotinho estava - e pela porta, viu que o pobre garoto estava com uma máscara de nebulização e dormia tranquilamente. Pensou um pouco nos seus tempos de criança, quando vivia doente e preso dentro de casa, por conta de sua saúde instável, vendo outras crianças brincarem como se não houvesse amanhã, sentia vontade de ser como elas e correr livre, porém, notou que no meio das crianças havia um menino pequeno, que se emburrava fácil com as brincadeiras e se sentava na calçada em frente a sua casa, todos os dias; Jeongbyul não o conhecia e tampouco falava com outros meninos, mas, apesar disso, soltou um "ei" chamando a atenção do garoto de cabelos castanhos, fazendo-o olhar para si e se assustar por ver que estava sendo observado de uma janela, com alguém que nunca havia visto antes.

- O que faz aí trancado? - Perguntou o menino.

- Ah, eu... eu não p-posso sair. A minha eomma está preocupada com minha saúde. Sempre que saio, me machuco, então, ela apenas pediu para que eu ficasse longe de problemas... - Respondeu, Jeongbyul, limpando os olhinhos que lacrimejavam um pouco.

- Nunca vi alguém doente por sair de casa. - Questionou o acastanhado e sorrindo de forma que o fez sorrir também.

- Você quer brincar? Eu posso abrir o portão para você entrar, eu tenho bastante jogos aqui em casa! - Proferiu um pouquinho rápido, já se empolgando em ter mais alguém para brincar consigo.

 Ao relembrar de tudo isso, sorriu e adentrou o quarto, sentando na cadeira próxima à cama do paciente.

- Juha... até naquela época você fez tanto por mim, agora é minha vez de retribuir o favor, por mais que você não se lembre de quem eu sou. - Abraçou seu próprio corpo e então apenas sorriu novamente, relembrando do rosto daquele pequeno garoto de cabelos castanhos, o qual agora, tornou-se num pequeno menino fofo de cabelos loiros com mechas rosadas. O mesmo marrento de sempre, mas com um enorme coração que nem mesmo ele se dá conta que tem.

 Pegou seu celular e mandou uma mensagem para Juha, perguntando se ele havia chegado bem em casa, sendo imediatamente respondido.

Chegou bem em casa?

|Vista às 11:54 PM

S

im, cheguei. Como tá por aí?

| Entregue às 11:55 PM

Ah, ele fica ressonando baixinho, então tá tudo certo com ele. Mas o que cê tá fazendo de gostoso pro jantar? Tô numa fome medonha aqui...

| Vista às 11:55 PM

 O menor demorou um pouco para responder, já que estava preparando algo para comer e talvez fazer uma surpresa para o maior e levar um pouco de kimbap para o hospital, caso ele estivesse com fome.

 Enquanto mexia nas panelas, seu celular vibrou incessantemente, instantâneamente pensou no modo carente que Jeongbyul ativava quando precisava de atenção, então correu para atender o telefone, já dando risada.

  - O que foi? Não aguenta ficar dois minutos sem falar comigo, é?! - Perguntou sorridente e ainda aumentando um pouco o tom da voz para falar com o maior.

 Ao perceber o silêncio na chamada, retirou o telefone do ouvido e viu que era um número desconhecido, aproximou o telefone do rosto novamente e esperou alguma resposta.

- Ei, Jeongbyul 'tá de gozação comigo? ! - Encerrou a ligação e quase jogou o celular pela parede para que quebrasse, mas lembrou-se que era o único meio de contato com seu dongsaeng naquele momento. - Mas que por-.

ConsequênciasOnde histórias criam vida. Descubra agora