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𝗕𝗮́𝗿𝗯𝗮𝗿𝗮 𝗣𝗮𝘀𝘀𝗼𝘀🩷

Abro meus olhos aos poucos e percebo que estou sozinha na cama. Em sento e passo a mão em meu cabelo, tirando de meu rosto.

Bocejo e me levanto, indo até o banheiro e fazendo minhas higienes pessoais- tive que escovar os dentes com o dedo-.

Procuro minha bolsa pelo quarto e encontro em cima de uma cômoda, meu celular estava lá dentro e ontem esqueci de colocá-lo pra carregar.

Seguro o meu celular em minhas mãos e saio do quarto, descendo as escadas. Passo pela sala e vejo que o pessoal ainda está dormindo, então vou até a cozinha onde encontro Victor sentado em um balcão do balcão enquanto come alguma coisa em uma tigela.

—— bom dia —— ele desvia seu olhar para mim mas não me responde —— você pode me emprestar um carregador? Meu celular tá descarregado —— levando meu celular e sacudo ele.

—— está lá em cima, depois pega lá —— deixo meu celular em cima da mesa e caminho até o filtro pra tomar água —— 'tá com fome? —— confirmo com a cabeça e ele gesticula o cereal que estava em cima do balcão —— come aí. A tigela fica no armário da direita.

Abro o armário em que Victor indicou e pego uma tigela, caminhando até ele e me sentando ao seu lado.

Coloco o leite e o cereal na tigela e, começo a comer.

Ficamos em silêncio até nós dois acabar de comer. Victor se levanta pegando a minha tigela e a sua , as levando até a pia e deixando lá.

—— vou fazer uma festa aqui hoje —— Victor me diz e se apoia na parede.

Franzo a sobrancelha —— você não estava de castigo?

—— eu estou ! Mas meus pais não precisam saber, né?! —— ele sorri de lado.

—— então, acho melhor eu ir embora.

—— ué, por que? —— ele começa a caminhar rumo a escada e eu o sigo, subindo.

—— não tem muito o que eu fazer em uma festa. Não posso beber —— entramos no quarto e Victor se joga na cama.

Ele da de ombros —— é verdade.

Vejo seu carregador jogado sobre uma mesa e coloco meu celular pra carregar.

Vou até a cama e me sento ao lado de Victor, cobrindo as minhas pernas. O silêncio novamente pairou sobre nós até que eu decidi puxar assunto.

—— você acha que é menino ou menina ? –—. nem sei o porque fiz essa pergunta, nem eu tive o tempo de pensar sobre isso.

Victor me olha por alguns segundos e contrai os lábios —— sei lá, nem pensei sobre isso. Na verdade nem penso no bebê.

—— ah...bom, eu não consigo não pensar. É tudo tão novo para mim, estou assustada, muito assustada —— suspiro e mordo o lábio.

—— cometemos um grande erro naquela noite. Não consigo me ver como pai , porra!

—— vamos ser péssimos nisso. Dois adolescentes, sem responsabilidade alguma, cuidado de um bebê.

—— eu só vou vê-lo no final de semana então estou meio que de boa —— ergo as sobrancelhas com tamanha audácia.

Eu não ouvi isso, ouvi?

—— como assim só vai vê-li nos finais de semana?

—— ué, é o papel do pai, não? Você cuida, amamenta e essas coisas durando a semana e eu vou pega-lo no final de semana.

—— claro que não! Em que século você está vivendo? XIX? Vamos cuidar igualmente do bebê, juntos. Por mais que não estamos literalmente juntos, vamos ter que fazer isso. Não vou cuidar sozinha, não fiz sozinha!

—— cuidar juntos coisa nenhuma! Eu nem queria essa criança, estou assumindo por obrigação, você sabe disso.

—— e você acha que eu queria?

—— é só abortar, linda —— ele abre aquele sorriso de filho da puta que me faz ficar vermelha de raiva.

—— você é totalmente babaca —— me levanto da cama e pego minhas coisas que estavam em cima da cômoda —— como você consegue em? Sério, você ultrapassa todos os limites da babaquice —— tiro meu celular do carregador de forma bruta.

—— eu sou assim bebê, e você sabe disso. Não vou mudar quem eu sou só porque engravidei uma garota.

—— idiota —— saio do seu quarto e bato a porta.

𝘼𝙘𝙖𝙨𝙤 Onde histórias criam vida. Descubra agora