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40 comentários e eu solto o próximo.

𝗕𝗮́𝗿𝗯𝗮𝗿𝗮 𝗣𝗮𝘀𝘀𝗼𝘀🩷

Eu já estava no meu quinto mês de gestação, quase no sexto. E está sendo muito difícil pra mim essa fase. Está complicado de vim para a escola por conta dos moletons que eu uso pra esconder a barriga -está calor pra caralho- e eu sempre passo mal.

A minha relação com o Victor também não está nada boa, voltamos na estaca zero real. Aquela em que ele finge que eu não existo é só conversa comigo nos dias de consulta ou aos novos encontros que nossas famílias de inventaram de ter - disseram que é importante as duas famílias se unirem em um momento assim-.

Entro na banheiro e jogo a minha mochila no chão. Meu rosto estava suado , então vou até a pia e o molho pra tentar me refrescar.

Escuto a porta do banheiro se abrir e Carol entra que nem um furacão.

—— você está bem? —— nego com a cabeça —— meu Deus Babi, o que você está sentindo?

Firmo minhas mãos na pia e respiro fundo —— eu estou tonta, com dor de cabeça e um enjoou muito forte.

Ela se aproxima de mim e tira o meu cabelo suado do meu rosto —— você está grávida Babi, não devia estar usando moletom quando esta fazendo uns trinta graus!

—— e você quer que eu faça o que Carol? Que eu deixe os outros descobrirem sobre a minha gravidez e sair comentando por aí?

—— ei? —— ela segura meu rosto entre as suas mãos e da um pequeno sorriso —— não acha que , talvez, esteja na hora de você deixar de vim?

Eu não queria ter que sair da escola assim, está quase no fim do ano e eu queria me formar junto com os meus amigos. Mas eu acho que Carol tem razão, eu não quero que os outros descubram, as pessoas dessa escola são cruéis com fofocas de relacionamento, imagina se soubessem que estou grávida?!

E pelo bem da minha filha, devo deixar de vim e começar a fazer as aulas de casa.

A um mês a trás a minha mãe conversou com a diretora sobre a minha gravidez e ela entendeu. Carol vai gravar as aulas pra mim e todas as minhas lições, trabalhos e provas serão entregas através de Marzin.

—— é...eu acho que sim.

—— você quer ir embora? Ainda temos mais três horas torturantes aqui nessa escola.

—— eu não sei, talvez eu melhore. Eu não quero embora, pelo jeito é o meu último dia aqui —— pego a minha mochila e a coloco no ombro. Caminho em passos lentos pra fora do banheiro e Carol me acompanha.

—— tem certeza Babi? Você não parece nada bem.

Forço um sorriso pra tentar passar confiança pra Carol —— claro! Acho que já estou melhorando —— sinto minha cabeça latejar e eu me apresso pra sentar no primeiro banco que eu vejo na minha frente.

—— não está melhorando coisa nenhuma. Você anda muito teimosa ultimamente sabia? —— ela se agacha na minha frente —— vamos embora!

—— não! —— Carol bufa e sai da minha frente.

Estranho. Foi tão fácil assim convencer Carol? Logo ela cabeça dura ?

Fecho meus olhos e tento regular a minha respiração que estava acelerada. Coloco o rosto entre as mãos tentando controlar a tontura ela ué eu estava sentindo. Se eu me levantar agora possivelmente eu possa cair.

O corredor não tinha ninguém pois estava em horário de aula.

Escuto passos no corredor e ergo a minha cabeça , vendo a Carol acompanhada do moreno alto.

𝘼𝙘𝙖𝙨𝙤 Onde histórias criam vida. Descubra agora