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𝗕𝗮́𝗿𝗯𝗮𝗿𝗮 𝗣𝗮𝘀𝘀𝗼𝘀🩷

Pego uma caixa que estava sobre a minha cama e saio do meu quarto, descendo as escadas com ela nas mãos.

—— vou ter que falar mais quantas vezes, sua teimosa? —— escuto a voz de Victor no topo da escada e viro minha cabeça em sua direção —— você não pode pegar peso! —— ele desce as escadas até onde eu estava e pega a caixa de minhas mãos.

Cruzo os meus braços e bufo —— e não consigo ficar sem fazer nada! Está todo mundo ajudando a levar as 𝘮𝘪𝘯𝘩𝘢𝘴 coisas pro carro e eu só estou olhando.

—— você está grávida , garota raivosa —— ele deixa um selinho rápido em meus lábios e termina de descer as escadas.

Seguro no corrimão e volto para cima, indo até o meu quarto onde Carolina estava passando fita em uma caixa escrita 𝘭𝘪𝘷𝘳𝘰𝘴.

Vou até o meu mural de fotos e começo a tirar os alfinetes que prendiam as fotografias e as guardar em uma pasta na qual só tinha coisas desse tipo.

Seguro em minhas mãos uma foto minha e de Carol, me lembro perfeitamente desse dia, estávamos no sítio de um primo da minha melhor amiga e fomos aqui que experimentamos bebidas alcoólicas pela primeira vez e ficamos bêbadas em uma cabana. Eu me diverti tanto! Viro a foto para ver a data em que tiramos ela.....𝘦𝘹𝘵𝘢𝘮𝘦𝘯𝘵𝘦 𝘢 𝘥𝘰𝘪𝘴 𝘢𝘯𝘰𝘴 𝘢𝘵𝘳𝘢𝘴!

Eu tinha uma adolescência tão feliz, e as vezes eu me pergunto como eu estaria caso não tivesse engravidado. Provavelmente indo a festas e organizando com qual vestido eu iria a formatura da escola. Eu estaria escolhendo para qual faculdade eu vou junto dos meus amigos, eu estaria 𝘧𝘦𝘭𝘪𝘻. Vivendo como uma adolescente normal.

Não estou dizendo que estou triste por causa da minha filha, é totalmente ao contrário, amo muito essa bebê que está em minha barriga e estou super ansiosa para tê-la em meus braços. Mas não era a hora certa..

Agora estou aqui, terminando de empacotar as minhas coisas para sair da casa em que eu cresci , até o fim do dia.

Percebo que estou chorando quando uma lágrima pinga sobre a foto.

—— meninas, já terminaram por aqui? Vamos sair em 15 minutos —— limpo minhas lágrimas quando minha mãe entra no quarto, mas já é tarde demais, sinto sua mão em meu ombro —— querida, por que está chorando ?

Guardo a foto na pasta e a fecho. Me viro para a minha mãe de dou de ombros —— eu não quero ir , mamãe!

—— ah filha —— minha mãe me abraça e eu desabo assim que ela faz isso —— eu sei que é difícil . Isso tudo aconteceu tão rápido em sua vida e mesmo assim você foi forte —— ela faz carinho em meu cabelo e eu deito minha cabeça em seu peito —— mas agora você tem que crescer.

—— mas e se eu não quiser crescer? —— pergunto a ela com a voz embargada.

—— você não tem escolha meu amor! —— minha mãe segura em minha mãe e me guia até a cama, me fazendo sentar entra ela e a minha melhor amiga que larga a fica e me abraça de lado —— você vai conseguir, você com apenas dezoito anos já é uma mulher incrível e eu tenho certeza que Madison vai ter muito orgulho da mãe que terá.

—— você nem sempre precisa estar bem , vida —— diz Carol —— você sabe que sempre que precisar é só ligar para sua mãe ou para mim, certo? —— confirmo com a cabeça e sinto o beijo da minha amiga em minha testa —— eu te amo, sabe disso né?

—— eu também te amo! —— abro um sorriso.

—— você está bem? —— escuto a voz rouca de Victor e olho em direção a porta.

Victor estava parado enquanto estralava os seus dedos. Minha mãe e Carol se levantam da cama e pega as duas últimas caixas restante e a pasta que deixei sobre a penteadeira.

—— mãe, será que vocês podem ir na frente? Victor e eu vamos depois, quero ficar aqui mais um pouco.

—— tudo bem —— mamãe abre um sorriso antes de sair do quarto junto de carol e fechar a porta, deixando eu e Victor a sós.

Augusto caminha até mim e se senta na cama, encostando as costas na cabeceira e me puxando para deitar em cima dele.

—— eu sei que está sendo difícil —— ele começa a fazer carinho em minhas costas —— mas nós vamos conseguir. Você vai se acostumar rápido com a nova casa.

—— eu sei mas...é difícil ir.

Eu estou estou parecendo ser tão dramática, estou agindo como se eu fosse me mudar para o outro lado do mundo quando na verdade é para o outro lado da cidade. Mas eu tenho dificuldade em desapegar.

—— eu sei, amor —— tiro os meus chinelos e Victor faz os mesmo. Nos deitamos e eu apoio minha cabeça no ombro de Victor enquanto ele tem a mão em minha coxa.

Quando chegando no apartamento estava todo mundo lá, minha família e a família de Augusto

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Quando chegando no apartamento estava todo mundo lá, minha família e a família de Augusto . Como estavam nos ajudando com a mudança, decidiram fazer uma janta aqui no meu novo apartamento.

Pra ser sincera eu não estava com fome e quando cheguei fiquei apenas alguns minutos na sala e fui para o quarto.

Querendo ou não, mesmo ninguém me deixando fazer nada , o dia ainda foi cansativo e eu estava exausta. Fiquei em pé o dia todo e os meus pés estavam doloridos.

Enquanto todos jantavam e conversavam , tomei um banho e vesti uma roupa confortável, eu precisava descansar.

Quando me deitei meu corpo gritou de alívio. Não consegui dormir , havia conversas lá fora e esse quarto parece ser solitário.

Fiquei deitada pensando em minha vida por bastante tempo. Eu não ouvia mais vozes lá fora.

—— foram embora, somos só nós dois —— Victor se senta na ponta da cama e coloca meus pés sobre o seu colo —— estão inchados, quer uma massagem.

—— sim, por favor —— quando Victor começa a fazer a massagem em meus pés solto um gemido de satisfação e fecho os olhos, levando a mão até a minha barriga e acariciando de leve.

Agora, os dias serão longos.

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