𝗪𝗲𝗹𝗰𝗼𝗺𝗲 𝘁𝗼 𝘁𝗵𝗲 𝗰𝗼𝘂𝗻𝘁𝗿𝘆 - ʷⁱᵗʰ ᵃⁱᵈᵃⁿ ᵍᵃˡˡᵃᵍʰᵉʳ

01

Sn Vanini

— Não exagera, papai, não aconteceu nada de mais!

— Você poderia ter morrido, Sn! Por um descuido no volante, eu poderia ter perdido minha filha, isso é gravíssimo! - ele dizia nervoso.

— Mas o carro só bateu no poste, eu nem me machuquei! - eu falava com tédio, tentando resolver a situação.

— E justamente, o carro ficou todo amassado, acha que aquilo tem conserto? - exclamava bravo.

— Aí, qual o problema, papai? Compre uma mercedes nova!

— JÁ CHEGA, SN! SUBA PARA SEU QUARTO, E ME DÊ AQUI SEU TELEFONE! - gritou, fazendo-me revirar os olhos.

— Pra que isso pai?! Eu não vou te dar! - digo e ele vem até mim, tirando a força o aparelho em minhas mãos. — ME DEVOLVE MEU CELULAR! ME DA AQUI! - grito indo até ele e tentando pegar  de suas mãos, mas meu pai obviamente era mais forte.

— Vá para o seu quarto! Vamos conversar daqui a pouco.

Não respondo e apenas cruzo os braços e saio batendo o pé da sala.

Chegando no meu quarto, bato a porta o mais forte que consigo e sento-me na beirada da cama, já chorando de raiva. Eu não posso ficar sem o meu celular, meu pai nunca tirou ele de mim, por tiraria agora?

Ouço batidas na porta e não respondo. Então ela é aberta.

— Eu não deixei entrar. - Falo sem olhar na cara de meu pai.

— Minha filha, é pro seu bem...

— Aham, pro meu bem. - reviro os olhos.

— Não adianta se fazer, Sn, eu não vou te devolver o celular! O que a senhorita fez é muito grave. - sério, ele vai continuar estendendo o sermão?

— E daí? O que meu celular tem a ver com isso?

— Olha como fala comigo, eu sou seu pai! - ele endurece a voz.

Bufo em reprovação e finalmente olho pra ele.

— Pai, eu juro, juro que fico um mês inteirinho sem aprontar nadinha, mas me dá o celular, por favor! - faço a minha melhor cara de piduncha.

— Sn, você sabe que eu trabalho muito, e fico perdendo tempo com as suas gracinhas. Você já me jurou isso três vezes, só essa semana e....

— Mas agora é diferente! O meu celular não estava em jogo, agora está! - o corto.

— Não me interrompa, Sn!  Eu trabalho demais, e tenho que ficar perdendo tempo com a sua má educação, pra mim não dá! Por isso, decidi que você vai passar um tempo na fazenda de um primo do meu amigo no Texas!

— O QUE! NÃO, NÃO, NÃO! FIQUE COM O MEU CELULAR, MAS TEXAS NÃO! - grito

— Sem mais nem menos Sn, sem celular e Texas! Arrume sua mala por que á manhã de manhã você estará lá! - ele esbravejou.

— Eu não vou nem arrastada!

Na manhã seguinte...

Eu estou dentro desse carro fazem duas horas, é claro que eu não aceitei ir, fiz de tudo, gritei, esperneei, chorei e enfim. Mas dois seguranças do meu pai me arrastaram, e bom, não teve jeito, eu literalmente vim arrastada!
Estou morrendo de ódio do meu pai, por que ele faz uma coisa dessas comigo? Minha vontade é pular desse carro.
Sn Vanini + fazenda? Ah, por favor! Não combina nem um pouco!
Quanto as minhas malas, eu não arrumei, óbvio. Mas como se não bastasse, uma empregada arrumou pra mim, meu pai estava mesmo decidido em me mandar para o Texas. Como se não pudesse piorar, estou sem meu celular, eu nem acredito que isso está acontecendo!

O carro parou e o motorista me avisou que havíamos chegado. Olho a janela, só vejo árvores e mato. Eu me recuso a descer!

— Você tem certeza que é aqui? - pergunto com nojo.

— Sim, senhorita, é localização exata que seu pai me passou. - Isso só pode ser algum tipo de pegadinha, na verdade, eu estou torcendo pra que seja!

— Te ajudarei com as malas, senhorita Vanini. - eu estou sem saída.

Ele desce e tira as malas do porta-malas da Audi que nos levava, e logo abre a porta para mim. Tiro o cinto de segurança e o encaro, logo ele estende a mão, e me ajuda a descer. Assim que piso na grama, meu salto-alto afunda um pouco o que me faz perder o equilíbrio e quase cair, eu mereço!

— Thau, senhorita Vanini. - se despede, mas eu não respondo.
Logo, arranca o carro pra fora

Olho para frente, e vejo uma casa lá atrás, não parecia ser tão ruim, mas com certeza não era muito boa. Caminho até lá, porém, como eu estava de salto e o pasto era macio, foi bem difícil.

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Foi isso o primeiro capítulo gnt, espero que tenham gostado!!

Beijos