VI Noite estrelada

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Há a vida, ela e suas inconsistências,
Mestra na artimanha dos profundos aprendizados
Mestra das inconstâncias
Dona das dores minhas, e meus antepassados

Por que tão difícil? Dura e sofrida ?
Por que tão bela vil e chorada ?
Por que tão intensa voraz e disinibida ?
Por que tão barulhenta forte e calada ?

Muitas perguntas nenhuma resposta

Inprocessavel ao cérebro humano
Invisível a passagem do tempo
Mergulhada ao relento mundano
Imprevisível, e consorte a passagem do tempo

Por que és assim ?
O que queres me ensinar ?
Muitas perguntas tenho em mim
O que eu tenho que te provar ?

Em pensamentos tenho vivido
Em terras desconhecidas tenho andado
Como uma criança da mãe perdida
Sem saber ao certo o que tem procurado

Em transes profundos tenho me encontrado
Pensamentos profundos do ser humano, tão puros, tão vívidos,  é tóxico e intocável
Do fundo do meu ser, sincero e inesperado
São pensamentos, sentimentos é tudo tão único tão forte, é um processo, é lindo, pesaroso difícil e inexplicável

São momentos vividos na minha memória
Sentimentos e sensações complexos de explicar
Beiram a sútil beleza do infinito
São grandes lapsos do meu agora
Ápices intrigantes do meu ansiar
É tudo estridente é eterno e bonito

Existe uma vibrante beleza no teu ensinar
És a vida, há mim não tens nada a explicar
Não venho a este, teus métodos questionar
Tampouco nestas linhas de ti reclamar

Por que és assim?
O que tens para me mostrar ?
O que meus olhos ainda não viram ?
O que ainda tenho que passar ?

Muitas perguntas nenhuma resposta!

És um gigantesco ponto de interrogação!
Dura, és algo que beira a imensidão do cosmos
Uma variável mutável, em constante movimento como o brilho das estrelas no universo
És de uma pureza sem explicação!
És o desabrochar de uma flor ao amanhecer deste verso

Uma dádiva concedida
Incalculável porém finita
És como a verdade do tempo
Imutável fugaz e bonita

És a vida, e eu ? Um mísero grão de poeira neste vasto multiverso
És o ápice de cada momento vivido em conjunto atemporal
És verdade por trás de todos os meus versos
Uma fagulha infinita de variações, fluída e imortal

És um teatro com telas fundidas
Em cada segundo se apresenta uma obra
Em casa segundo mora uma arte
És a inescapavel fonte da vida
És inconstância de um céu estrelado
A milionésima sombra de Marte
O conjunto da obra do mestre criado

És a vida, ensinando me de formas que não preciso entender...
Apenas vivo, fadado ao convívio do meu tempo finito
Peão no tabuleiro de um jogo traçado
Em emoções profundas procuro viver
Até que julgue o meu tempo, e o decrete como finalizado

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