capítulo 17

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Me sentei junto a eles e comecei a comer sem trocar uma palavra sequer, estava envergonhada por o acidente de minutos atrás e imagino que Maiara viu tudo pois estava logo atrás de mim.

Comi e caminhei até as escadas e fui para o meu quarto sem falar nada a ninguém, Adentrei meu espaço que convivi por anos, e me sentei na cama vendo que tinha uma caixa em cima da minha escrivaninha, estranhei pois não me lembrava de ter trago nenhuma caixa, muito menos daquele tamanho.

Fui até ela, me sentei na minha cadeira e fui abri a caixa pra ver oque tinha, por que se estava no meu quarto era meu não é? Abri e tinha um 4 livros um escrito "lembranças da Marília", "lembranças do João Gustavo", "lembranças do Léo" e "lembranças com a vovó ruth". Sorri vendo as capas.

O meu tinha várias fotos minha de quando eu era criança, adolescente e as de agora. Eu não vi Tudo por que eu queria deixar para ver junto com meu irmão o Devyd, as meninas e o Léo.

Olhei pela janela e vi que Já estava quase anoitecendo, então resolvi tomar um banho e descer para esperar meu irmão junto dos outros.

Tomei meu banho, vesti um short de moletom bege e uma regata preta e desci para a sala.

Cheguei a sala e antes de me sentar fui a cozinha beber um pouco de água, e enquanto bebia a água aqueles pensamentos do beijo que eu acidentalmente dei na maraisa invadiram minha cabeça, me encostei na bancada e fiquei refletindo.

Eu fiquei nervosa por causa de um beijo...beijo não, foi só um selinho...será que esse sentimento por ela é...
Fui tirada dos meus pensamentos assim que a campainha tocou,  eu rapidamente bebi minha água e deixei o copo na pia e fui em direção a porta de entrada, Devyd já iria se levantar para atender mas eu falei:

—Eu atendo!—falei chegando na porta e a abrindo com um meio sorriso no rosto, que morreu assim que vi Renata parada na frente da porta da minha casa.

Renata é uma garota da minha idade, que sempre estudou comigo dês de meu segundo ano até a faculdade, ela era muito minha amiga ou pelomenos parecia ser. No 2° ano do ensino médio eu namorava um garoto chamado Robson, a gente namorava a uns 5 meses, e num dia de uma festa na casa de um dos meninos na minha classe eu peguei os dois aos beijos quase se engolindo atrás da casa, eu fiquei super irritada e magoada por que eu gostava realmente dele, e ela era umas das minhas melhores amigas. Então eu briguei com os dois e depois desse dia nunca mais quis saber deles.

E agora ela vem bater na porta da minha casa com a maior cara de pau.

—Oi Marília.—ela falou na maior cara de deboche.

—Oque é que você quer garota?— perguntei já sem paciência pra escutar essa voz irritante dela.

—nossa, cadê a educação? Sua mãe não te ensinou a ser educada não Marília.

—Cala a boca e fala logo oque você veio fazer na porta da minha casa.—aumentei o tom de voz.

—Calma aí Lila, eu só vim por que eu fiquei sabendo do que aconteceu com a sua mãe—falou ainda com tom de deboche—não vai me convidar para entrar?—falou cruzando os braços.

—Não, não vou, e pode falar por que eu estou escutando.—falei já sem paciência.

—Quem é que tá aí Lila?—pergunta maiara e em seguida fala alguma coisa pra Maraisa, que eu não entendi só escutei as vozes.

—não é ninguém—falei olhando para maiara.

—Quem tá aí?—renata pergunta, e passa por baixo do meu braço que estava impedindo sua passagem.

—Que isso Marília tava fazendo festa e nem me convidou.—ela falou olhando todos sentados na sala, e todos olharam para ela.

—Renata sai da minha casa agora.—pedi tentando me acalmar.

—A mais eu acabei de chegar, não queria ir agora.—ela falou indo se sentar na poltrona.

—Renata sai daqui agora.—falei aumentando meu tom de voz, olhei para maraisa que já estava me olhando e fiz sinal com o olhar me referindo ao léo, ela de alguma forma me entendeu.

—Olha aqui Léo, quer assistir no celular da titia quer?—ele balançou a cabecinha afirmando que sim maraisa colocou no desenho—sabia que no fone é bem mais legal, eu vou colocar pra você ver—ela falou e ele sorri. Ela colocou os fones nos ouvidos dele e ele ficou entretido no celular.

—Vai Renata, sai agora por que se EU for te tirar a força você vai sair machucada.—falei já sem nenhum pingo de paciência.

—Você não teria coragem.—ela falou e eu ri sem graça alguma.

—Você ainda dúvida?—falei indo na direção dela.

—Não Marília, você não vai bater nela—eu vi um sorriso nascer no rosto da Renata—eu vou!—e o sorriso morreu.

—A qual é gente?—todas nós olhamos para maraisa, que estava se levantando do sofá e deixando Léo nos braços de  Devyd—se sentem.—ela falou e nos continuamos em pé—Agora!—ela falou com a voz mais alta, e nois logo nos sentamos.—você não lagartixa! Você vai levantar essa bunda dessa poltrona agora! E vai caminhar para aquela porta, e sair desta casa e não vai mais voltar. Entendeu?—ela falou tudo calma demais, e a Renata rapidamente balançou a cabeça e saiu as pressas da minha casa, ela foi até a porta e fechou ela se encostando na mesma—prontinho!—e falou com um grande sorriso no rosto.

E rapidamente Léo soltou palminhas e nós o olhamos e ele estava sorrindo para a maraisa, logo a campainha foi apertada novamente e não tinha dado tempo nem mesmo da maraisa sair de perto da porta, e ela abriu.

—O que é que voc...—ela parou de falar, e levou um susto que quase caiu no chão, quando viu quem era.

—O que foi mara?—falei caminhando até a porta e avistei quem eu mais esperava.

—GUSTAVO!—Falei e corri para seus braços, eu estava com muita saudade do meu irmão fazia meses que eu não o via.

—LILA!—falou e me abraçou bem forte de volta.

—até que enfim pensei que ano viria mais, você estava demorando demais.—falei o enchendo de beijinhos.

—O vôo realmente deu uma atrasada, mais eu estou aqui agora. Cadê o Devyd?—falou entrando dentro da casa ainda abraçado de lado comigo.

Devyd se levantou com Léo em seus braços, e foi até o Gustavo lhe dar um grande abraço eu peguei o Léo de seus braços, e eles se cumprimentaram. Ele deu  um abraço em Maiara também e pegou Léo em seu colo.

—Titio Gustavo!—léo falou e o abraçou.

—E aí caraaa! Cê tá bem?

—Tô sim titio

—Ainda bem, eu vou brincar bastante com você!

—ebaaa!—ele falou e Gustavo o colocou no chão e ele correu para os braços da maraisa.

Ele seguiu Léo com os olhos e olhou para maraisa novamente e viu que ele não a conhecia.

—E você bela dama como se chama?—perguntou para a maraisa que sorriu com o gesto bobo do Gustavo.

—Carla maraisa, sou irmã da maiara.—falou sorrindo e pegando o celular da mãozinha do Léo que a entregava.

—Gêmeas?—Gustavo perguntou intercalando o olhar entre maraisa e Maiara.

—Tá tão na cara assim?—Maiara perguntou fazendo todos rirem.

—Sim, e eu me chamo João Gustavo, mais pode me chamar só de jão ou de Gustavo, do que você preferir.

—Ok!

Todos nós nos sentamos nos sofás e começamos a conversar sobre muita muita coisa.

A moradora de rua-malilaOnde histórias criam vida. Descubra agora