Cap.1: A loucura está presente

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23:34 hrs|20/03/2011
Eu estou muito assustada.
Eu estava na cozinha quando ouvi meu irmão gritar. Eu ja sabia o que estava acontecendo. Era mais um de seus ataques, mas, desta vez, era diferente. Seu grito possuía ódio. Era realmente arrepiante.
Mãe: Lua, meu amor, corra para o seu quarto e não saia de lá por nada! Tranque bem a porta e coloque sua cama na frente! Mamãe te am... - ela foi interrompida por Mike, que parecia correr á sua direção.
Mike: Te achei, querida mamãe
Eu ouvi um grito de minha mãe e de meu pai. Isso foi tão desesperador que tive que lutar comigo mesma para não correr até lá.
Quando cheguei em meu quarto, fiz o que minja mãe havia mandado. Sentei na cama e comecei a chorar. O que seria de mim? Tenho os pais mortos e um irmão de 19 anos louco.
Isso ja tinha acontecido muitas vezes, mas hoje não conseguimos tranca-lo no porão.
Mike: Luana? Por favor, me diz o que eu fiz?
Ouvi a voz dele chorando. Não sei se vou conseguir vencer essa vontade de abrir a porta. Eu não sei por que que não quero mata-lo, já que esse seria a primeira vontade de uma garota de 13 anos. Mas eu acho que alguma coisa ali me faz entender o lado dele.
Mike: Pelo amor de Deus, minha irmãzinha, me diz o que eu fiz!
Eu então abri a porta do quarto, e, com os olhos cheios de lágrimas, olhei ele e disse:
Luana: Você matou nossos pais
Junto com ele, desabei no choro. Fiquei ali o abraçando por um bom tempo.
Mike: O que vamos fazer?
Luana: A coisa mais insana possivel. Não podemos nos separar, essa é a nossa única escolha.
Fomos até os corpos e levamos para um lugar longe. Fizemos do jeito mais perfeito para parecer que eles foram sequestrados e assassinados.
Quando voltamos para casa, Mike se deitou comigo e me abraçou. Acho que sou louca para fazer isso. Mas, todos sabem que os loucos entendem os loucos.

12:00 hrs|20/03/2015

Hoje faz 4 anos depois da morte dos meus pais. Eu e meu irmão estamos péssimos. Ele principalmente.
Depois daquele dia, mesmo que o nosso plano de fazer parecer um sequestro seguido de assassinato tenha dado certo, as pessoas da cidade continuam achando que foi o meu irmão. Para que as pessoas não achassem que somos loucos, falamos que ele era esquizofrênico. Mas a verdade de tudo é que quando ele tinha a minha idade, ele fazia rituais para entrar em contato com os espíritos, só que um dia ele fez algum coisa errada que ele, até hoje, é perseguido por um espírito chamado Mari. Ela fica toda hora do lado dele, observando ele, e as vezes ela possui ele e faz ele fazer coisas horrorosas. E o mais estranho é que ele só não me ataca. Muitas vezes eu ja cheguei em casa e ele estava fora de sí, e, mesmo eu passando do lado dele, ele não avançava encima de mim, nunda fez nada comigo. Geralmente eu que o acalmo.
Mike: Pequena, quer ir no cinema comigo? Vai ser legal. Não podemos ficar aqui tristes, assim vamos entrar em depressão
Luana: Mano, me deixa dormir, por favor
Mike: Não!
Ele subiu na cama e ficou pulando até que eu me irritasse
Luana: Ôôôh! Que merda! Tô levantando!
Mike: Ok Ok!
Ele me deu um beijo no rosto e foi pro seu quarto pra se arrumar e eu fui tomar banho.
Quando chegamos lá, como sempre, ficaram todos nos olhando, mas como ja estamos acostumados, nem ligamos, continuamos a andar, chegamos no cinema, compramos nossos ingressos e fomos ver o filme mais tosco possivel, mas até que foi legalzinho.
Quando chegamos em casa ja eram 20:00 hrs
Luana: Mano, vou dormir - beijei o rosto dele - por favor, vai também. E não esquece, tranca a porta e joga a chave por baixo da porta.
Esse era o unico jeito que ele ficava realmente preso.
Mike: Ta bom, maninha
Fomos juntos e ele fez o que eu pedi. Eu realmente não me sinto ameaçada por ele, mas isso não é pela minha segurança, é para a segurança da vizinhança.

A vida "normal" de uma garota "anormal" Onde histórias criam vida. Descubra agora