A vida "normal" de uma garota "anormal"

Cap.4: Cuidado!

Quando eu acordei, me deparei com ele deitado do meu lado e me abraçando. Claro que me assusto. Só que o susto foi tão grande que eu sem querer o empurrei para fora da cama.

Eu: Johnny? Desculpa! Sério! Não sabia que era você!

Johnny: Quem mais seria? - disse ele rindo e se levantando - Desculpa digo eu, eu não devia ter feito isso...

Eu: Sem problema - disse ficando da cor de um tomate - Mas qual o motivo de você ter vindo deitar comigo?

Johnny: Tive um pesadelo - ele disse fazendo um biquinho. Foi muito fofo.

Eu: onwti, que fofo, o bebê ficou com medinho- eu ri

Johnny: É... - ele deu um sorriso fraco - na verdade foi bem sério...

Eu: O que aconteceu?- falei preocupada e envergonhada por ter achado que era brincadeira.

Johnny: Eu via a minha irmã caindo do prédio, só que eu tava do lado dela e não fiz nada, como se eu quisesse que ela morresse

Eu: Nossa... tenso

Johnny: É mesmo...

Eu: Eu vou trocar de roupa alí no banheiro... quer uma blusa do meu irmão?

Johnny: Aceito...

Eu peguei uma blusa escrita "Rolling Stones" e dei pra ele.

Quando fomos para a sala de jantar, o meu irmão já tinha saído pra trabalhar, então, obviamente, só tinha nós dois em casa.

Na mesa tinha pão, nutella, manteiga, queijo e presunto. Eu comi um pão com manteiga e queijo e ele um com nutella.

Eu: Eu vou lá em cima pegar nossas bolsas e arrumar meu cabelo, beleza?

Johnny: Beleza!

Eu fiz o que disse, mas quando fui pegar a bolsa dele, a mesma estava aberta, e dela caiu um papelzinho escrito "Lunna" e o meu numero. Eu desci a escada correndo até chegar na frente do sofá que ele tava sentado.

Eu: Sério, Johnny?- falei olhando pra ele querendo rir. Tudo bem se ele falou aquilo de zoeira, realmente não tem problema. Foi engraçado.

Johnny: Que foi? - ele mostrou não entender o que que tava acontecendo.

Eu: Vai dizer que não sabe? - cruzei os braços e continuei- foi você que me ligou ontem falando que era um "admirador secreto" .

Johnny: Não fui eu! Eu juro! - ele começou a rir da minha falta de compreensão-eu pequei teu numero essa madrugada. Pequei teu celular e vi em um papelzinho que tava dentro da capa. Aí eu só fiz copiar .

Eu: Ah tá, desculpa, então. - fiquei vermelha.

Johnny: Tudo bem - ele sorriu- agora vamos, se não vamos chegar atrasados no inferno.

Nós fomos conversando, rindo e zoando um com o outro. E, nessa brincadeira toda, criamos apelidos, ele é o coiso e eu a coisa.

Como a escola é longe, eu já tava com as pernas doendo, então, eu pedi pra subir nas costas dele. Foi bem difícil, já que ele é praticamente umas 3 vezes mais alto que eu. Eu só consegui alcançar as costas dele quando eu subi em um banco de cimento que tinha na calçada.

Ele me levou assim até a sala de aula. Obviamente, todos ficaram olhando a garota solitária e triste, rindo e com companhia.

Quando a professora chegou na sala, ele saiu de cima da minha mesa e sentou na cadeira atrás de mim.

Enquanto as aulas rolavam, nós ficamos conversando por papel.

Coisa: O Erik tá me olhando

(o Erik é um daqueles meninos mimados pelo pai e que se acham melhores que todo mundo, é muito gato e todo mundo da escola gosta dele)

Coiso: Credo!

Coisa: kkkkk, ele é lindo, isso eu não posso negar, mas a beleza se torna invisível quando o caráter é inexistente.

Coiso: Uuui! Lunna Lispector!

Coisa: Besta kk

(...)

A gente conversou pelo primeiro e o segundo tempo todo. Quando bateu o sino, o Erik veio falar comigo.

Erik: Oi, Lua

Eu: Oi...

Johnny: Olha, se você veio zoar com ela, está perdendo seu tempo, é melhor sair! - ele ficou vermelho de raiva. O Erik realmente irritava ele.

Erik: Quem zoaria alguém linda como ela? - ele sorriu. E que sorriso era aquele?! Meu Deus!!

Johnny: Nossa, que coincidência, você faz isso - ele deu um sorriso irônico.

Erik: Não faço mais, eu mudei.

Jhonny: Tá tá tá! vamos, Lunna! - ele me pegou pelo braço e me levou até um corredor da escola- ninguém andava lá, as salas foram interditadas e passadas para o andar de baixo, agora os casais da escola usam o segundo andar pra ficar se comendo. Nojo!- nos sentamos em umas cadeiras que tinham lá.

Eu: O que foi aquilo?

Johnny: EU NÃO QUERO VOCÊ FALANDO COM ELE, OUVIU?

Eu: Como não?! Não precisava gritar! Porque você tem tanta raiva dele?

Johnny: Eu e a minha irmã, estudamos com ele. Ele fez parte do motivo do suicídio dela...

Eu: Meu Deus, o que que ele fez?

Johnny: Foi assim...

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Finalmenteee... kkk

Boa sorte com a curiosidade kkk

bjks

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