Cap 29

1.5K 189 19
                                    

Thalita

Meus olhos pesam e minha cabeça dói

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Meus olhos pesam e minha cabeça dói. Nunca pensei que choraria tanto. Não depois do tempo que passei com Guilherme e a Marina, na hora parecia que iria ficar tudo bem. Mas é como os pais dizem, o machucado precisa esfriar para depois começar a doer.

Assim que deitei minha cabeça no travesseiro e fiquei sozinha com os meus pensamentos, o sentimento de culpa veio à tona.

Não deveria ter beijado ela em primeiro lugar.

Não deveria ter me deixado levar.

Não deveria ter metido-a na minha confusão.

Não deveria ter feito tanta coisa, mas o pior é que não me arrependo de nada. Cada segundo valeu a pena. Mesmo que eles tenham resultado no fim.

Eu só queria que ele não tivesse chegado.

Respiro fundo e massageio minhas têmporas. Olho para a minha imagem no espelho e entorto o nariz.

Vasculho a gaveta do banheiro e encontro meus remédios para dor de cabeça.

Retiro o comprimido da embalagem e fecho os olhos contando até três. Engulo com a ajuda de um copo de água que se encontra quente por estar no meu quarto desde ontem.

Olho no espelho novamente e decido que não há muito o que fazer.

Ponho a embalagem de comprimidos na parte da frente da minha mochila e caminho para fora de casa.

O dia está um pouco nublado e eu torço para que não chova. Esqueci meu chapéu em casa.

Já tem algumas casas decoradas para o Natal, por mais que o período escolar não tenha nem terminado ainda. As pessoas são ansiosas.

Paro na frente da escola e respiro fundo.

Checo a mensagem da Greyce que o Guilherme me enviou, confirmando o local.

Passo pelo aglomerado de pessoas em frente ao portão principal e dou a volta pela escola.

Avisto Greyce perto de uma árvore, aparentemente nervosa.
Quando ela me vê parece aliviada e ao mesmo tempo surpresa por eu ter mesmo aparecido.

Bom, não tenho nada a perder depois de ontem.

Ajeito a minha mochila nas costas e caminho em  sua direção.

– Bom dia.

– B-bom dia. Desculpa, só tô um pouco nervosa. – ela olha para os lados, conferindo para ver se não tem ninguém.

– Aqui. – pega minha mão e me entrega um envelope não muito cheio.

Eu o abro e ao ver o que tem dentro, arregalo os olhos, temendo pelo pior.

– Não, pode ficar tranquila, eu não vou te subornar com isso. Só queria que você soubesse que eu sinto muito.

– Por que você está fazendo isso?

Teu Olhar Hipnotizante || ⚢ Onde histórias criam vida. Descubra agora