Cap 31

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Thalita

Termino de dobrar minha blusa e coloco dentro da minha mochila

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Termino de dobrar minha blusa e coloco dentro da minha mochila.

Ouço uma batida na porta.

– Pode entrar! – digo sem me virar pra ver quem é.

– Oi minha filha…

Olho em sua direção.

– Oi mãe. – fecho minha mochila e me sento na cama para calçar meus tênis.

Ela permanece onde está e apenas encosta no batente da porta.

– Nós podemos conversar?

– Claro. – dou um nó no meu cadarço e olho rapidamente em sua direção. – Só tente ser rápida se não eu vou me atrasar, combinei com a Marina e o Gui de encontrar eles em uma lanchonete antes de ir.

– Pode deixar, só queria garantir que você tem certeza disso…

– De que? – franzo as sobrancelhas e termino de amarrar o outro tênis.

– De ficar na casa dessa mulher.

– Da dona Dulce? Mãe eu só vou passar um dia lá porque ela tem que trabalhar e não tem ninguém pra ficar com o Liam.

– Eu sei querida, mas você não conhece essa mulher direito e não tem obrigação nenhuma em cuidar da criança dela!

Respiro fundo.

– Eu a conheço o suficiente pra saber o quanto está sendo difícil para ela administrar tudo sem a filha.

– Uai, mas isso não é da sua conta. Ela vai ter que se acostumar, vai que essa garota não acorda mais, já faz mais de uma semana!

– Não diga isso! – altero meu tom de voz e me levanto da cama.

Ela arregala um pouco os olhos e desencosta da porta.

– Eu vou ajudar a dona Dulce no que ela precisar até a Verônica acordar, ok? Tenha mais um pouco de compaixão.– lanço um olhar de arrependimento para ela e coloco minha mochila nas costas.

– Ok, faça o que você quiser. Só acho muito estranho você estar tão preocupada com essa garota.

Paro na sua frente e olho bem nos seus olhos.

– Você sabe muito bem o que está acontecendo aqui, só se recusa a enxergar. – solto um suspiro – Eu tentei, mãe, eu tentei ser a sua garotinha. Mas eu não sou...e nunca vou ser.

– Não diga essas coisas Thalita Ribeiro!

– Eu não disse nada.

– Mais sei o que quiz dizer!

– Então lide com isso. Eu cansei de sentir medo. Cansei de me esconder por sua causa.

– Você não é uma sapatão! Você é minha filha e eu não aceito isso! – esbraveja apontando o dedo indicador para mim.

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