Thalita tem um objetivo, passar pelo último ano do ensino médio sem beijar nenhuma garota. Porque ela não pode deixar de jeito nenhum que sua família descubra que ela é lésbica.
Então decidiu que só vai contar quando entrar na faculdade e poder tom...
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Assim que abro a porta, me deparo com uma mulher de cabelo castanho claro em um rabo de cavalo e uma franja fofa, ela tem um sorriso contagiante e uma tigela de algum doce com morangos... se eu me lembro bem, minha mãe disse que o nome dela era Suzana. Logo atrás dela estão o Daniel e um homem alto com uma carranca no rosto, o oposto da mulher doce a minha frente.
– Oi, sejam bem vindos! – Sorrio e abro espaço para que eles possam passar.
– Muito obrigada pelo convite – Suzana me dá um abraço e agradece assim que eu fecho a porta.
– Que isso, obrigada vocês por virem... e ah, minha mãe está na cozinha e meu pai já deve estar descendo.
Dou um abraço em Daniel e aperto a mão do senhor carrancudo.
– Certo...onde posso deixar isso? – A mais velha pergunta a mim.
– Pode deixar que eu coloco na geladeira, fiquem a vontade. – Eles cumprimentam o Guilherme e eu saio em direção a cozinha.
– Mãe, eles já chegaram. – Aviso assim que entro na cozinha.
– Obrigada querida. Eu vou lá falar com eles e você pode por favor ver o seu pai? – Ela pede, mas sai antes que eu possa responder.
– Posso né...– Murmuro para mim mesma enquanto coloco o doce na geladeira.
Saio da cozinha e subo as escadas, logo em seguida bato na porta do quarto dos meus pais.
– Pode entrar! – Ouço meu pai falar com a voz abafada por conta da porta.
– Oi pai, sou eu. – Digo ao entrar.
– Imaginei. Senta aqui filha...– Ele se senta na beira da cama e da uns tapinhas no espaço ao lado dele.
Eu fecho a porta atrás de mim e me sento ao seu lado.
– O que houve pai? – Pergunto, curiosa.
– Você não quer estar aqui, quer?
Olho pra ele confusa.
– Nesse jantar, sei que sua mãe pode ter se empolgado um pouco...
Ah, é disso que ele está falando.
– Oh, eu... só não achei que ela fosse fazer isso.
– Eu também não esperava, mas... – Ele pega minhas mãos e isso faz com que eu me vire e cruze minhas pernas sobre a cama.
– Você sabe que ela não faz por mal não é?
– Eu sei pai.
– Ela só quer sua felicidade filha, e eu também. Só quero que saiba uma coisa. Não tenha pressa, escolha um menino que você ame e que te ame também.
