Capítulo 1

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Fernanda

  Como podem ver, meu nome é Fernanda Marques, tenho um metro e sessenta e sete de aultra, morena, pele clara, vinte e cinco anos, solteira, brasileira e uma grande chefe de cozinha, mesmo com tão pouca idade

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  Como podem ver, meu nome é Fernanda Marques, tenho um metro e sessenta e sete de aultra, morena, pele clara, vinte e cinco anos, solteira, brasileira e uma grande chefe de cozinha, mesmo com tão pouca idade. Eu quase fui noiva mas devido a um vacilo, traição melhor dizendo, por parte dele com uma das minhas amigas, ou pelo menos dizia ser minha amiga, o noivado foi pra água baixo. Eu sofri, sofri muito na época, me senti um lixo, uma inutil mas sei que me livrei e agora estou realizando um sonho.
  Recebi uma proposta de comandar um restaurante em Paris, o proprietário, parece que teve que deixar o restaurante por estar com problemas de saúde e meu antigo chefe daqui, por coincidência é seu socio e me indicou, dizendo que sou a pessoa qualificada para comandar aquele lugar. Optei em ser chefe de cozinha, por conta da minha avó, ela era uma excelente cozinheira, acabou passando pra mim o seu amor pela culinária.
Era uma terça feira em março, eu já estava com tudo pronto pra viajar. Minha mãe e minha avó, foram me deixar no aeroporto, eu não tinha pai, nunca o conheci na vida, meu avô veio a falecer quando eu tinha dez anos de idade, desde então, era somente eu, minha mãe e minha avó.
– Eu vou sentir tanto sua falta!
– Oh vovó, eu também.
A abraço apertado e logo me afasto, deslizando as mãos pelo seu braço e pegando em suas mãos, entrelaçando nossos dedos.
– Mas nós vamos conversar todos os dias por chamada de video. Eu prometo!
– Ela vai se acostumar meu amor. É por um bom motivo, você está indo realizar um sonho.
– Obrigada mãe.
Nós tres nos abraçamos, era chororô daqui e chororô de lá. A chamada pro voo, com partida a Paris, já estava sendo chamada, estou indo mas meu coração está ficando aqui, com elas.
– Se comporte lá heim menina. Não vai fazer nenhuma confusão. - disse minha mãe.
– E vê se encontra um francês gato. - Gargalhei.
– Vó, eu to indo pra trabalhar, longe de me envolver com alguém.
– Essa eu quero ver. E minha filha, nem todos são iguais aquele cretino do seu ex.
– MÃE! – reprendeu minha mãe. – Vai querida. Vai antes que sua vó continue falando besteira e sua mãe tenha um treco aqui.
– Eu amo vocês.
– Também te amo. - retribuiu minha vó.
– Eu te amo meu amor.
Mando um beijo no ar, em seguida pego a mala de mão e saiu. Antes de entrar no portão, me viro e aceno mais um vez, sentindo as lágrimas arderem em meus olhos. Meu coração estava apertado mas ao mesmo tempo saltitando de felicidade por realizar um sonho.
Assim que entrei, procurei pela entrada do portão de embarque, passo pelo mesmo mostrando meus documentos. Entro, procuro pelo meu assento e me acomodo sobre o mesmo, o avião demorou uns quarenta minutos pra decolar, coloquei um fone de ouvido e uma música pra relaxar, seriam onze longas horas de voo.
Acabo pegando no sono em uma boa parte do voo. Acordo com a aeromoça servindo o café. Me ajeito, tomo apenas um café, porque com a ansiedade meu estômago estava embrulhado. Observo quantas horas ainda faltava e felizmente, somente meia horinha, o que se passa de despercebido, o piloto já da o aviso de pouso. Me preparo pra sair e assim que é autorizado o desembarque, me levanto, pego minha mala de mão e sigo com o restante dos passageiros.
Por sorte esse emprego veio com aviso de cinco meses antes, então consegui fazer uma pequena aula de francês, mas ainda não o suficiente, o básico do básico, pra mim pelo menos ter como se virar no começo. Pego minhas bagagens, saio do portão de embarque, olhando pra um lado e pra outro, sem querer acabo se esbarrando com um cara parado, parecia irritado no celular.
– Droga!
– Ai meu deus, desculpa!
O cara se vira, me olhando de cima a baixo, levo minha mão até a boca, acabei de derramar todo o seu café, meu deus que vergonha. Ele era incrivelmente gato, sua mandibula bem desenhada por de baixo da barba, ombros largos e por baixo da camiseta colada em seu corpo, podia perceber seu peitoral bem definido. Mas acabo despertando com a grosseria dele.
– A mademoiselle não enxerga por onde anda?
Franzo minha testa e todo aquele encantamento de homem dos sonhos, foram embora. Eu me desvio rapidamente dele e saio sem dizer uma palavra. Quando saio do aeroporto, encontro um homem bem vestido com uma placa, escrito o meu nome. Me aproximo com um sorriso gentil.
– Oi, sou Fernanda. Você é?
Ele abaixa a placa e rapidamente ajuda com as bagagens.
– Prazer sou Joseph, motorista particular do senhor Marlon.
– Ah! Prazer em te conhecer Joseph.
Ele da um sorriso gentil e nos caminhamos até o carro. Joseph coloca as minhas bagagens no porto mala.
– Vou levá-la direto para o seu apartamento, depois senhor Marlon quer vê-la. E não se preocupe, o seu apartamento é bem em frente ao restaurante.
– Perfeito!
Entro dentro do carro, ele fecha a porta, dando a volta e entrando no mesmo, dando partida. Vou observando pela janela do carro as ruas de Paris e as pessoas, tão lindo quanto nos filmes. Desvio meu olhar e percebo o dele pelo retrovisor.
– Você trabalha a muito tempo pro senhor Marlon?
– Uns trinta anos.
– Nossa! Mas você não me parece ser tão velho assim.
Ele ri e me encara novamente pelo retrovisor.
– Aparências enganam mademoiselle.
Sorrio e volto aprestar atenção nas estradas. Por volta de uns trinta minutos, chegamos, Joseph desce, dando a volta e abrindo a porta pra mim, me ajudando com as bagagens. Observo ao redor com um enorme sorriso na cara, em seguida dou uma olhada na frente e a visto o restaurante.
– Por aqui mademoiselle.
Olho pra ele e o acompanho entrando no prédio, passando pela recepção. Dou meus documentos, a moça entrega a chave do apartamento, Joseph faz questão de me ajudar até o mesmo. Pegamos o elevador para o sexto andar, procuramos pelo número pelas portas e assim que achamos, entramos e já observo tudo. Era completamente confortável, uma sala grande, mais atrás uma bancada separando a sala da cozinha e havia uma porta pra varanda.
– Está entregue. E mais uma vez, um prazer te conhecer. Até mais ver.
– Merci Joseph.
Ele sorri e sai, fechando a porta. Solto um suspiro e me caminho até a varanda pra olhar a vista, levo minha mão até a boca segurando o grito, é de tirar o folêgo, eu mal posso acreditar. Paris aqui estou eu.
– Meu deus! Isso aqui é perfeito.

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