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POV: Alyssa

   Mordido? Mas que merda!

   Eu estava pronta para sacar minha arma quando o garoto praticamente grita:

   —Foi um cachorro! Eu juro!

   Abaixo minha arma e olho para Daryl, que já me encarava com a arma em mãos. Ele acena positivamente com a cabeça e compreendo que o mesmo me dizia para verificar se era verdade enquanto ele me dava cobertura caso o garoto tentasse algo.

   Me aproximo do garoto e ergo a barra da calça ensanguentada, que logo revela uma mordida profunda que revelava seu osso e o sangue praticamente jorrava de sua canela esquerda.

   Faço uma cara de certo nojo e ao mesmo tempo como se sentisse a dor. Me afasto do menino e aceno para Daryl que o que o jovem dizia era verdade. A não ser que essas coisas sejam capazes de fazer um estrago desses.

   Eu e Daryl suspiramos em sincronia e nos entre olhamos. Isso já estava me causando dor de cabeça.

   Me dirijo ao balcão da cozinha e me sento no mesmo e coloco as mãos nas têmporas e começo a massagear as mesmas.

   —O que vamos fazer com o garoto?

    Digo revisando meu olhar para Daryl e o garoto.

   —Sam... meu nome é Sam..

   Eu e o caipira o ignoramos e o vejo sentar em uma poltrona que havia no local, enquanto "Sam" permanecia no chão.

   —Talvez devêssemos levá-lo..

   O caipira diz hesitante.

   —E se vierem atrás dele?

   Pergunto encarando a janela da sala que, por hora, estava ensanguentada com formatos de mãos daquelas coisas.

   —Então o daremos a eles.

   Ele diz confiante.

   Suspiro novamente e aceno com a cabeça.

   —Eles não vão vir... Quando começou o fim do mundo, nós estávamos na faculdade... Quero dizer, eles estavam me espancando em um Campus... E desde então me usavam apenas para carregar as mochilas e como isca....

   O encaro enquanto o mesmo dizia e com uma cara sarcástica, digo:

   —Que amigos em!

   Digo e ouço o caipira soltar uma risada nasal e Sam rir forçadamente.

   —Está na hora de ir, logo eles vão conseguir entrar.

    Digo apontando para a janela que já estava começando a rachar.

   Daryl se levanta e joga a mochila de suprimentos para o garoto, que se assustou com tal ação.

   —Se quer sobreviver, então pelo menos carregue isso enquanto te salvamos.

   Ele diz seco e Sam abre um sorriso alegre.

   —Obrigado! Muito obrigado!

   Daryl põe o garoto em suas costas e acena com a cabeça assim que ficou pronto.

   —Se tentar alguma gracinha, eu te mato.

   Digo olhando para o garoto de forma séria, o mesmo aparenta ter ficado com medo de minha ameaça, e depois disso, avançamos.

   Em um movimento rápido, abro a porta traseira da casa enquanto dava cobertura para o caipira e o garoto passarem. Corremos até a caminhonete que Daryl havia deixado para trás e colocamos Sam no banco do passageiro, Daryl no volante e eu na parte de trás para proteger ambos os homens.

Entre nós || Daryl DixonOnde histórias criam vida. Descubra agora