II - Past daydreams

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(...)

Ajax esteve muito curioso sobre lumine, ele sabia bem que se quisesse saber de algo só ela o diria, mesmo sabendo muito pouco sobre arte ou até mesmo nada, o ruivo despertou um certo interesse por arte, específicamente pela arte da loira...

— O microondas funciona?

— Sim, ele só está desligado, mas pode fazer o uso a vontade amigo.

— Valeu! Então me passe uma garrafa de água também.

— Vai ser cartão?
— Sim...

Ajax depois de pagar o garoto da loja fez o uso do microondas, pondo os dois lamen's que havia comprado, jogou fora a pequena garrafa de água que fez o uso e aguardou o sinal do eletrodoméstico.

...

Não levou cerca de meia hora e Ajax chegou na sala de artes que esteve antes junto a una bolsa com as embalagens de lamen ainda quentes às pôs em cima da mesa e arrastou uma cadeira para perto de lumine se sentando, agora observando o desenho que recebia cores que eram pintadas em pinceladas cuidadosamente por lumine.

— Sabia que um dos maiores declínios do artista é deixar comida perto da obra?

— Imaginei...

Ajax observa que fez bem em deixar as duas embalagens em uma distância considerável.

— Como chegou a esse resultado?

— Eu ainda não cheguei, na verdade, não sei bem o que estou fazendo. — lumine para o que estava fazendo e observa amplamente o que faz até então.

— Caramba loirinha, você definiu minha vida!

-— Sinto muito... mas de toda forma eu não sou poeta e nem filósofo... Eu não sei o que estou fazendo, eu imagino algo e espero que no fim isso consiga ser transmitido.

Ajax observa a paleta ao lado de lumine, diversa de tons de azul espalhados e misturados de forma familiar...

— Afinal, porque essa posição em específico? Entendo que possuo minha beleza natural, mas acho que aquele não seja o melhor dos meus ângulos... Bom, mas se foi aquilo que fez mexer com seu coração, quem sou eu para dizer algo né?

— Eu só desenho aquilo que agrada meus olhos e coração — Lumine disse breve agora olhando nos olhos do ruivo que havia ruborizado. — e eu achei bonito.

— Que? Não, na verdade, sim, que bom que você sabe apreciar a beleza, eu...

Se perdendo no personagem o ruivo tentou desviar o rosto evitando o contato visual, mas foi pego pelas orbes douradas de lumine que se fixaram por um breve momento mas logo se desviaram observando as sacolas atrás de Ajax

— Ah sim! eu pensei que você talvez estivesse com fome, afinal a arte consome energia também... — o mesmo diz coçando a nuca meio desconcertado

— Valeu! Vem, enquanto comemos eu tento explicar o que eu imagino e espero recriar.

(...)

— O baixinho representa "partir" e você representa "querer"

— Você quer que o Kuniku vá embora por que você me quer?

-—Sim.

Ajax por um momento engasga mas logo se recompõe.

— Bom, não é literalmente isso...

A verdade é que o ruivo sempre foi atrevido assim, mas nunca havia lidado com alguém como lumine, ela sabia que ele estava a provocando, mas respondia de forma ingênua e simplista, tal forma que o cortaria fácil e que por agora funcionava bem.

PARADOX | chilumiOnde histórias criam vida. Descubra agora