Capítulo 14

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Boa leitura!

Dakota

Ódio! É a única coisa que sinto nesse momento. Eu odeio ser feita de idiota e foi exatamente isso que o Dimitri fez essa manhã.

Ele achou que eu não descobriria? Meu deus! Ele se quer deu o trabalho de ir a um lugar que eu não frequentasse. Porra, foi no meu local de trabalho, no escritório onde nos dois trabalhamos.

Eu devia ter socado a cara dele. Ter pedido ao Tony para vir ao meu apartamento e fingir que estávamos juntos foi muito pouco perto do que o Dimitri merecia.

Eu devia transar de verdade com um cara cem vezes mais gostoso do aquele babaca. Ele precisa entender que comigo não se brinca, eu posso ser bem pior do que ele, basta a motivação certa.

—E no momento eu estou motivada o suficiente para transar com todos os caras de Londres e tornar Dimitri Scott o maior corno dessa cidade! —Falo em voz alta, sozinha em meu apartamento.

—Vai ter que me matar antes disso acontecer! —A voz irritada do Dimitri ecoa do lado de fora do meu apartamento.

—Que merda você ainda faz aqui? —Grito sem abrir a porta e me sento no chão com as costas apoiadas na porta. —Eu mandei você ir embora.

—Você não manda em mim, diabinha! —Ele diz do outro lado. —Eu não transei com a Hanna, se isso ajuda a limpar a minha barra com você.

—Não transou porque eu atrapalhei! —Resmungo. —Algum funcionário podia ver, pensou nisso? Pensou na humilhação que seria para mim ser traída dessa maneira?

—Dakota... me deixa entrar! —Ele implora. —Eu não vou entrar na sua casa sem a sua permissão.

—Pensou ou não Dimitri?

—Não! Eu pensei apenas em mim! —Ele confessa e eu limpo uma lagrima que rola pelo meu rosto contra a minha vontade.

—Seu problema é que você só pensa em você! Essa droga de acordo só surgiu porque você é um babaca egoísta!

—Eu não penso só em mim... —Sua voz é baixa. —Nesse momento eu só penso em você e em como eu te decepcionei.

—Isso porque está com medo de eu desistir desse acordo idiota! Eu nunca me arrependi tanto de algo, como estou arrependida de ter entrado nessa com você!

—Pode parar por um minuto de me acusar de coisas que não sabe? —Sua voz soa irritada. —Eu não estou preocupado com droga do acordo! Eu estou preocupado com você! Você é minha melhor amiga e não queria te decepcionar, você é a única pessoa que eu...

—Que você o que? —Me encosto na porta como seu eu pudesse toca-lo. —Não importa! E eu não sou sua melhor amiga, não somos nada, além de um acordo!

Me levanto e vou para o meu quarto. Por que eu estou tão chateada? É o Dimitri afinal, isso aconteceria em algum momento. Outros caras com quem eu me envolvi, se relacionavam com outras garotas e isso nunca foi um problema para mim.  Por que com ele é diferente? Por que eu sinto esse aperto no peito?

Fico parada em frente ao espelho de olhos fechados. E eu posso sentir suas mãos em minha cintura é como se meu corpo pertencesse ao dele.

Eu não posso estar...Não! Nem pensar! Eu não seria tão burra a esse ponto. Eu me recuso a usar essa palavra, me recuso a pensar na remota possiblidade de que eu Dakota, tenho quaisquer sentimentos além de desprezo e desejo sexual por Dimitri Scott.

Deixo esses pensamentos malucos de lado durante toda a semana. Consigo interpretar bem o papel de namorada apaixonada, eu merecia até um Oscar, de tão quão boa eu fiquei em fingir que está tudo bem entre o Dimitri e eu.

A verdade é que as coisas ficaram estranhas. Eu sinto como se ele estivesse o tempo todo tentando me dizer algo, mas eu sempre evito conversas, nosso contato só acontece quando estamos perto de alguém e precisamos fazer o papel de casal.

Não que eu ainda esteja brava com ele. Eu só não quero me envolver mais do que o necessário nessa relação. A ideia de sermos amigos foi uma idiotice sem precedentes. Sexo e amizade não rolam mesmo. Não com o Dimitri e eu.

—A minha mãe nos convidou para jantar amanhã á noite! —O Dimitri diz parando ao meu lado. Estamos os dois na cozinha do restaurante, todos já foram embora deve ser quase uma da manhã.

Não vamos abrir amanhã dia de folga coletiva. As segundas feiras sempre fechamos.

—Eu estarei lá! —Respondo por pura educação, sem parar de lavar a louça.

—Por quanto tempo você vai ficar assim? —Ele diz irritado. —Essa birra já está enchendo meu saco.

—Olha o que eu tenho para você! —Dou um sorriso e mostro dedo do meio para ele. —Vai se fuder!

—Quanta maturidade, Dakota! —Ele resmunga e eu ouço um barulho estranho vindo do salão

—Cala a boca, Dimitri! —Digo entre dentes e caminho até a porta que dá acesso ao salão. —Tem alguém aqui... —Sussurro pegando uma faca.

—Onde você vai? —O Dimitri segura o meu braço, mas eu me solto dele saindo da cozinha. —Mas que porra! —Ouço o praguejar e sinto-o atrás de mim.

—Vocês ficam sentados aqui e eu vou ver se consigo alguma coisa! —Um garoto sussurra e eu posso ver que ele fala com duas crianças menores.

De onde eu estou posso vê-los com clareza e o menino deve ter uns quinze anos e as duas crianças, são duas meninas e devem ter uns cinco anos.

—São crianças? —O Dimitri sussurra ao meu lado.

—Muito bem observado, Sherlock! —Reviro os olhos e deixo a faca no chão e me caminho até eles. —Quem são vocês?

—Merda! —O garoto mais velho pragueja. —Corre! —Ele grita com as duas menores que saem correndo e ele derruba uma mesa e corre junto com elas.

—Ei! Voltem aqui! —Grito correndo atrás deles e vejo que os três param a chegar na porta e darem de cara com o Dimitri barrando a passagem deles.

—Achamos os ratinhos, Dakota! —Dimi brinca me encarando.

Há alguns dias temos notado o sumiço de alguns ingredientes da dispensa do restaurante e com tudo o que aconteceu o Dimitri e eu esquecemos de investigar.

Agora temos outro mistério, quem são essas crianças?



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Meu Chef Scott ( Livro 4, serie Chefes)Onde histórias criam vida. Descubra agora