chapter ten 🍓

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...

Harry ainda não consegue entender aquele ômega.

Depois de todas as sensações que o ômega causou nele nos últimos dias, Louis havia dado um jeito de surpreendê-lo novamente.

A mensagem era clara. Louis precisava resolver um imprevisto, e não queria deixar os gatinhos chorando, então os levou com ele.

Eles estavam chorando, não podia deixá-los sozinhos... Mas prometo que logo estarei de volta com eles.

Como alguém podia ser assim? Como alguém podia fazer o coração de Harry acelerar com uma simples mensagem, sendo um doce com aquele trio de felinos que eram como filhos para o alfa?

Pensamentos sobre aquele doce ômega percorriam sua mente enquanto ele tentava se concentrar em sua aula. Ele sabia que estava sentindo por Louis coisas que nunca havia sentido por ninguém.

Gemma havia percebido, e agora esperava que ele tomasse uma atitude sobre aquilo. Ele também queria tomar uma atitude, mas não sabia o que tinha que fazer. Para começar, ele não tinha certeza sobre seus sentimentos, e não queria arriscar colocar tudo a perder.

Louis era o ômega mais incrível que já havia conhecido. Gentil, atencioso, inteligente, doce e cheio de bondade. Era uma boa pessoa para conversar e fazer amizade. Quando Harry pensa mais longe, ele imagina que o ômega provavelmente deve ser alguém bom de se ter ao lado, romanticamente também.

O alfa está tão preso em seus pensamentos sobre aquele indecifrável ômega, que quando o vê, do lado de fora da sala, praticamente correndo pelo corredor e parecendo perdido, ele pensa que está alucinando.

Nunca foi um costume seu ver coisas, quem dirá um ômega tão lindo e conhecido por ele, então ele decide se levantar e descobrir o que está acontecendo, e o motivo de o universo estar tentando derrubá-lo.

— Classe, continuem fazendo a atividade, eu volto já — ele disse, tentando não soar como parecia: louco e desejoso pela atenção daquele ômega.

Os alunos concordam rapidamente e ele logo deixa a sala, facilmente sentindo o cheiro doce e familiar do ômega, que agora significava algo muito maior para ele. É impossível que sua mente esteja o enganando desse jeito, o que significa que Louis realmente está ali.

Quando os dois se encaram, o ômega finalmente percebendo sua presença — provavelmente ao também reconhecer seu cheiro —, é como se um turbilhão de sensações os cercassem.

Acima de tudo, pelo menos naquele instante, a estranheza se sobressaía, como destaque.

— O que está fazendo aqui? — Os dois perguntaram ao mesmo tempo, se aproximando devagar, como se a gravidade funcionasse diferente entre eles.

Harry foi o primeiro a tentar se recuperar, se esforçando para manter seus pensamentos em foco — embora esta estivesse sendo uma árdua batalha para ele durante todo o dia.

— Bom, eu trabalho aqui — o alfa disse, se impedindo de suspirar alegremente quando estava tão perto que podia sentir o aroma de morango suave mais forte, perfeito para ele. — Você realmente trouxe eles?

Só então o alfa reparou no trio de gatinhos pendurados em suas bolsinhas de passeio, miando em reconhecimento para Harry.

Louis piscou, movendo o olhar para as malas com os felinos, e então voltando a olhar para Harry.

— Eu te disse... Eles estavam chorando! — O ômega se explicou, seus olhos brilhando.

Desse jeito vai ser difícil, o alfa pensou, tentando ignorar seu coração acelerado. Droga.

if you leave me tomorrow || l.s. aboOnde histórias criam vida. Descubra agora