if you leave me tomorrow || l.s. abo

chapter one 🍓

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São sete da manhã e Louis faz o melhor que pode para não bocejar de sono. O combinado com seu novo chefe foi que ele aparecesse na segunda-feira, às sete da manhã, para que o ômega conhecesse a casa, principalmente a cozinha, e então os dois combinariam tudo oficialmente.

Louis se sente nervoso, mas está acostumado com entrevistas de emprego, e se sente confiante pois, tecnicamente, ele já foi contratado. No entanto, ainda há aquele sentimento ansioso, aquela ansiedade inexplicável, ele se sente despreparado para conhecer o alfa, se sente estranho em saber que estará naquela casa por um bom tempo. É diferente de suas outras experiências de trabalho.

Bem, ele já foi babá de uma das filhotes de sua vizinha, quando ainda morava com sua mãe, e por uma semana ele ficou na casa ao lado da sua, mas seria diferente dessa vez.

Ele toca a campainha, ainda incerto, apertando as alças de sua mochila, pousada em seus ombros. O ômega ouve passos mais próximos e se ajeita em sua calça skinny e seu suéter vermelho, mas antes que ele possa verificar se seu cabelo está em ordem, a porta é aberta e ele se obriga a olhar para o alfa que aparece em sua frente, prendendo a respiração sem perceber.

O alfa é alto, e lindo, muito lindo. Seus olhos são verdes em um tom único, seu cabelo é longo e alcança seus ombros, com cachos definidos nas pontas. Os lábios são vermelhos e carnudos, sua feição é séria, sua pose é decidida e imponente, e ele tem cheiro de grama recém-cortada com chuva e um toque cítrico, como laranja ou alguma outra fruta.

O ômega só percebe que está encarando demais quando ouve o alfa pigarrear, imediatamente adquirindo um tom vermelho em suas bochechas ao notar que estava parado no mesmo lugar, praticamente secando seu nome chefe.

A primeira impressão...

— Olá — a voz do alfa é melodiosa, ao mesmo tempo em que é tão séria que pode arrepiar todos os pelinhos nos braços de Louis. — Você deve ser meu novo cozinheiro.

— Sou eu — o ômega assente, sorrindo nervosamente. — Louis Tomlinson.

O alfa assente de volta, relaxando um pouco suas expressões, mas ainda parecendo intimidador. Por algum motivo, Louis não se sentia com medo ou, de fato, "intimidado". Era apenas estranho conhecer alguém novo, que literalmente vai comer a comida dele por um tempo.

São situações da vida, pelo menos, da vida de Louis. Louis esperava que fosse assim.

— Harry Styles — o alfa disse, abrindo espaço para que o ômega pudesse entrar. — Eu devo dizer que liguei para a cafeteria onde trabalhou por último, e seus antigos chefes só tinham elogios para você. Por isso e pelo seu currículo, te contratei.

As bochechas de Louis parecem dispostas a tornar tudo mais embaraçoso enquanto ficam cada vez mais vermelhas e quentes.

— Espero que não fique muito ansioso sobre nossa conversa de hoje, eu apenas gostaria de te mostrar a casa, pois é suposto que passará um bom tempo aqui — o dono da casa prosseguiu, caminhando atrás de Louis por um corredor que os levou até uma bela sala de estar. — E também gostaria que você preparasse algo para o café da manhã, se não se importar em começar hoje. Gostaria de provar o que você sabe fazer.

Por todos os deuses, Louis, não existe nenhum duplo sentido nesta frase!

— É claro, sem problema algum — o ômega se limita a dizer, sabendo que poderia se complicar se falasse qualquer outra coisa.

— Bem, minha casa normalmente está bem vazia, eu saio de casa às oito e quarenta e cinco todos os dias, e volto às cinco e meia — o alfa diz, parecendo preocupado. — Divido minha casa com três gatos um pouco... Intrometidos. Eles provavelmente vão te importunar durante o dia, então se preferir trabalhar sozinho, pode atraí-los para o quintal com alguns petiscos e trancar a porta.