02 capítulo

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" Viver triste todos os dias é realmente
viver?."

TOKYO|SHIBUYA

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TOKYO|SHIBUYA

𝐃𝐎𝐈𝐒 𝐀𝐍𝐎𝐒 𝐃𝐄𝐏𝐎𝐈𝐒 de toda aquela merda no Japão, eu me encontrava em algum lugar aleatório em Shibuya. O som abafado do vento parecia distante, como se o mundo ao meu redor tivesse congelado. Meus olhos percorriam o jardim ao longe e o beco escuro logo abaixo da ponte onde estava sentada. Eu já devia ter levantado há algum tempo, mas a exaustão me manteve ali, com a bunda adormecida no concreto frio.

Foi quando ouvi vozes infantis abaixo de mim. Desesperadas e assustadas. Meu coração disparou e pulei de onde estava. Assim que pousei no chão, corri na direção dos sons sem pensar duas vezes, o medo e a adrenalina me guiando. Assim que vi duas meninas, pequenas e vulneráveis nas mãos de dois homens, uma onda de nojo e raiva se espalhou pelo meu corpo. Elas estavam sem as roupas de baixo, chorando, com expressões de puro pavor, como se implorassem por alguém.

Fazendo eu me lembrar do meu próprio inferno.

— Que porra é essa? — minha voz saiu cortante como uma lâmina.

Os dois se sobressaltaram, tentando fechar os zíperes rapidamente, mas eu fui mais rápida. Ataquei o primeiro homem com força, empurrando o outro e colocando as meninas atrás de mim. Tremendo de medo, elas vestiram suas roupas como puderam, abraçando-se no canto.

Respirei fundo. Eu já sabia que aquele confronto ia doer, mas não me importava. Não importava quantos golpes eu levasse, eu não ia deixar aquelas meninas serem machucadas. Eu não ia cometer o mesmo erro.

Um deles avançou primeiro. Desviei do soco e dei uma rasteira, derrubando-o, mas o outro aproveitou para me acertar no rosto e no estômago. Me fazendo sentir o gosto de sangue na boca, aumentando minha raiva.

— Sua vadia maldita! Vou te fazer de puta, assim como farei com essas duas — o homem mais velho gritou, a maldade escorrendo pela sua voz.

Eu vi vermelho. Que porra foi essa que ele falou? Eu ia matá-lo. Avancei contra ele sem pensar. Peguei-o pelo cabelo e o golpeei diversas e repetidas vezes contra o muro do beco. O som oco da cabeça dele batendo no concreto se misturava ao sangue que escorria pelo meu corpo inteiro. A poça vermelha que se formou aos meus pés parecia não ter fim.

As meninas mantinham os olhos fechados, o que foi um alívio. Não queria que elas vissem o monstro que eu sou.

Quando cansei do mais velho, joguei ele no chão e observei com satisfação seu crânio completamente esmagado. Andei até o segundo que estava quase desmaiado e pisei, diversas vezes, em sua cabeça. O estalo seco e repetido era quase catártico. Era brutal, eu sabia, mas necessário pra eles não machucarem mais ninguém.

Com os dois mortos, me aproximei das duas crianças com cuidado. Ajoelhei na frente delas, tentando suavizar minha voz, ainda estava ofegante e não queria assustá-las com esse sangue todo em meu corpo.

𝐘𝐀𝐌𝐀𝐒𝐇𝐈𝐓𝐀, Tokyo RevengersOnde histórias criam vida. Descubra agora