𝐏𝐚𝐫𝐭 𝟐𝟎

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𝙀𝙢𝙞𝙡𝙮 𝙏𝙝𝙤𝙧𝙣
—Ai meu Deus Rafe a gente tá muito bebado—não faz isso kkkhahaka

—Ninguém vai notar se eu arrancar a cabeça desse cara—ele fala cambaleando,provavelmente o efeito da bebida em seu sangue.

Depois que eu e Rafe saímos da festa,fomos em um bar,foi difícil achar um lugar que estava aberto naquele horário então fomos em qualquer um que estava aberto.E nós bebemos muito,nunca tinha bebido tento na minha vida eu acho que passamos um pouco dos limites por que o dono do bar nos botou pra fora depois que o Rafe começou a brigar com o dono porque a bebida que eles tinham era uma merda.

E agora,estamos no parque central de Outer banks prestes a arrancar a cabeça de uma estátua que está aí parada a mais de 300 anos e não sabemos nem quem é o bendito que será sacrificado em poucos minutos.

A cabeça do homem finalmente cai,e ela cai direto no pé de Rafe,eu começo a rir tanto que até sai lágrimas nos meus olhos,e rafe se exclama de dor que o mesmo está sentindo,ele cai tentando se equilibrar com um pé só e eu rio mais ainda,Rafe faz o mesmo e começa a rir de si próprio deixando a dor de lado.

—Cara você é maluco—digo.

—Oque vamos fazer com a cabeça?—pergunta ele.

—Eu vou levar pra casa—respondo.

—Nada disso,eu arranquei a cabeça,eu vou ficar com ela—ele fala se irritando.

—Mas eu te ajudei—afirmo.

—Ajudou como?—ele pergunta.

—Te dando suporte—eu falo e ele ri.

—Tá bom então,nós vamos ter que fazer uma guarda compartilhada—ele sugere.

—Isso é ridículo Rafe—falo pro mesmo.

—Ta bom,vai ficar na minha casa—ele fala.

—Uma semana cada?—eu volto atrás com esse "acordo".Nem eu sei porque quero a cabeça de um homem na minha casa,mas parece ser uma boa decoração no meu quarto,já estou enjoada.

—Pode ser—falo.

Olho pro pé do Rafe de relance,mas percebo que esse pé não está bom,está literalmente roxo e do formato de uma bola prestes a explodir.

—Rafe,é melhor você sentar—eu falo.

—Porra—ele diz,olhando pro seu pé.

Ele se senta no gramado íngrime colocando as mãos no seu pé, provavelmente tentando amenizar a dor que provavelmente agora está sentindo novamente.Eu sento do seu lado e penso em distraí-lo para não pensar muito na dor,antes estava funcionando bem.

—Vamos jogar um jogo,de fazer perguntas aleatórias,pra te distrair um pouco e sua adrenalina subir,deve ajudar isso aí—falo olhando pro pé de Rafe.

—Isso vai ajudar?—ele pergunta com receio é dor.

—Me ajudou quando a Sarah me empurrou do telhado.

—Ta bom então,faz a primeira pergunta.

—Ainda joga futebol?—pergunto,ele balança a cabeça informando que sim.

—Ainda escreve?—ele rebate.

—Não mais—respondo sendo sincera.

Quando eu era mais nova,gostava de escrever,eu escrevia mais poesia,eu amava,não sabia muito,só escrevia sobre meus sentimentos.Creio que hoje em dia teria muito mais sobre oque escrever pois oque mais venho tento atualmente é sentimentos a flor da pele.Parei com tudo depois que meu pai faleceu,minha razão pela qual eu continuava a escrever,ele era o único que lia,e ele lia todas,não deixava nenhuma sequer de lado,eu mostrava pro mesmo,e ele abria um sorriso,um sorriso sincero e verdadeiro e dizia pra eu nunca parar de demostrar os meu sentimentos de maneira artística,ele não ficaria orgulho se soubesse que nunca mais toquei no meu caderno vermelho que o mesmo avia me dado,e nunca mais peguei uma caneta.Desculpa pai,mas eu não sou forte como você.

𝐴𝑐𝑐𝑖𝑑𝑒𝑛𝑡𝑎𝑙𝑙𝑦 - 𝑅𝑎𝑓𝑒 𝑐𝑎𝑚𝑒𝑟𝑜𝑛 Onde histórias criam vida. Descubra agora