𝐏𝐚𝐫𝐭 𝟐𝟑

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                             𝙀𝙢𝙞𝙡𝙮 𝙏𝙝𝙤𝙧𝙣
Acabei de sair da casa do Topper,depois de umas...9 horas?.Até que não foi tão ruim,nos divertimos depois de achar as velas,logo depois a gente pegou no sono e dormimos um em cima do outros mesmo.

Se tem uma coisa que eu odeio mais que um furacão,e o dia seguinte do furacão.Uns cinquenta funcionários estão em frente a minha casa pra consertar tudo oque foi estragado pela ventania.Um cara está em cima do telhado consertando alguns tijolos que quebraram,outro está reajustando os geradores e o outro está tirando todas as folhas e galhos de árvore do chão.

Pensei em ir pra casa mas me lembro que deixei o meu carro no cut,preciso dele hoje.Vou andando até lá, olhando todos desesperados para consertar suas enormes mansões.

Finalmente Chego no cut e o que vejo é desesperador e me deixa esmorecida.Eu não consigo mais ver a rua que estava a minha frete a alguns minutos atrás pelo caminho no figure 8.Casas estão quebradas,não apenas uns tijolos mas residências sem teto,ou paredes,a minha frente vejo uma casa onde o telhado está totalmente destruído oque me fez ver toda casa na parte de dentro,também destruída.Enquanto vou andando mais apavorada eu fico,a rua está cheia de lixo,roupas,utensílios e móveis quebrados.

Eu ando até a calçada porque é o único lugar que consigo manter meus pés no chão sem pisar em algum pertence dessas pobres pessoas.

Um homem vem até mim,sua pele e escura e seu cabelo e grisalho,as roupas dele estão rasgadas e sua camiseta laranja retalhada está suja, o mesmo está descalço com seus pés encostando na lama embaixo de nós,seu rosto está machucado,com um arranhão bem grande na bochecha,e eu consigo ver algumas lágrimas saindo pelo seus olhos.Ele me implora pra que eu
o ajudasse a procurar algumas fotos de família,no chão lamacento e cheio de lixo.

—Aí meu Deus,você está bem,precisa de ajuda?vem comigo eu vou te levar até o hospital.—falo pegando nos seus braços com calma para tentar acalma-ló de alguma forma.

—Por favor menina,me ajude a encontrar as únicas fotos que restou da minha família—ele finalmente me olha nos olhos e fala,logo depois volta a procurar as fotografias no chão sujo e quebradiço.

Ele não liga que a casa dele tenha sido reduzida a uma pilha de destroços,que ele tenha perdido cada última peça de roupa
cada último livro,cada último aparelho eletrônico,ele apenas quer um jeito de lembrar da sua família.Uma lágrimas cai nas minha bochechas e eu paro em um transe por um milésimo de segundo.Eu finalmente me abaixo e o ajudo a procurar a foto,coloco minha mão no chão e começo a remexer toda sujeira,eu só queria que esse moço se acalmasse de alguma maneira mas não sabia como porque estou tentando fazer isso comigo também.Começo a ver pilhas de papéis,todas estão sujas,vejo uma pasta e lá está.É uma foto com um homem e duas mulheres ao seu lado,uma delas é uma criança,estão abraçados e estão sorrindo,uma lágrima escorre na foto.Eu levando e estico meu braço,o homem me olha,eu vi esperança em seus olhos nunca tinha visto isso no olhar de alguém antes,eu entrego a foto a ele,ele sorri,em meio de tanta tragédia ele consegue sorri ao ver as
pessoas nas quais mais ama no mundo em uma foto.

—Eu preciso levar você ao hospital,por favor—digo assim que o ajudo.

—Minha querida,você já fez o suficiente,tudo que importa pra mim é está foto,obrigada por achá-la—ele diz.

—Seu rosto está machucado—falo

—Eu não tenho dinheiro pra pagar a conta,eu estou bem querida, é sério

—Não se preocupe com isso senhor,fique bem aqui.

—Obrigado!—ele diz grato,colocando a foto no seu peito.

𝐴𝑐𝑐𝑖𝑑𝑒𝑛𝑡𝑎𝑙𝑙𝑦 - 𝑅𝑎𝑓𝑒 𝑐𝑎𝑚𝑒𝑟𝑜𝑛 Onde histórias criam vida. Descubra agora