Capitulo 2 ²

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────O que? Biquíni? Ela não me disse que iria precisar disso.

────Any, quando a gente entra em uma piscina essa é a parte principal. Usar Biquíni... posso ver se está na sua bolsa?

────Pode, não é como se eu fosse correr pra te impedir.

Talvez eu tenha sido um pouco sarcástica, Alfonso me colocou sentada em uma espreguiçadeira e um sorriso lateral rasgou seus lábios, era engraçado a forma em que ele não se importava com a minha boca suja e meu mau humor.

────Deixa me ver o que a mãe da mudinha colocou aqui...bom absorvente, escova de dente...─A cada palavra dele e a cada item que ele tirava de dentro da bolsa me fez respirar fundo e negar. Aquilo estava sendo pior que não saber andar.

────Da pra parar de falar em voz alta...isso me incomoda...por favor. ─Resmunguei baixo o por favor,não estava acostumada com isso.

────Calma mudinha, a peça principal está aqui. Quer que eu te vista também? Por que eu não vejo problema em fazer isso.

────Não, como vai me vestir? Ficou louco?

────Não é como se eu nunca tivesse te visto sem roupa. Mudinha...

────Velhote! Ja falei pra não me chamar de...de...ah droga desse apelido ai.

────Tabom, então como vai se trocar?

────Esquece...vou tomar banho de roupa.

────E voltar toda molhada? No meu carro? Sem chances! Vamos,eu vou te trocar. Prometo fechar os olhos.

────Como vou confiar em você?

────Vai por mim, se eu olhar seu pai e seu irmão me matam e eu não quero morrer,tenho uma irmã pra cuidar.

────Ok! Mas não é pra olhar ou eu mesma arranco seus olhos.

Ele afirmou e sorrio, quando Alfonso fechou os olhos peguei o sutiã e coloquei na mão dele, tirei minha blusa deixando meus seios a amostra,aquilo era tão vergonhoso. Mesmo que ele estivesse com os olhos fechados era torturante saber que ele iria me tocar. Quando ele colocou o biquíni em mim segurei meus seios e o moreno veio atrás de mim, amarrou a peça e eu senti o alivio invadir meu corpo já que eu estava com a parte debaixo.

────Pronto mudinha...morreu?

────Quase.

Ele riu e me ajudou a levantar, o rapaz soltou minhas mãos e eu fiquei em pé, eu podia sentir meus dedos se mexerem sobre o piso frio de mármore. Com muita dificuldade tentei dar um passo, quando ergui o olhar Alfonso me olhava com convicção como se ele acreditasse em mim, senti meu corpo desequilíbrar e ir ao chão, segurei na gola de Alfonso e o puxei junto comigo. Seu corpo caiu sobre o meu e suas mãos estavam cada uma ao lado do meu corpo, a respiração dele rente ao meu rosto me fez arrepiar,que sensação estranha.

────Muito bem mudinha, deu o primeiro passo e isso é o suficiente...da próxima vez que for cair não me puxe por que eu quase te beijei.

────Para de ser idiota!

Alfonso riu e me levantou, me ajudou a ir até a piscina e primeiro me colocou dentro da água gelada, meus pulmões dilataram, a água estava fria demais. Fiquei me segurando na borda da piscina e ele entrou na água, suas mãos tocaram minha cintura novamente e eu soltei a borda da piscina.

────Pronto senhorita Anahi, estamos dentro da água...eu só quero que mexa as pernas pra frente e pra trás. Apenas isso...quero que se esforce.

────Não prometo nada,velhote.

Ele tem um sorriso tão lindo que me desconcerta toda, por mais que eu estivesse com raiva dele não podia negar que Alfonso era uma pessoa divertida. Ele segurou minhas mãos e foi me puxando, meu corpo estava boiando e ele me ajudando a mover meus pés pra cima e pra baixo. As horas passaram tão depressa que nem vi a noite chegar e as luzes se acender sobre nós.

────Parabéns Any, grande passo hoje...amanhã te encontro que horas?

────Quem disse que eu vou sair amanhã?

────Eu disse e sua mãe também.

────Não pretendo sair Alfonso, ja aviso com antecedência, nem se dê o trabalho de me buscar.

────O que? Do que me chamou?

────Alfonso,não é seu nome?

────É que você só tem me chamado de velhote...não sei se gosto de ouvir você pronunciar meu nome...mudinha...

Revirei os olhos e ele fechou a porta do carro, o caminho todo eu dormi com a cabeça apoiada na janela do carro. Quando acordei Alfonso me encarava com as duas mãos no volante e a cabeça apoiada nas mãos.

────Achei que não ia acordar bela adormecida. Chegamos...

────A quanto tempo estamos aqui? Meu Deus por que não me acordou?

────Nada, queria te sequestrar.

────Me leva pra dentro de casa velhote.

────Agora não...

────Mas eu quero entrar velhote,me deixa entrar ou eu grito.

────Pode gritar...

────Eu vou gritar mesmo,não estou brincando.

────Nem eu

Não demorou muito para que a porta de casa fosse aberta por Chris que saiu dali chutando tudo que via pela frente. Não entendi absolutamente nada, apenas encarei Alfonso assustada. Então era por isso que ele não queria deixar eu entrar...

────Vamos...

Ele saiu do carro e abriu o porta malas, pegou minha cadeira de rodas e a montou deixando ela no chão, abriu a porta do carro e me pegou no colo,me colo ou na cadeira e subiu a rampa que meu pai tinha feito especialmente pra mim. Abriu a porta e Tysha nos recebeu.

────Olha só quem chegou...como foi o passeio filha?

────hum..

────Isso é um "Foi legal,mãe" ou é apenas hum de "tanto faz"

────Certeza que foi a primeira opção.

Disse Alfonso evitando um conflito.

────Ótimo, venha jantar conosco Alfonso.

────Infelizmente hoje não posso senhora Portillo, mas talvez em uma próxima.

────Ah não eu insisto, preparei um jantar ótimo pra gente.

────Tysha! Ele disse que não pode, que chata a sua insistência.

────Bom...então eu vou marcar um almoço para nós e não aceito um NÃO como resposta.

────Obrigado senhora Portillo, até breve.

Alfonso apenas sorrio e se retirou, me perguntava como iria encara-lo depois de hoje.

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⏰ Última atualização: Aug 16, 2022 ⏰

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