PRÓLOGO
MARIA CLARA CAMPOS
Observo toda a movimentação estranha na sala do meu chefe, hoje está um dia estranho, depois da noticia de possíveis fraudes e envolvimento com lavagem de dinheiro, o CEO da Johnson Marketing, Edward Johnson vive trancado na sua sala com advogados e sinceramente, toda essa situação tem me preocupado, afinal, posso perder meu emprego e para conseguir outro na mesma área aqui em Nova York pode ser difícil já que no meu histórico de experiência, vai constar que trabalhei para um possível criminoso.
Sai do Brasil a dois anos depois da morte da minha mãe, tinha acabado de me formar e com a ajuda de Mandy, uma amiga que conheci na faculdade no Rio de Janeiro, me ajudou com o trabalho fora do país. Tomei essa decisão já que ela iria voltar para seu país novamente depois de formada e como nunca soube quem era meu pai e com a morte da minha mãe, eu iria ficar sozinha, então resolvi vir com ela, seus país que moravam já em Nova York, ajudaram com o apartamento onde dividimos tudo.
No inicio foi difícil pra mim, embora eu já tivesse um inglês fluente devido ao curso que minha mãe fez das tripas o coração para que eu tivesse essa vantagem no mercado de trabalho, porém, a única pessoa que sabia falar o português, era Mandy e quando me mudei, foi difícil falar somente o inglês, entretanto, agora para mim é como se fosse algo normal.
— Atenção a todos.— saio dos meus devaneios quando meu chefe sai da sua sala com três advogados e o Vice presidente, Gael, seu irmão e o mesmo diz. — Infelizmente venho trazer noticias ruins, a Johnson Markenting, será fechada e decretada falência.— todos ficam surpresos com esse comunicado.
— Senhor, o que vamos fazer?! Vão simplesmente nos jogar para escanteio?— indago preocupada.
— Todos receberam recisões, mas infelizmente, com todas essas acusações que em breve vou provar que são falsas, todos os bens da família e o dinheiro da empresa, foi congelado, perdemos todos os clientes que tínhamos e até mesmo essa empresa está entre os bens congelados, ou seja, não poderá ter operações mais aqui neste prédio. Eu sinto muito a todos, prometo fazer carta de recomendações a todos, estão dispensados.
Puta que pariu, o que eu vou fazer?
ALGUNS MESES DEPOIS
MASSIMO D'VACCHIANO
— Mandy, essa última babá que foi contratada, é uma incompetente, eu exijo que veja melhor essas pessoas, ela tinha um antecedente criminal com drogas.— murmuro exasperado.
— Foi quando ela era uma adolescente, e na verdade não foi drogas, e sim remédios que ela roubou de uma farmácia para a mãe que estava doente e ambas passavam dificuldade.
— Não deixa de ser uma criminosa.
— Massimo, já é a quinta babá em cinco meses, algumas pessoas estão com medo, sabem da sua fama de ser implacável.
— Eu não gosto de incompetência.— ela semicerra os olhos.
— Você fez com que uma das agências de babás, fechasse, somente porque a moça esqueceu de levar sua filha ao balé.— me recosto na cadeira.
— As coisas tem que seguir seu cronograma, se não for assim, rua.— ela solta uma respiração pesada.
— Me surpreende eu ser a única a conseguir conversa com você abertamente sem que me mande embora, já que falo o que penso.
— Seu pai foi motorista a anos da minha família, sua mãe assistente pessoal da minha Amy, e conheci você ainda quando tinha quinze anos, conviveu na minha casa, a considero como se fosse da família, embora as vezes me questiono, você fala demais.— Mandy ri.
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O Viúvo Italiano / DEGUSTAÇÃO
RomanceMaria Clara é uma brasileira que se mudou a três anos para Nova York depois da morte da sua mãe, com a ajuda da sua amiga, Mandy, uma norte americana que morava a alguns anos no Brasil e que Maria a conheceu durante a faculdade. Formada em Markentin...