Quase dez anos haviam se passado desde o dia em que os Dursley acordaram e encontraram o sobrinho no batente da porta, mas a rua dos Alfeneiros não mudara praticamente nada. O sol nascia para os mesmos jardins cuidados e iluminava o número quatro de bronze à porta de entrada dos Dursley; e penetrava sorrateiro a sala de estar, que continuava quase igual ao que fora na noite em que o Sr. Dursley ouvira a funesta notícia sobre as corujas. Somente as fotografias sobre o console da lareira mostravam o tempo que já passara. Dez anos antes havia uma porção de fotografias de uma coisa que parecia uma grande bola de brincar na praia, usando diferentes chapéus coloridos – mas Duda Dursley não era mais bebê; e agora as fotografias mostravam um menino grande e louro na primeira bicicleta, no carrossel de uma feira, brincando com o computador do pai, recebendo um beijo e um abraço da mãe. A sala não continha nenhuma indicação de que havia outro menino na casa, e muito menos uma menina.
- Se começou assim é porque vocês não saíram né? - Perguntou Frank recebendo um aceno dos gêmeos.
No entanto Harry e Sophie Potter continuavam lá, no momento adormecidos, mas não por muito tempo. Sua tia Petúnia acordara e foi sua voz aguda que produziu o primeiro ruído do dia.
– Acordem! Levantem-se! Agora!
- Não é assim que se acorda uma criança. - Reclama Narcisa.
- Deveria ensinar minha mãe também. - Comentou Rony o que gerou risos na sala.
Harry acordou assustado. A tia bateu à porta outra vez.– Acordem! – gritou. Harry ouviu-a caminhar em direção à cozinha e em seguida uma frigideira bater no fogão. Tentou acordar sua irmã que no momento usava o mais velho como travesseiro.
- Vocês dois são muito fofos. - Comentou Alice.
- Você quis dizer eu né? A Soph é uma égua em formato de gente. - Disse Harry rindo.
- Falou o cavalo. - Respondeu Sophie com um sorriso sarcástico.
A sala simplesmente deu risada com a interação dos gêmeos.
- Sophie, acorda.
- Mais 5 minutinhos Has.
- Essa puxou o sono do James. - Disse Sirius.
- Olha quem fala. Você tem um sono tão pesado que baba o travesseiro todo. Parece até um cachorro. - Retrucou James rindo que foi retribuído por um dedo do meio do mesmo.
- Mas Sirius tem razão, Sophie é difícil de se acordar. - Disse Harry que levou um tapa da irmã.
Enquanto esperava Sophie acordar, Harry tentava se lembrar do sonho em que estava. Era um sonho gostoso. Havia uma motocicleta. Tinha a estranha sensação que já vira esse sonho antes.
- Você tem uma boa memória. Assim como eu. - Comentou Lily sorrindo pro filho que retribuiu.
- Sim, ao contrário da Sophie que só não esquece a cabeça porque é colada. - Brincou recebendo um tapa da irmã.
- Assim como o pai. - Disse Sirius.
E James como um homem maduro que é, respondeu dando língua, gerando uma risada nos marotos.
A tia voltara à porta.
– Vocês já se levantaram? – perguntou.
– Quase – respondeu Harry.
– Bem, ande depressa, quero que você tome conta do bacon. E não se atreva a deixá-lo queimar. Quero tudo perfeito no aniversário de Duda.
- Você cozinhava? - Perguntou Narcisa.
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Uma Última Chance
FanfictionTrês anos após a guerra em Hogwarts, algumas pessoas resolvem voltar ao passado, mais exatamente em 1976 para lerem sobre os acontecimentos futuros e tentar evitar toda dor e tragédia que aconteceu