Capítulo Oito

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- O Breno está impaciente querendo que você chegue logo

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- O Breno está impaciente querendo que você chegue logo. - Bety estava com muitas olheiras, provavelmente pela noite mal dormida.

- Ele está bem? - Eu disse enquanto passava pelo corredor, sem saber se eu realmente deveria me preocupar.

- Está bem melhor. - Ela sorriu aliviada. - Vou deixar vocês a sós.

Assustei-me com sua proposta rápida, pois eu não sabia se realmente queria ficar sozinha assim outra vez com ele. Se estava sendo tola não havia problema, só sei que automaticamente acabei entrando naquela sala, pensando não ter alguma outra desculpa plausível a não ser a de explicações que não haviam sido dadas de sua parte.

Entrei no quarto, onde se encontravam outras três pessoas, ele estava próximo à janela e a olhava distraído.

- Está distraído aí. - Eu disse baixo para não incomodar os outros pacientes.

Eu ainda me sentia mal por ter de encará-lo depois do vídeo e isso me fazia sentir calafrios horripilantes sempre quando eu pensava no que realmente tinha acontecido por detrás daquela filmagem.

- Oi, meu amor! - Ele me olhou de cima a baixo quando me notou. - Você ficou esse tempo todo comigo, não sei nem como te agradecer. - Ele se sentou na cama com grandes esforços.

- Não tinha como deixar você sozinho lá. - Aquilo soara um pouco frio demais, quase como uma ironia na voz, fazendo-me sentar na poltrona ao lado para evitar seus olhares de frente.

- Você não vai nem me dar um beijo? - Ele me olhou de outra maneira, como se de alguma forma não fosse do mesmo modo de antes, pelo menos um jeito diferenciado do de quando queríamos carinho um do outro.

- Olha, Breno, você já está bom o suficiente para podermos conversar. - Naquele momento tentei fugir de qualquer conversa que fosse uma aproximação desnecessária, dando fuga para o assunto que precisava ser o foco agora.

- Você não acreditou mesmo em mim, né?! - Ele abaixou a cabeça e o segui também rumo à mesma direção, observando surpresa o gesso que estava em seu braço direito. - Agora você já pode assinar, faço questão de que seja a primeira. - Ele demonstrou uma dose de euforia ao ver que eu notara sua fratura.

- Eu quero apenas conversar, Breno. - Revirei meus olhos, na expectativa de que ele me levasse a sério, mas ele acabou se sentindo aborrecido com minha insistência outra vez. - Não tivemos muita oportunidade na porta da escola ontem e eu acho que mesmo assim você me deve isso. - Tentei ao menos me tornar mais calma naquela hora.

- E eu disse pra você não acreditar nisso. - Mesmo com ele quase implorando, o olhei querendo mais explicações. - Já vou te explicar. - Ele fez sinal para esperar, como se percebesse minha expressão de incerteza, ajeitando o travesseiro sobre suas costas. - Eu fiquei com essa garota ano retrasado e ainda não estávamos namorando. - Enquanto ele falava, eu lamentava pela cena viva em minha própria mente. - Tem a ver com Jorge essa confusão, ele me disse uma vez que sempre gostou de você e me ameaçou quando contei a ele que estava interessado em te conhecer. Ele disse que, se eu me aproximasse, iria se vingar de alguma maneira.

Letícia é uma vadia mimadaOnde histórias criam vida. Descubra agora