capítulo 3

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Fiquei com medo, eu nunca tinha medo de nada, mas naquele dia eu tive, corri, mas não fui para o meu quarto tinha medo de ele me encontrar sozinha e me fazer algo, então corri para o quarto dos meus pais abrindo a porta rápido

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Fiquei com medo, eu nunca tinha medo de nada, mas naquele dia eu tive, corri, mas não fui para o meu quarto tinha medo de ele me encontrar sozinha e me fazer algo, então corri para o quarto dos meus pais abrindo a porta rápido. A minha mãe acordou sobressaltada com o barulho e perguntou meio ensonada:
— Que se passou filha?

— Mãe eu vi um filme de terror e fui dormir tive um pesadelo, estou com medo posso ficar aqui por favor ?— eu perguntei mal sentindo as minhas pernas.

— Claro, você está bem, quer água, alguma coisa?- perguntou ela me abraçando, o meu corpo começou a tremer, achei patético eu adorava vampiros e agora estava com medo de um.

— Não mãe, eu só não quero voltar a vê-lo — deixei escapar sem querer.

— Quem filha? — perguntou ela.

— O monstro — eu disse, sei que parecia uma criança,como quando as crianças dizem que tem um monstro debaixo da cama.

— Eu já tinha avisado você para não ver esses filmes de terror, depois você tem pesadelos — disse ela me abraçando forte, ela tinha razão muitas vezes eu via filmes e tinha pesadelos, mas nenhum como aquele, não era um pesadelo tinha mesmo sido real e tinha causado medo, sim, eu era adulta com os meus 25 anos, já trabalhava, sempre me tinha achado muito independente e pensava que podia lutar se me atacassem, mas a realidade é que diante de um vampiro eu não podia me defender, eu era apenas uma humana frágil e fraca.

Deitei-me no meio dos meus pais, de início não conseguia pegar no sono, ainda via a cara dele, aquele ar de psicopata, não era nada semelhante ao Edward que eu conhecia dos filmes, era mesmo como se ele viesse de um universo paralelo em que ele era o contrário do que nós realmente víamos nos filmes.

Com um pouco de paciência eu consegui dormir minimamente. Acordei e estava sozinha, provavelmente o meu pai tinha saído para trabalhar, ele trabalhava num escritório de advocacia, ele era advogado. A minha mãe devia estar limpando a casa ou preparando o almoço. Olhei o despertador, ainda estava a tempo de me arranjar para o trabalho.

Eram 8:30 e eu conseguia me preparar rápido e estar lá antes das 9:10 que era quando eu entrava. Levantei-me da cama, descendo dela, logo a seguir calcei o meu chinelo pantufa e percorri o corredor até chegar à casa de banho, lá fiz as minhas higienes pessoais e fui direta para o meu quarto mudar de roupa.

Ao entrar nele eu vi ao longe um papel dobrado em dois em cima do livro de crepúsculo, me aproximei dele e peguei aquele papel o abrindo, quando o abri vi que lá dentro estava escrito:

— "Me desculpe pelo comportamento do meu irmão na noite passada, a história que o meu irmão revelou a você é totalmente verdadeira, usaram a nossa história, mas aquelas pessoas não somos nós. Não se preocupe, não ouvirá mais falar de nós nem nos verá mais. Meu coração será eternamente seu". —  Não entendi, quer dizer a primeira parte se desculpar pelo irmão até entendi, mas ele não tinha culpa pelo comportamento do irmão, mas dizer que iria desaparecer e no fim dizer " Meu coração será eternamente seu ", não fazia sentido.

Primeiro Edward tinha me dito que ele estava com a Alice, ele seria assim diferente como eu imaginei ou ele podia ser como o Edward e estar aborrecido e querer um brinquedo?

Meu coração apertou naquele instante, não queria acreditar que ele fosse como o irmão, um psicopata, mas não foi apenas isso, ler que ele ia embora fez eu sentir saudades, saudades de alguém que eu mal conhecia ou tinha tido algo.

Comi alguma coisa apressada, pois não me queria atrasar para o trabalho. Antes disso eu abri o meu guarda-roupa e retirei de lá de dentro um terno azul, uma camisa branca, umas calças a conduzir com o terno e como não podia faltar a minha roupa interior.

Quando estava me vestindo deixei uma lágrima escorrer do meu rosto, mais uma vez alguém tinha aparecido na minha vida e logo ia sumir. Peguei um totó em cima da prateleira do meu quarto e amarrei o meu cabelo castanho grande em um rabo de cavalo, fiquei me olhando no espelho o meu terno assentava na perfeição porque eu era magra, sim, eu comia de tudo, mas o meu corpo não deixava engordar, eu tinha sorte.

Depois de vestida fui para a cozinha abri a geladeira e tirei de lá um iogurte magro. Tirei a sua tampa e o bebi, depois disso abri o armário e retirei duas barras de cereais que me dariam energia para o resto do dia.

Ah ia me esquecendo, eu levava uns sapatos de salto para a minha profissão ficava bem me dava um ar mais profissional, mas eu sempre levava um par de sapatos confortáveis dentro da mala junto com as barras de cereais.

— Filha, você tá tão magrinha leva mais alguma coisa para comer — disse a minha mãe se despedindo de mim. Ela era assim como todas as mães sempre preocupadas.

— Não se preocupe, mãe ,eu compro, alguma coisa no bar — disse para ela lhe dando um beijo e saindo de seguida.

Abri a porta e sai vendo o meu carro no lado de fora, fui até ele e entrei no mesmo e dirigi até ao escritório. Eu trabalhava como contabilista, números eram uma grande paixão, sempre existia algum engraçadinho que dizia ou fazia alguma piada dizendo que não era um trabalho para mulheres.

Cheguei no escritório, passei pela administração onde Madalena uma amiga minha que eu tinha feito mal tinha chegado naquele escritório, trabalhava. A cumprimentei com um " Bom dia " e ela correspondeu. Nós duas éramos as únicas mulheres lá, mas nem por isso éramos negligenciadas, nos tratavam como outro qualquer trabalhador.

Depois fui até á minha secretária minúscula com um computador, sim, era pequena eu não tinha um cargo grande ou superior e comecei a trabalhar no meu relatório, não sei se o posso chamar de relatório, eu estava verificando se as contas de um restaurante batiam certo, mas a realidade é que não estavam batendo, alguém estava desviando dinheiro, algo que não cabia a mim, resolver, eu apenas iria entregar o relatório.

Imprimi o relatório pronto para entregar no restaurante e fiquei fazendo horas porque naquele dia não tinha mais nada para fazer. Fiquei pensativa, tinha um lápis na boca e comecei a mordiscá-lo, pensando se eu voltaria a ver aquele Jasper, se poderia ter a oportunidade de tocar os seus abdominais.

Mas naquele momento me veio á mente que isso podia não acontecer e em vez disso eu podia encontrar o Edward e isso me deu medo. Quando deu horas de almoço, fui ao bar e comprei uma sandes de atum com ovo e um sumo de laranja. Comi, depois disso decidi como já tinha acabado o meu trabalho, não tinha mais nada para fazer ali eu iria até ao restaurante e entregaria pessoalmente aquele relatório.

Depois De Um Encontro Com Jasper Hale Onde histórias criam vida. Descubra agora