Depois De Um Encontro Com Jasper Hale

capitulo 6

* Capítulo com referências a tentativa de suicídio.

— Por favor, não — eu gritei, naquele momento após eu ter gritado me apercebi que ele já não estava em cima de mim, mas sim do outro lado do quarto e o Jasper o agarrava pelo pescoço.

— Que pensas que estás fazendo com ela? — ouvi o Jasper gritar. Logo vi entrar tão rápido que mal tinha notado, a Alice e ela se aproximou do rosto do Edward o acarinhando.

— Amor que estava acontecendo? Jasper larga já o meu marido — disse ela.

Eu teria ouvido bem? Ela teria chamado ele de marido pensava ou me perguntava eu naquele instante.

Estava imóvel, em choque com tudo o que estava acontecendo, as minhas mãos buscavam o lençol como se ele me fosse proteger.

— Calma não é nada, nós só estávamos conversando — disse o Edward ajeitando a sua roupa.

Então do nada ele e Alice saíram ficando só eu e o Jasper naquele instante. O meu corpo ainda não tinha se recuperado completamente do que tinha estado prestes a acontecer e eu tinha visto Alice se preocupar com ele, com o Edward? Estava tudo tão estranho.

— Calma, você está em segurança, não queria que o meu irmão tivesse chegado a este ponto ele é um monstro você tem de sair daqui o mais depressa possível eu não quero perder você — disse ele perto de mim e a sua voz demonstrava uma certa preocupação.

— Me perder? — eu perguntei olhando o seu rosto e não entendendo.

— Não se preocupa agora, me pede qualquer coisa por favor preciso recompensar você e depois me deixa te levar embora sim, — disse ele e sempre a sua voz demonstrava uma extrema preocupação.

— Não precisa me recompensar — eu disse baixinho não o conseguindo encarar, tinha medo do que ele acharia de mim, quase que o irmão dele me tinha forçado.

— Não precisa ter receio por favor não me entenda mal só quero proteger você só isso, me pede alguma coisa por favor — disse ele.

— Não vá embora, não me abandone de novo, por favor — eu disse olhando Jasper e começando a chorar ele ia dizer que não e eu não ia aguentar.

— Me pede outra coisa, por favor — disse ele e a voz dele demonstrava daquela vez insegurança.

— Não quero mais nada — eu disse pronta para ir embora.

Naquele instante apareceu Esme, ela tinha um ar de preocupação estampado no rosto.

— Por favor me desculpa pelo comportamento do meu filho, o mínimo que posso fazer é lhe oferecer um jantar, por favor não diga que não — disse ela meiga, me fazia lembrar a minha mãe.

— Eu não sei...- eu disse.

— Não precisa aceitar — disse o Jasper.

— Eu aceito — disse sem pensar, podia ser mais um pouquinho de tempo que eu passaria com o jasper, já que depois não o veria mais.

Sai do quarto e desci as escadas a passos humanos. Quando cheguei em baixo tinha Jasper me esperando e ele me levou até à grande mesa de jantar na sala. Lá estavam já na mesa toda a sua família incluindo o Edward e a Alice. Lembrar o nome deles, quase me fazia fugir.

— Não faz isso — disse o Edward todo engraçadinho, engraçado não era a palavra certa talvez psicopata fosse.

Sentei-me na mesa á cabeceira e logo me serviram um prato com massa com queijo, não toquei na comida, não me sentia bem ali, com todos os olhares em mim, vi o olhar furioso de Alice para mim como se eu tivesse culpa, mas eu não tinha culpa de nada.

— Vamos fazer de contas que não vemos o " elefante " no meio da sala é mesmo isso? Fazer de contas que ela não tentou roubar o Edward de mim, ela não passa de uma humana com a mania da realeza, não aguento. — disse Alice com raiva batendo na mesa. Não aguentei e sai da mesa, subi as escadas apressada e entrei no primeiro quarto, não era o quarto que antes tinha entrado, aquele era em tons de azul com decoração masculina.

Vi uma enorme janela, que dela se via a enorme piscina e por um momento tive uma ideia, Jasper ia me abandonar, sumir de novo, dizia que era para me proteger, mas a única coisa que ele estava fazendo era eu lembrar a maldita vez que o Edward abandonou a Bella na floresta e eu não queria lembrar do Edward, lembrar que ele quase me tinha estuprado naquela casa.

Um enorme calafrio percorreu o meu corpo, mas, ao mesmo tempo eu sentia confiança, eu podia abrir aquela janela e saltar, claro que eu seria impedida ou talvez Alice os impedisse e me deixasse morrer.

Abri aquela janela com a ideia que ninguém estava me ouvindo a abrir e coloquei um pé do lado de fora, eu via o azul daquela piscina, mas se eu saltasse e ninguém me impedisse a piscina ficava ainda longe eu atingiria o chão o cimento e como aquela casa tinha uns 3 andares com sorte eu morreria.

Quando ia colocar o outro pé para fora e lançar o meu corpo, fui impedida, alguém agarrava a minha cintura, daquela vez o cheiro me fez o reconhecer era Jasper e isso fez eu começar soluçando, ele tinha me tocado e só aquele pequeno gesto tinha feito tudo sumir. Tudo de ruim que tinha acontecido.

— Que a menina pensa que está fazendo? Vem cá para dentro — perguntou ele me puxando para si e para dentro fechando a janela.

— Me deixa fazê-lo por favor — eu disse chorando e começando a soluçar mais forte.

Sentei-me na cama e ele se sentou também, ficámos nos olhando, nos encarando sem dizer nada.

— Porquê, me diz só porquê? Porquê acabar com a sua vida? — disse, em tom de pergunta, ele me olhando com preocupação.

Então eu comecei dizendo:

— Eu não sou nada, eu sou uma humana fraca, vulnerável, nunca nada deu certo na minha vida, pronto talvez o meu trabalho e a minha família incrível, mas eu não tenho um amor eu não tenho alguém que se preocupe, sem ser um amor familiar, a última pessoa que eu amei se cansou de mim, no meu trabalho eu não impedi alguém de ser morto e quando eu encontro alguém que eu sempre quis conhecer, o irmão dele, ele... Tenta, você sabe... , Mas, além disso eu percebi que eu não quero que essa pessoa vá embora eu preciso dela, não entendo, mal conheço essa pessoa e quando eu o vi tão íntimo com alguém quis ser eu no lugar dessa pessoa, mas eu nem o conheço me diz que eu não estou louca por favor.

— Oh meu anjo por favor, você não está louca, eu não queria, todo mundo diz que para os humanos é mais fraco eu pensava que você não sentiria nada. Em relação ao meu irmão me perdoa por não ter chegado mais cedo e não ter impedido ele de tocar você — disse ele, se ele pudesse chorar imagino que isso teria acontecido devido ao som que saia abafado da sua garganta.

— Como assim me explica? — eu pedi, mas no meu íntimo eu sentia que sabia o que ele ia dizer ele estava falando em eu ser a cantante dele.

— Você é a minha cantante a minha alma gêmea e por isso eu fui ter com você, meu irmão sempre quis tudo o que era meu e por isso ele tentou fazer mal a você. Só ainda não entendi porque eu não consegui sentir o cheiro do seu sangue quanto você entrou em casa — disse ele enquanto pegava as minhas mãos.

— Não vai embora eu te peço não vai por favor — eu lhe pedia como se fosse a coisa mais preciosa para mim naquele momento.

— É mesmo isso que você quer?- ele me perguntou.

— Sim, — eu disse acenando com a cabeça confirmando ainda mais.

— Então que você quer fazer neste momento me diz?— perguntou ele para mim.

— Me abraça por favor, só me abraça, me faz esquecer tudo — eu disse jogando os braços por cima do seu pescoço.

Ele correspondeu ao meu abraço, me abraçando forte, o cheiro dele era inebriante, não era algo sexual era apenas um conforto, um abrigo que eu nunca tinha sabido o que aquilo era até aquele momento.