capítulo 7

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Ficamos abraçados durante algum tempo, o frio do seu corpo não me fazia deslaçar, não me fazia querer largar ele, eu sentia-me protegida nos seus braços como se aquele fosse o meu lugar

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Ficamos abraçados durante algum tempo, o frio do seu corpo não me fazia deslaçar, não me fazia querer largar ele, eu sentia-me protegida nos seus braços como se aquele fosse o meu lugar.

Depois de um tempo ele cortou o abraço, pegando no meu rosto, naquele caso o meu queixo, ele ficou me olhando e de repente perguntou:

— Que faremos agora?

— Me leva embora para qualquer lugar, onde seremos só nós — eu disse, era isso que eu mais queria, sair dali e esquecer tudo.

Ele não disse nada e se começou movendo rápido de um lado para o outro jogando roupa dentro do que parecia ser uma mala. Em poucos segundos ele já tinha fechado a mala e me levou pela mão até ao andar de baixo.

— Filho, onde vocês vão? — perguntou Esme com um semblante preocupado.

— Não vou deixar que mais ninguém a machuque nem a humilhe, há muito tempo que esta já não é a minha família, desculpe mãe e pai isto não é dirigido a vocês, mas eu tenho de ir — disse ele se virando para eles.

Mal saímos tinha um carro parado em frente à casa, ele era completamente preto e um pouco comprido, mas não tanto como uma limusine.

Entramos no carro dentro dele tinha um motorista e ele foi dirigindo, por incrível, numa velocidade normal. Tempo depois chegamos ao aeroporto. Eu me perguntava onde arranjaria roupa já que eu só tinha a que tinha trazido no corpo que neste caso era uma camisola e apenas calcinha.

Antes de sair do carro ele me passou uma camisa formal dele e umas calças que eu logo vesti.

— Não se preocupe com roupa, eu tenho tudo planeado, podemos comprar mesmo algumas, no aeroporto - disse ele me olhando.

Senti o meu rosto esquentar não só pelo olhar dele, mas também por me lembrar que durante aquele tempo todo eu tinha estado de calcinha.

Sai do carro e entramos no aeroporto, pensando aonde iríamos, ele puxou pelo braço e fomos começando a entrar em algumas lojas daquele aeroporto comprando toda e qualquer roupa.

— Você está bem, meu anjo, precisa de algo? — Perguntou ele preocupado.

— Estou bem — eu disse para ele, de certa forma eu estava com ele, mas não estava completamente bem tinha acontecido muita coisa naquele dia.

— Eu sei que é muito para assimilar, se quiser voltar atrás na sua decisão eu entendo — disse ele colocando a mão no meu rosto, quando ele fazia isso não me causava medo apenas fazia eu ficar feliz por ele o fazer.

Comecei a deixar algumas lágrimas rolar do meu rosto e disse: — Não, eu quero isto, é o que eu mais quero na vida.

Ele abriu um sorriso ouvindo aquilo e disse:
— Para onde? — me perguntou ele me entregando um panfleto com vários locais onde poderíamos ir.

— Pode ser qualquer lado? — eu o interroguei, ele era um vampiro, não seria perigoso?

— Sim, pode ser qualquer lugar, nós teremos cuidado meu amor — disse ele, a forma carinhosa como ele me tratava fazia eu me questionar se eu merecia tudo aquilo.

— Não fica insegura meu anjo, não sei o que você está pensando, mas eu amo você de verdade confia em mim.- disse ele.

— Eu confio — eu lhe assegurei e a realidade é que eu confiava de verdade.

Vi o destino que eu sempre quis conhecer, Maldivas, era o destino que eu amava, areia branca, sol e praia, mas ele era um vampiro fiquei com receio de algo dar errado e logo abanei a cabeça tirando aquele pensamento.

— Hey me diz que se passa? — perguntou ele.

— Nada — eu disse calmamente.

— Pode escolher qualquer lugar, está tudo bem — disse ele olhando o panfleto na minha mão.

— Maldivas — eu lhe disse apontando com o dedo uma imagem naquele panfleto.

Após escolher o local, compramos a passagem, de ele despachar a mala na entrada, nos dirigimos ao portão de embarque, era de noite pelo menos ninguém veria ele brilhar eu pensei para mim e ri por dentro pensando naquilo.

Momentos depois estávamos no avião, vendo pela janela as luzinhas da cidade. Vimos o avião partir e fiquei observando as luzinhas cada vez ficarem mais pequenas. Acabei dormindo e acordei já com Jasper me chamando para acordar. A janela do meu lado estava tapada, mas eu ainda conseguia notar alguns raios de sol demonstrando que já era dia.

Não entendia como iríamos conseguir sair. Nos levantamos e começamos a encaminhar para a saída do avião mesmo antes de sairmos uma hospedeira daquele avião, envolveu o corpo dele com algo que parecia ser uma manta e cobria toda a extensão do seu corpo.

Após isso percorremos a extensão até chegar à entrada daquele aeroporto e lá dentro ele retirou aquela manta, me apresentando um olhar de um certo deboche logo dizendo:
— Por isso é que eu acho tão legal, os protocolos, para passageiros com porfiria.

Olhei-o me lembrando disso, de pessoas que têm porfiria e não podiam apanhar sol, isso era a solução e nunca ninguém desconfiaria.

Depois do aeroporto entramos num carro de novo e de novo não era ele a conduzir o carro, mas sim, alguém. O carro era escuro e com proteções, nos vidros, não deixando o sol entrar, nem as pessoas o verem.

Não ficamos numa casa como eu esperaria daquelas que vemos na TV, o local onde ela se encontrava era mais isolado, mas ainda assim perto do mar.

Saímos do carro deixando as nossas malas perto da entrada daquela casa e logo ele pegou a minha mão e me levou até à beira daquela água azul e limpa. Comecei a ver o quão lindo o mar era, mas logo virei a minha atenção para ele olhando aquele louro, cada fio de cabelo louro dele brilhando com a luz do sol e não só, da sua cara reluzia, pareciam pequenos cristais que o faziam ser ainda mais bonito.

Depois De Um Encontro Com Jasper Hale Onde histórias criam vida. Descubra agora