_______________________________
Uma história de superação, força e garra.
________________________________
Quando se perde tudo a única coisa que te sobra e um buraco vazio, uma buraco escuro e sombrio.
A esperança já não se habita mais
A fé era s...
" Eu podia ser o que quisesse nesta vida Mas eu queria ser dele "
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Saio da escola e vou caminhando até a entrada do morro, como estudo perto não tenho necessidade de pegar condução, chego na entrada do morro e de cara já vejo alguns meninos com seus fuzis atravessado em suas costas. Passo por eles de cabeça baixa sem olhar para nenhum deles.
Colo minhas mãos uma de cada lado na mochila e vou caminhando, ouço alguns falando algumas coisas mais não entendo muito bem.
Eles me dão muito medo, e toda vez que eu os vejo com essas armas me tremo toda, vou subindo a ladeira o mais rápido que consigo, apesar de morar aqui desde que nasci tenho muito medo de ficar na rua, penso que a qualquer momento terá invasão, tiroteiro, mortes, sei lá, sei que talvez eu estava um pouco paranóica, mais eu sou assim mesmo, medrosa.
Chego em casa quase morrendo, vejo minha mãe na cozinha fazendo o almoço e me jogo no sofá tirando o meu tênis para que meus pés possam respirar um pouco.
- Aí eu estou tão cansada, graças a Deus hoje é quinta-feira. _ Falo logo depois de colocar minha mochila no chão e me esticar no sofá.
- Larga de preguiça menina, vai guardar a mochila e lavar as mãos e vem almoçar. _ Ela diz enxugando as suas mãos no pano de prato pendurado em seu ombro.
- Mãe as vezes a senhora me trata que nem uma criança, eu já tenho dezesseis anos. _ Falo pegando minha mochila e meu tênis do chão indo pro quarto guarda-los.
- Ê você se acha muito adulta né menina? Não tem muito tempo que eu limpava seus cueros. _ Ela ela grita da cozinha para que eu escute.
Rio do que ela diz, porque minha mãe as vezes vive no tempo dela, e diz umas coisas que eu sou incapaz de entender.
- Sou quase uma adulta já, próximo mês faço aniversário e a senhora não poderá mais me tratar como criança. _ Falo sentando na mesinha de quatro lugares que tem ali na divisão entre a sala e a cozinha.
- Quando você tiver seus cabelos brancos com seus netos você mandará em você. _ Ela contra-ataca colocando comida e me servindo um prato.
A comida da minha mãe é a melhor, e com ela eu aprendi tudo o que ela sabe fazer, ela fez questão de me ensinar tudo o que sabia, como duas vezes e quando vejo que estou satisfeita levanto e vou lavar a louça que sujamos.
Minha mãe se levanta também e vai pro banheiro tomar banho, eu termino de lavar a louça e volto para o sofá ligando a televisão. Como minha mãe é muito religiosa ela nunca me deu permissão para ter um celular e nem ficar muito em frente à televisão.
Mais de vez em quando eu assistia algumas novelas sem ser as bíblicas que ela sempre assistia e dizia que era aquele estilo de vida que ela queria que eu seguisse, mesmo eu dizendo a ela que os tempos são outros e que as coisas iam mudando de acordo com o passar do séculos. Ela me falava que não tinha criado filha pra ser uma qualquer.
