— E ele simplesmente sentou no chão e disse: "mamãe, eu fiz cocô nas calças que o tio Harry me deu" e começou a chorar.
— Coitadinho — Louis se segura para não rir porque é cômica e triste ao mesmo tempo a história de seu sobrinho no parquinho, se importando mais com as roupas combinando entre ele e seu tio do que com as outras crianças.
— Ele me considera um pai, porque ninguém ficou do lado da minha irmã quando ela engravidou, era tão nova, mas, eu tento o meu melhor.
— Fico feliz que ela teve você — Louis diz, mexendo no fio caído sobre a testa de Harry — Eu quero ver as matching clothes agora, me mostra.
Eles ficam cinco minutos olhando para as fotos mais fofinhas que Louis já viu na vida, Harry e seu sobrinho — que herdou seus olhos verdes e seus cabelos onduladinhos — posando para a irmã de Harry, mãe do garotinho, em poses parecidas, usando roupas iguais que Harry confessou que ama comprar para menino. Gemma, sua irmã mais nova, teve seu pequeno Henry aos dezessete anos, três anos atrás, quando Harry tinha acabado de receber sua carta da faculdade, mas, para dar suporte à sua irmã, que precisava de ajuda com o recém-nascido, seu resguardo e tudo, no geral, ele decidiu adiar sua entrada.
O pai do bebê de Gemma foi uma coisa de uma noite em uma festa e ela não sabe nada sobre ele, para que seja possível contatá-lo, mas, ela quis ter seu filho e encarar as complicações que vinham com isso. Harry arrumou um emprego para ajudar enquanto ela não podia, depois eles ficaram revezando entre cuidar do bebê em casa e trabalhar. Gemma conseguiu um trabalho em uma loja especializada em fotografia e criou um amor pela área, Harry contou, está estudando em casa para se especializar, fazendo uns ensaios sempre que pode, enquanto o seu lindo Henry passa o dia encantando seus coleguinhas na creche.
— Tenho muito orgulho dela, sabe? — Harry conta — Todo mundo na nossa família se comportou como se a vida dela tivesse acabado por causa do Henry, mas, ela está bem, está trabalhando, estudando, é uma mãe incrível, Lou, você tem que ver.
— Lou? — Ele dá um sorrisinho, como o bom esperto que é.
Harry fica envergonhado.
— Enfim, você tem irmãos?
— Eu tenho cinco irmãs e um irmão — Louis revela e Harry abre a boca chocado — Minha irmã mais velha acabou de ter um bebê também, mas, ainda não o conheci, ela mora nos Estados Unidos. Mas, ele é lindo, tem as bochechas mais gordinhas do mundo.
Louis pega seu celular e mostra no chat do Instagram um boomerang e sua irmã fazendo carinho na bochecha de Loras — sim, por causa de Game Of Thrones — enquanto ele toma uma mamadeirinha de fórmula.
— Sua irmã também está na missão de superlotar a Terra como seus pais?
— Você é um idiota — Louis ri, batendo no peito de Harry que sorri de um jeito adorável — Eu não sei sobre ela, mas...
— Você quer filhos — Harry constata e Louis assente — Quantos?
— Que tal 8?
— Acho que é melhor 10 logo — Harry rebate, bem humorado.
— Você quer filhos?
— Sim, quero uma grande família — Harry pisca para Louis e ele cora, sentindo seu interior se agitar —Imagina só uns mini Louis com esses olhos e esse nariz perfeito.
Ele diz, tocando o rosto de Louis, deslizando a pontinha do indicador no nariz por ele elogiado, fazendo-o quase ronronar.
— Eu acho seus lábios perfeitos, essa cor, esse formato — Louis também toca Harry, o polegar sobre a carne macia de sua boca e no arco do cupido, aproximando-se mais — Nunca tinha reparado tanto numa mandíbula, mas, uau, você é bem bonito, senhor Styles.
— "Bem bonito" — Harry dá uma risadinha boba
— Aceite o elogio.
— Lindo — Harry beija a bochecha de Louis, subindo os lábios até alcançar a orelha do rapaz para enlouquece-lo com sua voz rouca baixinha — É assim que se elogia, você chama o garoto que está a fim de lindo. Lindo, senhor Tomlinson.
— Lindo, senhor Styles — Louis sussurra, olhando para Harry e sentindo em toda parte o olhar do mesmo. Ele sente que seus olhos estão brilhando, o mesmo brilho que ele vê direcionado à si. É muito claro que ele jamais sentiu isso antes, essa sensação de que ele está no lugar certo, na hora certa, com a pessoa certa. Há algo sobre Harry deixa Louis absolutamente encantado, rendido, destemido, pronto. Essa maturidade, esse senso de humor, essa doçura, esse altruísmo, Louis adora tudo isso e ele quer mais, conhecer mais, saber tudo, um dia não é o suficiente, talvez todos os dias ainda não sejam.
Harry segura a cintura de Louis em uma pegada firme, mas delicada, enquanto Louis tem seu rosto entre suas mãos macias e pequenas, os polegares acariciando a pele. As pontas dos narizes se encostam e eles sorriem, os olhos se fechando, os cílios massageando as maçãs de suas bochechas, as respirações se misturando, o coração entrando em um tipo louco de sincronia. As mãos de Harry apertam mais o corpo de Louis contra o dele e as bocas se abrem. E é isso, acabou para todos os outros homens, Louis está tomado. Os lábios se tocam abertos e as línguas em harmonia se tocam antes do movimento propriamente dito do beijo. E ninguém, nunca, tinha sido um beijo tão bem encaixado para Louis daquele jeito, ele derrete nas mãos de Harry, fascinado em beijá-lo, todo o seu corpo estremece, tão malditamente gostoso e excitante. Um beijo, um beijo está fazendo isso com ele.
Em um movimento ousado, seus dedos agarram os cabelos sedosos na base do pescoço, dando um puxãozinho que faz Harry suspirar em sua boca, descendo as mãos para seu quadril e trazendo Louis ainda mais perto, quase como se pudessem se fundir. Felizmente, eles estão em um lugar isolado do parque municipal, escondidos entre árvores, sentados sobre um grande xale estampado aberto na grama rente que desponta algumas florzinhas, então, eles não estão incomodando ou sendo incomodados por ninguém. Louis solta um pequeno gemido quando sente a mordida em seu lábio inferior — o que é seu ponto fraco, honestamente —e, pouco se importando se alguém ira flagrá-los, ele se senta de lado em cima do colo de Harry, arrepiando-se ao que as mãos enormes apertam suas coxas em uma mistura de carinho e paixão. Ele leva seus beijos, agora, para o pescoço de Harry, que levanta um pouco sua blusa para pegar na sua pele quente.
Ao pararem para respirar um pouco, Harry rouba um de seus docinhos da cesta, um donut cheio de chocolate derretido e açúcar polvilhado e dá uma mordida. Louis pede um pedaço e Harry o faz, mas, não sem antes soltar um beijo melado na boca do rapaz. Louis lambe os lábios, surpreendido com o sabor maravilhoso do doce, ele cobre Harry de elogios e beijos por todo o rosto. Louis tem certeza que nunca sorriu tanto em um encontro, que nunca sentiu essa vontade e essa ligação com alguém, esse encaixe perfeito, essa excitação louca e todas essas borboletas em seu estômago. Sua vontade é perguntar se Harry também está sentindo isso, mas, pela forma que ele é olhado —admirado —, ele já sabe a resposta.
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First | Larry Stylinson
Fanfiction"Eu quero alguém para quem eu possa voltar para casa. Qual é o problema nisso?"