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Virginia:
24/09/2018
06:05 a.m

Matheus Aword

Acordo com o son estrondoso do meu despertador, que no caso é o meu celular .

- Droga - Xingo a mim mesmo por ter posto ele tão perto do meu ouvido.

Levanto com a maior preguiça do mundo e vou até a porta do banheiro que fica no meu quarto, entro e começo a despir-me, logo depois entro na box e tomo um banho gelado, e conforme a água caía ela levava meu sono junto.

Saio do banheiro com uma toalha em volta do meu quadril, depois de ter feito todas as minhas higienes em dez minutos, preciso me apressar pra não perder o meu vôo vou até a porta abro a mesma e vou em direção a cadeira da minha escrivinha pois lá se encontrava as roupas que eu usaria hoje, todas as outras já estavão dentro da mala.

Visto-me o mais rápido possível, teria que chegar ao aeroporto as 07:00, peguei meu celular e me dirigi até a porta do meu quarto, nesse ato acabo verificando as horas já eram 06:20, abro a porta e desço rapidamente os de graus da escada enorme que dava pra minha sala de estar, passo por ela sem dar muita atenção aos móveis ou a qualquer outra coisa e vou diretamente pra cozinha.

E encontrando Marta no fogão, cozinha pelo que pude ver ovos e beicom que ainda estavam no fogo e no balcão tinha panquecas, frutas, bolo, suco de uva - que no caso é o meu favorito- e waffles. Ela cantava baixinho uma musica desconhecida por mim.

- Bom dia Marta - falo ao me sentar em um dos bancos em frente ao balcão. Ela toma um susto mas logo depois abre um sorriso pra mim.

- Bom dia querido, como está? - pergunta depois de desligar o fogo e começar a me servir.

- Ansioso - falo dando um sorriso de lado .

- Não se preocupe vai ser bom pra você reencontrar sua família-diz ela me servindo suco de uva.

- Não é como se estivéssemos perdidos ums dos outros - falo tomando meu café da manhã.

- Você precisa relaxar um pouco querido, eles são sua família vai ser bom passar um tempo com eles, vai ser divertido -  sorri tentando me convencer e me animar.

- Assim espero - Falo levantando do banco depois de ter bebido uma última vez meu suco.

- Já vai? - fala olhando pro meu prato que esta quase intacto, eu só tinha comido uma fatia de bolo e bebido suco, reviro os olhos já sabendo que ela vai fazer um comentário sobre isso. - Você nem se quer comeu - ela me lança um olhar preocupado .

- Tô sem fome - falo por fim saindo daquela cozinha indo em direção ao meu quarto.

Não queria ser grosso com ela mas eu estava estressdo de mais com essa viagem pra pensar nisso.

Entro no lugar que foi meu refúgio ao longo desses quatro anos longe daquela confusão que era minha família, e a cima de tudo longe dela.

Balanço a cabeça afastando esses pensamentos pra longe e pego minha única mala, prefiri não levar muita coisa não ficaria lá por muito tempo. Desço as escadas com pressa, já eram 06:40 encontro Marta de pé em frente da porta, provavelmente me esperando.

- Querido - ela me abraça quando chego na frente dela. - Vou sentir tanto sua falta - fala depois de nos separarmos do abraço, encaro seu rosto e seus olhos castanhos marejados.

- A gente já falou sobre isso Marta - a repreendo sobre o fato dela estar chorando.

- Eu sei, eu sei mas não posso controlar meus sentimentos, vai ser tão estranho não ter mais você aqui. - fala limpando as poucas lágrimas que conseguiram escapar dos seus olhos. Sorrio.

-  Não ficarei ali por muito tempo, e eu já disse que você pode voltar pra sua casa enquanto eu não estiver - dou um beijo em sua testa - Prometo ligar quando puder - falo a abraçado mais uma vez como um acto de despidida mesmo eu sabendo que irei voltar em menos de quatro meses .

-  Você sabe que eu não vou fazer isso, se eu ir quem vai tomar conta da casa? - eu iria dizer que pagaria algumas criadas pra vir aqui duas vezes por mês mas ela me interrompeu antes mesmo que eu começasse a falar - Não vou deixar estranhas cuidando da casa ouviu - falou encerrando esse assunto eu balanço a cabeça em confirmação, ela abre um sorriso lindo - Tome cuidado querido, e não esqueça que eles são sua família e não seus inimigos - diz com um sorriso tranqüilo nos lábios .

- Vou pensar nisso - falo fazendo graça e ela da um sorriso animado.

- Divirta-se e tome cuidado quando estiver conduzindo. - Sorrio e vou andando até o meu carro, não perco tempo e adentro o mesmo dando partida.
Penso em como ao longo dos anos Marta tornou-se alguém muito importante pra mim mesmo eu nem sempre mostrando isso, ela cuidou de mim quando eu me envolvia em brigas ou quando ficava doente, ela sempre esteve la como uma mãe e eu sou extremamente grato por ela não ter feito o mesmo que muitas pessoas quando descobriram quem realmente sou...ela não se afastou, não me abandonou, ficou comigo, algo que não é frequente na minha vida. Chego no aeroporto em volta das 07:09 depois de ter deixado meu carro logo em frente, Filipe meu criado virá busca-la mais tarde.
 
Digamos que não sou muito bom pra cumprir horarios, fasso tudo que precisava fazer e fico sentado em um dos bancos esperando o meu vôo ser anunciado, e quando isso finalmente aconteceu fui direto ao meu lugar depois de ter entrado no avião, suspiro e penso:

É agora que tudo começa...

××××××××××

TO BE CONTINUED...

Oi gente espero que estejam gostando do livro.

Bjs e até a próxima
          
PS: Não esqueção de clicar na estrelinha §μ§
                            
                         Liza.

-Reflexos- (Livro 1 da triologia Miroar)Onde histórias criam vida. Descubra agora