𝗳𝗿𝗶𝗲𝗻𝗱𝘀 𝗳𝗼𝗿 𝗹𝗼𝘃𝗲𝗿𝘀

um

primeiro sábado aonde eu acompanho minha melhor amiga no seu "trabalho". Mesmo sendo a primeira vez, já está sendo chato. Tá, beleza, eu posso estar sendo meio pessimista, mas cara, eu provavelmente ficarei umas quatro horas sentada olhando ela e outras pessoas jogarem dadinhos.

Me arrumei com  a roupa mais confortável que eu tenho — calça moletom preta, camiseta branca larga, com um moletom preto por cima e um all star vermelho cano longo. — Acho que vocês já acharam minhas duas cores favoritas. Cabelo o de sempre, solto. E nenhuma maquiagem, para que eu iria me maquiar?

— Bora Maitê! — Gabi grita para o segundo andar da própria casa.

— Espera cara, eu tenho que pelo menos estar apresentável. — Desço borrifando o perfume que é da garota loira.

— Matt, vamo. — Gabi puxa o namorado para fora do apartamento e faz o mesmo comigo, fechando a porta e a trancando.

— Mattzera, como é ser gado da Gabi? — Perguntei rindo e ele me olha com um cara de tédio.

— Sua amiga tá de tiração comigo amor. — Ele olha para a garota de ri balançando a cabeça em negação.

Matt é extremamente legal, só que eu acho que ele não está mais suportando minha presença na vida deles. Sai da casas dos meus pais por pura birra e brigas, só que agora não tem nem como cogitar a ideia de voltar para lá. Obviamente vão jogar na minha cara que eu voltei e que dependo deles, mas não mais, nunca mais. Comecei a trabalhar e só precisava de um lugar pra ficar, Gabi me deu teto e eu recusei por muito tempo ficando em uns hotéis, mas acabei cedendo depois de um pedido de ambos. Não queria entrar na casa e Matt falar alguma coisa, mesmo eu e ele sendo praticamente irmãos.

Mas, já estou aqui a duas semanas e tenho que sair logo. É claro que já dei entrada em um apartamento em um prédio residencial a duas quadras daqui. Mas a documentação é demorada e nada está facilitando, ainda mais que o salário de um brasileiro hoje em dia é igual a nada.

Matt e Gabi riem de alguma coisa no celular do garoto, e me desperto vendo que já estamos dentro do Uber e parando em frente ao local.

Ajudei a pagar, e descemos do carro, apenas segui eles e entramos num local muito parecido com barkers, havia outras quatro pessoas que eu já havia visto, e diversas outras que chutei ser a produção de Cellbit.

Lá estavam o próprio Cellbit, Rakin, Bea e Goularte.

Cellbit veio me abraçando por que temos muito histórias juntos e também uma grande intimidade, baguncou meu cabelo me fazendo reclamar e tirar alguns risos dos outros ali presentes.

Fiz um toque de mão com o Rakin que também me puxou para um abraço quase me levantando, que cara forte.

Bea me deu dois beijos na bochechas e falou que queria na boca, só que não somos TÃO conhecidas assim.

Com goularte também fizemos um toque de mão, e nos "embananamos" na hora do abraço por não saber oque fazer, oque também causou risadas.

— Maitê, pode sentar ali se quiser — Cellbur apontou para um sofá de dois lugares marrom no canto aonde não pegava a câmera da live. — Ou lá com a produção, oque achar melhor.

— Pode ser aqui, vai que eu atrapalho a produção. — Já me sento no sofá vendo eles se posicionarem nas suas respectivas cadeiras.

Menos Rakin, que senta ao meu lado e eu o olho confusa.

— Porque não está lá? — Aponto para a mesa.

— Men, eu ainda não tô na esquema. — Comentou. — Só no meio do episódio.

Balancei a cabeça concordando, o loiro cabeludo fez um sinal de silêncio e disse sua frase icônica.

— Muito boa noite, senhoras e senhores! Sejam muito bem-vindos ao mais um episódio de O Segredo na Ilha. — Sorriu para a câmera e dali comecei a prestar menos atenção.

votem e comentem, cambada.