Cap.10 - Paipai e Mamãe.

1.4K 174 99
                                    

Quando começou a aula, Vance estáva preocurando um lugar para sentar, e o único lugar que tinha, era do meu lado. Ele sentou, e ficou quieto por um tempo.
- Me desculpe. - Ele susurrou, sem olhar para o meu rosto.
- O que? pode repetir? Eu não escutei. - Na verdade eu tinha escutado, só queria que ele repetisse, já que é raro Vance pedir desculpas.
- Eu sei que você escutou muito bem o que eu disse. - Ele disse bravo, mas ainda sem olhar para mim.
- Ok, mas te desculpar pelo quê?
- Por tudo, por ter brigado com você, por ter batido no Bruce, e por querer fazer ciúmes em você. - Ele respondeu envergonhado.
- Fazer ciúmes em mim? Vance, você queria fazer ciúmes em mim? - Eu perguntei rindo.
Vance não respondeu, e ficou constrangido. Ele ficou quieto a aula toda, que milagre.

Após a aula, eu e Bruce combinamos de fazer compras.
Enquanto eu e Bruce caminhava nos corredores do supermercado, ele e eu ficávamos contentes a cada doce que víamos, e pegávamos a maioria dos doces que víssemos pela frente. Até que enquanto eu estáva escolhendo os doces, Bruce me olhou e disse:
- Eu sou muito sortudo por ter você. - Quando ele disse isso, o silêncio tomou conta de mim. Sortudo? Por me ter? Uau, eu realmente nunca imaginei que ele diria isso para mim. E então ele segurou meu queixo, e me beijou. Eu nunca pensei que ele teria tanta intimidade comigo que me beijaria, em público. Isso realmente me surpreendeu.
- Seus olhos são muito bonitos, sábia? - Eu disse, depois de ele me beijar.
- E sua boca é muito bonita, sábia?- Ele comentou.

Após isso, voltamos a preocurar mais doces, mas quando me virei para o lado, vi Vance, um pouco longe de nós, ele estáva nos observando. Quando olhei para ele, ele disfarçou, e fingiu estar olhando para outra coisa, rapidamente.
-Espere ai! - Disse para Bruce, enqunto corria. Fui correndo atrás do Vance.
- O que você está fazendo aqui?
- Compras. - Ele respondeu com arrogância.
- Por que estáva nos observando?
- Eu não estáva observando ninguém! Nem tinha visto você - Não acreditei no que ele disse, até porque, eu vi ele nos olhando. -Tenho que ir, a gente se vê. - Disse Vance, indo embora.

Eu e Bruce pagamos, e fomos para uma praça, que ficava ao lado de minha casa. Comemos, conversamos, rimos e brincamos de pega-pega, como se fossemos crianças novamente. Após isso, nós deitamos na grama, e ficamos observando o céu. E ficamos em silêncio por um tempo.

- Você vai no jogo de amanhã? - Disse Bruce, quebrando o silêncio.
- Vai ter jogo? De novo?
- Você vai torcer por mim, né? - Ele perguntou, nessa hora eu tive um deja vu, lembrei da primeira vez que ele me chamou para o jogo dele. Foi um dia depois de ele dormir na minha casa.
- Claro Bruce, eu sempre torço por você. - Eu disse rindo.

Passou um tempo, e fomos embora.
Quando cheguei em casa, me deparei com o meu pai, largado no sofá, com uma lata de cerveja na mão. Subi para o meu quarto rápido, antes que ele acordasse. Ele com certeza não iria me querer lá, e eu com certeza, não queria ele lá. Subi as escadas, e encontrei minha mãe dormindo no quarto dela, parei um pouco para imaginar todos os momentos bons que tive com ela, ela é a unica da família que se importava comigo, e me protegia. Fiquei com medo do meu pai aparecer então fui logo para o meu quarto. Como eu gosto de desenhar, e desenhar me trás calma, desenhei a primeira coisa que veio em minha mente: Bruce.
Desenhei ele, os olhos, o nariz, a boca e os cabelos, eu lembrava exatamente da cor, do sorriso, e do rosto dele. Isso não é uma grande surpresa, até porque, eu olho para ele ou penso nele, literalmente 24horas por dia. Enquanto eu estava desenhando, meu pai abriu a porta, eu me assustei, e então ele pegou o meu caderno, e viu o meu desenho.
- Quem é ele? - Ele gritou, ele parecia bravo.
- Ninguém! - Eu gritei. Meu pai rasgou o meu desenho, enquanto olhava para mim.
- Se eu souber que você está namorando esse garoto, a próxima a morrer vai ser você! - Próxima? o que ele quis dizer com próxima? Após ele sair do meu quarto, fui desabafar com a minha mãe, ela sempre resolve meus problemas.
- Mãe... - Eu susurrei, enquanto abria a porta do quarto dela. Até que eu me assustei, e comecei a gritar, pois descobri que a minha mãe não estáva dormindo, ela estáva morta! A cama estáva com sangue, e com certeza, foi o meu pai. Eu desci as escadas, pqra ver se havia alguma faca perto dele, para já comprovar que foi ele que matou ela.
- O que você quer aqui? Some da minha frente sua merdinha! - Ele gritou comigo.
- O que caralhos você fez com a minha mãe? Seu merda! - Eu berrei de raiva enquanto ia na direção dele. Ele me deu um soco, e eu cai no chão, ele puxou meu cabelo, e levantou a minha cabeça.
- Se você gritar mais uma vez... -
Eu levantei rapidamente do chão, e corri para a cozinha pegar alguma faca grande.
Quando ele se aproximou, eu senti que ele ia me dar mais um soco
- Não toque em mim! - Eu disse apontando a faca para ele.
- Você não vai me matar Jade. Você é fraca. - Ele disse em um tom calmo. E eu comecei a chorar, chorar de raiva. Aquele homem, que eu nem sei se ainda posso chamar de pai, foi embora, e levou uma garrafa de pinga com ele. Eu subi as escadas, e fui para o quarto da minha mãe. Eu apoiei a cabeça na barriga dela, e me desabei a chorar. Ela não merecia aquilo.
Eu dormi, em cima do corpo dela, que estava cheio de mosquitos. Eu acordei com batidas na porta. Fui atender, e era Bruce.
- Você se esqueceu do jogo? - Ele perguntou chateado.
- Bruce, eu não estou muito bem, não vai dar para ir ao seu jogo, me desculpa. - Eu disse chorando, pois lembrei a razão de eu não estar bem. Bruce não perguntou o que era, ele só me abraçou, eu o abracei de volta, e ficamos lá por um tempo.

- Eu não vou. - Bruce disse.
- O que? - Eu perguntei secando as minhas lágrimas.
- Eu não vou no jogo. Vou ficar aqui, cuidando de você. - Ele respondeu, segurando as minhas mãos.
- Não precisa, o jogo é importante para você.
- Mas você é mais. - Ele disse, entrando em casa, e me levando para o sofá.
- Bruce, é sério, você não precisa fazer isso, pode ir lá, está tudo bem. - Eu falei com uma expressão séria, pois não queria que ele faltasse no jogo dele, só por minha causa.
- O que você quer fazer agora? - Ele disse, mudando de assunto.
- Quero assistir um filme. - Eu o respondi, já que ele não iria para o jogo de qualquer jeito.
-Terror?
- Comédia. - Eu precisava me destrair um pouco. Mas eu estáva muito triste, que toda vez que eu falava, eu soluçava, a cada sílaba. Eu nunca iria superar a morte da minha mãe. Durante o filme, comecei a chorar, de novo, Bruce me abraçou, e eu fingi que aquela abraço era da minha mãe. A única coisa que eu queria nesse exato momento, era ir junto com ela. Por que meu pai matou ela, e não me matou? Eu odeio tanto ele, e me odeio tanto, por não ter passado o último momento da minha mãe junto com ela.

My lover ♡|| Bruce Yamada- the black phone.

‼️⚠️POR FAVOR, NÃO SE ESQUEÇA DE VOTAR APÓS A LEITURA!! ISSO É MUITO IMPORTANTE PRA A HISTORIA CRESCER E EU MELHORAR MAIS E MAIS O CONTEÚDO!!⚠️‼️

1300 palavras.

My lover ♡ || Bruce Yamada - The black phoneOnde histórias criam vida. Descubra agora