📚 prova 📚

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Dia trinta de outro, o famoso dia das bruxas para os mortais, mas no submundo se tornou um de fato uma noite de terror.

Para os veteranos que estavam prestes a se formar, era nesse dia que uma prova final era aplicada, só os que sobreviverem se classificavam para exercer de fato seus dons.

Demônios loucos para subir ao mundo exterior e espalhar o caos.

Fadas e ninfas que sonhavam com belas paisagens e humanos de sobra para brincar.

Bruxas com sede de sangue, loucas para infringir aos cristão a dor que eles causaram.

Todas as espécies tinham um motivo, algo que as motivava a continuar, seja por desejo ou vingança.

No entanto, do que adiantaria ir lá sem saber se pode retornar ou até comprir seus desejos, por isso a sociedade em conjunto declarou que apenas alguns, os que puderem de fato sobreviver a crueldade humana poderia sair do submundo.

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Yoongi roía as unhas em frente aos grandes portões, havia passado meses enganado sua família, fingindo estar estudando, naquele momento parecia boa ideia, agora temia pelo que podia acontecer.

E se ele esbarrar com outra criatura? E se for outro Incubus? Como fugir?

A prova consiste em sobreviver por uma noite numa cidade artificial feita no submundo para se comparar as grandes cidades humanas.

Apesar da falta de humanos para uma bela encenação, as almas trazidas pelos ceifadores eram o suficiente, humanos cruéis que nunca encontraram paz eram o suficientemente assustadores.

Tudo que desejava era encontrar Taehyung o mais rápido possível, afinal a única espécie que os Incubus podia roubar energia eram os bruxos, já que eram os mais parecidos com os humanos.

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Os portões finalmente foram abertos ao bater da meia noite, a floresta densa e escura era por onde devia trilhar seu caminho.

Yoongi caminhava devagar entre as raízes grandes e saltadas das grandes copas de árvores, se sentia uma formiga mediante a elas, cada barulho que seus pés faziam ao pisar sobre as folhas e final gravetos seu corpo tremia.

Então um arrepio subiu por sua espinha e aquela sensação tão familiar o atingiu, era ele, tinha de ser ele.

— Taehyung? — chamou olhando ao redor, mas a escuridão não deixava ver quase nada.

— Por favor para de brincar — os olhão gateados se abriam mais na tentativa de vê-lo.

'Tem certeza que sou aquele que você procura', Yoongi sentiu como se alguém estivesse sussurrando em seu ouvido, era como se uma brisa passa-se do seu lado.

— Q-quem, v-você, c-como — mesmo que sua mente fazia perguntas constantes sua boca mal conseguia reproduzir elas.

Então Yoongi sentiu um formigar em seus braços, junto a um arrepio aterrorizante, seu coração batia tão rápido que poderia saltar do peito, os olhão já marejados, se sentia pequeno, uma criança indefesa.

Toda aquela sensação ruim espreitava atrás de si, então finalmente começou a série ela consumi-lo, como uma cobra se enrolando ao seu corpo, foi impossível de segurar as lágrimas tão pouco só soluço que escapou de seus lábios.

— Não precisa chorar, seu bruxinho bobo — ao ouvir aquela voz grave com uma pitada de divertimento, Yoongi não conseguiu segurar o choro tão pouco sua expressão de alívio ao saber que era ele.

— Seu babaca, idiota, demônio estupido — berrou se virando para o mior o empurrando para longe de si — Eu te odeio.

— Não sabia que se assustava assim amor — a risada do Incubus preenchia todo o silêncio da floresta.

— Não me chama de amor, seu cuzão

— Aí não precisa magoar , que bruxinho mal — fez drama colocando a mão sobre o peito.

— Vai embora — mandou emburrado

— Por que devia? Você quem me chamou

— Você que apareceu primeiro

— Como sabia que era eu, e não qualquer outra coisa — Taehyung perguntou erguendo uma das sobrancelhas, água l apesar de não ser um dos melhores estudantes sempre se saiu muito bem com suas habilidades, ninguém nunca conseguiu acha-lo.

— Não sei, eu só sabia — Yoongi olhava para qualquer canto menos para o Incubus ele sabia por que sentia Taehyung de alguma forma, não ia dizer nem jurado de morte.

— Yoongi, Yoongi, por acaso você sente um arrepio quando eu estou por perto? — Taehyung perguntou curioso caminhando ao redor do bruxo.

— Não, um arrepio como assim

Então assim como aparecerá, Taehyung sumiu novamente na escuridão.

Yoongi olhava ao redor tentando acha-lo, mesmo que tenha pedido para ele ir, não queria de fato que fosse, foi só por pura birra, mais então novamente aquela sensação estranha o atingiu e se virou para Taehyung andando lentamente para escuridão.

— Tae eu sei que está aqui, por favor aparece vai — pediu

— Não acredito — as mãos dele o puxou contra seu corpo, o demônio estava em euforia pura — Você está apaixonado por mim

— Não, não estou, me solta — empurrava levemente o amigo enquanto seu rosto queimava de vergonha.

— Está mesmo tentando mentir quanto está assim todo coitadinho por mim —ditou aproximando seu rosto do do menor — Eu sou fodidamente louco por você Yoongi

— Taehyung

Aquele nome foi tudo que Yoongi conseguiu dizer antes de seus lábios serem tomados por Taehyung, e naquele segundo aquele simples nome se tornou um mantra, sua mente e seu corpo clamavam por ele.

Era como se fossem feitos um para o outro, sentia que já tinha feito aquilo inúmeras vezes com ele, talvez fosse a sua mente o enganado com seus sonhos românticos com o demônio, ou talvez fosse uma sensação que perdurou de outras vidas.

Mas já não importava, já tinha se entregado a ele muito antes daquele beijo, e sabia que ele entendia o quanto eles já se pertenciam.

Então durante aquela madrugada passaram juntos, Yoongi não recuou nem por um instante, nem quando os beijos de Taehyung fizeram seu corpo se cansar, nem quando ele sussurrou em seu ouvido um lindo sonho, nem quando o fez dormir, e não iria recuar ao acordar sozinho encostado naquela árvore.

Ele havia sobrevivido a noite, e Taehyung tinha cumprido seu propósito, agora ele eram livre para ir ao mundo humano e mesmo que em segredo se encontrarem sem medo daquele amor tão estranho.

Paixão ProfanaOnde histórias criam vida. Descubra agora