supermarket ; [ byler ]

desculpa esfarrapada

Oi amores! Essa ideia de fic me veio enquanto eu tomava banho, espero que renda algo razoável:P

tenham uma boa experiência!

- F.
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Um Michael Wheeler trajado de uma bermuda cargo bege, uma camiseta duas vezes o seu tamanho de cor azulada meio desbotada por ser muito bem usada, um all star surrado que ja fora preto mas agora era cinza escuro com uma meia escura de fora andava sem nenhuma pressa neste verão de 2022, em Hawkins.

Ele tinha acabado de sair de uma franquia dos Supermercados Fuinha™ que ficava próximo de sua casa. Nas ultimas duas semanas, desde que descobriu a existência de um funcionário baixinho, sardento e de sorriso encantador, este era seu destino preferido. Gostava de o observar sorrateiramente.

Tinha algo naquele tal garoto meio carrancudo que o chamava atenção. Não que fosse gay, mas sua beleza dava uma fisgadinha em baixo ventre alheio, e bom, agradava Mike até demais. Enfim, é normal achar alguém muito bonito, né?

"Puuuxa viiida, esqueci de comprar o azeite que dona Karen pediu" bate a mão na testa, rolando os olhos de forma teatral e caricata, falando sozinho. "Parece que vou ter que voltar láa." Ergue os braços em sinal de rendimento, dando meia volta e voltando para o mercado.

Chegando lá, avistou seu alvo e sorrateiramente (se lê: do jeito mais desengonçado e espalhafatoso possível) andou em direção do pobrezinho, criando coragem para puxar algum assunto sobre o tempo ou falar mal do governo.

Will já tinha percebido a movimentação estranha de um certo narigudo que -Tentava- se esconder atrás de alguns biscoitos numa prateleira, mas ignorou por pura preguiça.

Mike teve a ideia miserável de pegar seu celular e trocar de música para entrar mais no clima, o que fez grande maioria de seus dedos esbarrar acidentalmente em algumas embalagens, que caíram no chão, fazendo um som estrondoso que fez o narigudo perceber que seu "disfarce" fracassou.

Seu único impulso foi correr. Correr como se não houvesse amanhã.

Assim como o único impulso de Will foi correr atrás do mais alto por achar que ele estava tentando roubar algo pela sua reação exagerada. Por estar de patins, teve mais impulso e velocidade, o que fez os dois chocarem feito dois panacas, atraindo um certo público ali. O Wheeler bateu a cabeça no chão, o que fez um som parecido com "tuc", parecendo que sua cabeça era oca.

"Devolva o que roubou." esbravejou o garoto dos cabelos tijelinha numa feição séria, subindo no colo de Mike, para o segurar caso tentasse fugir.

"Como é?" Wheeler balançou a cabeça confuso, levando seus dígitos à testa, sentindo um galo dolorido ali, provocando uma careta realmente engraçada, que faria o menor rir se não fosse numa situação dessas

"Você ouviu."

"Não roubei nada."

"Não roubou?"

"Negativo."

"Você é maluco."  Franziu o cenho "Deixe-me ver seus bolsos."

"Tá...?" Mike claramente ofendido esvaziou os bolsos, que continham moedas de valores baixos, um iPhone que tinha um fone plugado e sua identidade.

"Oh... Eu realmente sinto muito pelo mal entendido. Posso te pagar um sorvete depois do meu turno para compensar?" Ouve um "Claro!" como resposta e sorrindo apoia os joelhos no chão e com ajuda das mãos se levanta. Sente uma dor absurda em seu pulso, mas sequer tinha percebido que a queda o machucou. Agora que a adrenalina passou, estava realmente doendo. Doendo tanto que não conseguia nem o mexer de maneira descente. Seu membro estava roxo-esverdeado e inchado. "Maravilha" Murmurou impaciente

Já levantado, agarrou o braço do garoto com certo cuidado, observando o ferimento aparente. Suas bochechas coraram, Mike não sabia onde enfiar a cara: Só queria observar o garoto bonitinho e acabou o machucando e cultivando um "chifre" na própria testa. Ele era uma tempestade ambulante. "Céus, dói se eu aperto?" Cutuca fraco o machucado e tem um gemido de dor como resposta "Perdão, não quis provocar essa confusão. Vamos ao hospital, eu faço questão de pagar."

"Tudo bem, amanhã já vai estar melhor. Não precisa disso tudo" uniu os lábios

"Desculpe..." bateu na própria testa com a mão "William... Byers" forçou a vista para ler o crachá do menor

"Pare de pedir desculpas... E pode me chamar de Will." Sorriu amarelo "Qual seu nome?"

"Desculpa" abriu um pequeno sorriso "Michael. Mike. Wheeler." se xingou mentalmente por não conseguir formular uma frase sequer sem gaguejar. Parecia um DJ remixando uma música perto de Will, o garoto meio que o intimidava.

Após passar entediantes 10 minutos levando esporro do seu superior engravatado de nome Hector, o garoto foi levado ao pronto socorro na companhia de Wheeler para ver a situação de seu pulso machucado. Não era ruim, mas também não era tão bom. Tinha trincado um osso de nome esquisito -que nem fez questão de decorar- então Will ficaria com o braço inteiro engessado por 4 ou 5 semanas.