A vida adulta

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Acho que eu nunca aproveitei minha vida adulta como eu realmente queria aproveitar quando era adolescente, parece que o trabalho me sobrecarregou e não faço nada além de trabalhar todos os dias, aos finais de semana fico em casa e assisto à um filme com Jully, mas acho que a vida não é um conto de fadas e eu não estou na Disney para viver uma vida de princesa.

De repente o alarme toca, são 4 horas da manhã e já tenho que levantar para mais um dia comum trabalhando feito uma louca, essa noite eu não dormi nada, fiquei a noite toda pensando na minha vida e o quão exaustiva ela é.

Eu sei que já fazem 3 anos seguindo essa rotina, mas durante esses 3 anos eu ainda não havia percebido que não era aquilo que eu queria, essa vida não pertence à mim.

Chega de enrolar ainda mais na cama Emma Agostini, você precisa trabalhar.

Primeiro fui cuidar de mim mesma, porque sendo bem sincera, minhas olheiras aumentam a cada dia que passa.

Agora que escovei meus lindos e belos dentes super brancos e sem lentes (eu amo me gabar por ter dentes perfeitos) preciso tomar um banho e lavar o rosto para tirar essa cara de morta que não dormiu a noite inteira pensando na morte da bezerra.

Meu café da manhã sempre é bem reforçado, até porque eu trabalho na recepção do hotel mais famoso de Nova York e eu passo muito tempo sem comer absolutamente nada.

Agora que ja comi minhas panquecas com calda de cereja preciso correr para não chegar atrasada no hotel.

Eu reclamo muito do hotel onde eu trabalho mas por um lado eu agradeço por estar lá, até porque foi lá que eu conheci minha melhor amiga Jully Roberts. Sobrenome chique o dela não é? Queria ter um nesse nivel mas não tive sorte igual ela. Mas sendo bem sincera eu não acho meu sobrenome feio, só não acho ele chique o suficiente para deixar todos impressionados. Queria chegar nos lugares e poder gritar que me chamo Emma "Rosler" para todos, e ver o queixo de cada um cair. Mas preciso me contentar com o "Emma Agostini"

- Oi gatinha, como você está? Diz Jully super alegre para mim.

- Eai linda, to bem na medida do possível. Solto uma leve risada para não soar meio dramática.

- Mas porque está tão feliz? Não te vejo assim à um bom tempo. Digo rindo

- Tenho algo muito incrível para te contar! Mas isso tem que esperar até a hora do almoço porque é uma história bem longa.

- Não estando grávida ja esta bom! Digo rindo de desespero, porque confesso que só tenho esses pensamentos quando ela diz que precisa me contar algo incrível.

- Para de ser besta Emma!

Depois disso paramos de conversar pois os clientes super chatos e autoritários chegaram. Esses clientes se hospedam aqui todo mês, e todo mês sou eu quem os atendo. Pois é, tenho azar em tudo.

- Olá bom dia! Sejam bem vindos ao Hotel Rooftop!

- Não sabe quem somos nós querida? Disse a senhorinha chata rindo da minha cara com sua família também chata.

- Claro que sei, só estou sendo gentil! Digo com um grande ódio dentro de mim.

- Então já deve saber em qual quarto estamos hospedados.

- Desculpe senhora mas eu não sei.

Não tenho bola de cristal para saber disso né, acha que só porque vem aqui todo mês o hotel ja anotou seu nome na lista vip?

Após a senhora me dizer o quarto em que ela estava hospedada eu peço para acompanharem ela até lá, porque se eu fosse acho que já teria jogado ela da varanda.

Um babaca de terno Onde histórias criam vida. Descubra agora