Narradora Pov .Alóis desceu as escadas para a sala de jantar principal e encontrou-se com seu irmão.
-Quanto tempo maninha.
-Igualmente, por onde você anda?
-Com o pai, de terra em terra.
A omega riu.
-Tá agora sério.
-Biblioteca.
-Hm? A biblioteca abandonada?
-Sim
-Nem as criadas têm autorização para entrar para limpar. Como você conseguiu?
-Eu dei um jeito.
Nicolas tira o seu fio de ouro do pescoço e mostra na ponta uma chave pequena.
-Onde você arranjou isso ?
-Isso agora não interessa, agora você só tem de manter a calma e conhecer seu pretendente.
-Quê?!
Nicolas assusta-se com o tom de voz da irmã.
-O que foi? Você não sabia..?
Foi ai que a ficha caiu para os dois.
A família era muito restrita e opressora.
Tomavam uma decisão pelos filhos e assim seria.Alóis respirou fundo e começou-se a preparar mentalmente para o que aí vinha.
-Desculpa não ter falado antes...eu pensei que sabia.
-Ah esquece isso. Agora é só ver o que vem aí.
Os dois entraram na sala e foram cumprimentados pelos vários convidados.
Alóis Pov .
Minutos de conversa depois, um dos mordomos da casa anunciou a entrada de meus pais.
Ver eles juntos como se fossem um casal perfeito me dava ânsia.
A única coisa que os fazia continuarem juntos era os olhares do clero sobre o divórcio.
O que não mudava nada, pois ambos tinham amantes.Sentando-se à mesa, todos os convidados esperavam pelo banquete.
As criadas começaram a chegar com as entradas e assim sucessivamente.Mais tarde percebi a existência do meu tal pretendente.
Ele falava com os meus pais e tentava algumas vezes falar comigo.
Era chato, um lambe-botas.
Não queria nada com aquele homem."O que faz nos tempos livres?"
"Já andou de cavalo?"
"Gostaria de conhecer o jardim de sua casa"
"Esse vestido a deixa uma completa donzela"
"Sabia que eu fui a quase todas as conquistas do seu pai e o seu batalhão?"
"Quando era mais novo queria casar com uma mulher doce e delicada. Que soubesse cuidar de mim e me desse filhos"
"Você come pouco né?"
Estava ficando enjoada com suas falas.
Nem o nome dele eu sei, só sei que quero ir embora.Narradora Pov .
Ajudando as criadas trazendo e levando pratos, Ayura não deixava de pousar o olho em Alóis.
Ela era idiota mas não tanto para não perceber o desconforto da menor.
Queria fazer alguma coisa por ela.
Mas apanhou-se pensando no porquê de estar se importando por ela e continuou seu trabalho.Num dos carrinhos, vinha uma criada o empurrando. O carrinho trazia uns jarros de vinho, já que era a única coisa servida para beber.
Ao passar à volta da mesa servindo o vinho, a criada derruba um pouco sobre a vestido de Alóis.
Alóis ficou imóvel enquanto todos a olhavam e a criada pedia desculpa constantemente.
Nisso tudo Ayura não teve controlo nenhum do seu corpo e foi ao encontro de Alóis.
-Pedimos imensas desculpas. Peço à senhorita Alóis que me acompanhe para que possa trocar de roupa. Mais uma vez, perdão pela nossa inconveniência.
Alóis olhou surpresa e receosa para a beta mas a mesma sorriu e sussurrou.
-Não pense, só venha...
A maior sorriu e estendeu a mão à omega.
Pegando a mão de Ayura , ambas saem da sala deixando os convidados, seus pais e a criada sem saber o que fazer. Mas não se importaram e continuaram sua refeição e seus diálogos.
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𝐌𝐚𝐢𝐝𝐞𝐧
RomanceAyura é uma plebeia e Alóis uma nobre. Após se encontrarem algumas vezes ao acaso, acabam por criar um afeto diferente de qualquer outro que ambas alguma vez sentiram.