O N Z E

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HOSPITAL
Parte dois

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Terminamos de comer e olho para o Mikey que dorme no banco da frente.
Nunca tinha parado para pensar, mas ele fica fofo a dormir.

— Ele sempre adormece depois de comer. — Ken reclama — Caralho, o que eu faço contigo Mikey.

— Bora, carrega-o aí grandão. — dou uma palmadinha nas suas costas — Eu vou pagar e encontramos-nos lá fora.

— Que raiva. — reclama agarrando o Mikey

— Até parece que não estás habituado, Ken-chin. — dou ênfase no seu apelido

— Vai ah merda Hyuna.

— Que amor maninho, que amor.

Aproximo-me do caixa e pago a conta, desculpo-me pelo comportamento do Mikey e aproximo-me da mesa do Takemitchi.

— O meu irmão e o Mikey podem ser meios burros para não te ver, mas eu não, Takemicchy.

Meio burros é dizer pouco.

— O-Oi H-Hyuna-chan. — fala abaixando o cardápio

— Porque caralhos estás a seguir-nos desde casa? — pergunto séria, estou com pouca paciência

— E-Eu não vos estou a seguir. Foi coincidência encontrarmos-nos aqui.

— Claro e eu tenho pau. — digo sarcástica — Coincidência ou não, eu sei que nos estás a seguir. Por isso, ou dizes da maneira fácil ou eu faço-te falar. — digo colocando as mãos nos bolsos — É meio estranho olhar para trás e ver um rapaz escondido atrás de um poste.

— Ok ok, calma. — suspira — Eu não posso dizer realmente o motivo por vos estar a seguir, mas eu estou a tentar proteger o Draken.

— O meu irmão? Precisar de proteção? — inclino a cabeça levemente para o lado confusa — 'Take eu não vou questionar o porquê disso, mas eu tenho a certeza que o meu irmão está seguro.

— Mas...

— Eu vou ter de ir, até breve 'Take. — digo saindo do café

Aproximo-me deles e caminhamos na direção do hospital onde a amiga do Pah está internada.
Paramos perto da entrada e Ken começa a chamar Mikey para o acordar.

— Mikey chegamos. — Ken diz

— Hmm?! — sai das suas costas — Hospital?

— Sim. — digo começando a andar

— Porque é que estamos aqui? — coça os olhos seguindo-me

— Para uma visita. — Ken fala

Subimos alguns andares e logo paramos num, ficamos de frente a um vidro que nos dá a visão para uma sala onde uma rapariga está internada com vários tubos e ligaduras.

— Quem é? — Mikey pergunta

— Esta é a namorada do amigo do Pah-chin. — Ken fala sério

— Sete pontos na cabeça, dentes partidos, a retina do olho esquerdo deslocada, golpes que deixaram o seu corpo marcado e costelas partidas. — engulo seco antes de continuar — Ela está inconsciente desde que chegou à cinco dias atrás.

— É assim que a Moebios trabalha. Um civil a encontrou desmaiada na rua e relatou o caso. — Ken fala

— MAS QUE MERDA VOCÊS ESTÃO A FAZER AQUI!! — grita um senhor — COMO SE ATREVEM A VIR AQUI DEPOIS DE DEIXAREM A MINHA FILHA NA UTI?! — grita mais — SAIAM DAQUI!!

— Querido, calma. — a mulher fala

O meu irmão curva-se, mas eu nem o Mikey o imitamos. O Mikey está sério e eu estou a pensar numa maneira de acalmar a situação.

— TU ACHAS QUE TE CURVARES VAI RESOLVER ALGUMA COISA. — grita — A MINHA FILHA QUASE MORREU... POR CAUSA DE VOCÊS SEUS CRETINOS.

— Não te curves perante ele Ken-chin. — diz Mikey — Não fizemos nada de errado para este velho estar a descarregar em nós.

— SAIAM DAQUI SEUS VERMES NOJENTOS.

— A quem pensa que está a chamar de verme?! — diz Mikey começando-se a irritar

— Nós sentimos muito. — Ken agarra na cabeça dele e a abaixa — Nós assumimos toda a responsabilidade.

— Senhor. — chamo-o e fico na frente do meu irmão — Eu não sei o que está a sentir, muito menos o que a sua filha está a sentir. Mas posso dizer que passei por isso e que é realmente muito mau e doloroso para ambas as partes. — suspiro — Eu também fui vítima de assédio e violação, e posso afirmar com todas as palavras o quanto dói. Por isso a única maneira de não reprimir esses sentimentos é deitar tudo cá para fora. — digo abrindo os braços e os abraçando deixando que chorem neles até se acalmarem

— Desculpem a forma como vos tratei. — diz o senhor saindo do abraço mais calmo

— Obrigada pelas palavras, nós vamos apoiar a nossa filha em tudo. — a senhora diz com um sorriso triste no rosto

— Não precisam de agradecer. — digo e os vejo ir embora

— Nós logo lutaremos contra a Moebius e cuidaremos dos nossos problemas no nosso próprio mundo. — Ken fala

— Todos os nossos membros têm família, pessoas com as quais se preocupam. Nós não podemos deixar que ninguém de fora se magoe. — completo — Não podemos fazer os seus amigos e familiares chorarem.

— Tu não precisas curvar-te, apenas preocupa-te com os outros. Tem coração. — Ken diz

— Vocês são tão gentis, 'Hyu-chin, Ken-chin. — Mikey diz ainda curvado — Desculpem. Eu estou contente por estarem aqui convosco.

— Que tal irmos comer? — pergunto mudando a atmosfera pesada

— Leste a minha mente 'Hyu-chin, estou esfomeado. — sorri começando a andar para a saída

— Mas tu acabaste de comer. — Ken reclama

— Dormir deixa-me com fome.

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𝐅𝐋𝐎𝐑 𝐃𝐄 𝐋Ó𝐓𝐔𝐒Onde histórias criam vida. Descubra agora