Κεφάλαιο 4

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Apolo encontrava-se apaixonado como nunca esteve antes, ele estava mais próximo de Jacinto, assim como queria.

Onde o jovem ia, Apolo estava em seu encalço. Se estava Jacinto pescando, banhando-se no rio ou até dormindo, lá estava Apolo.

Já havia se passado meses desde a morte de Tâmiris e Jacinto já nem lembrava do músico. Para Apolo, Tâmiris só pensava em si mesmo. Ele era tão desinteressante, egocêntrico e sem talento que esquecê-lo era o mais digno a ser feito. Não entendia como um dia Jacinto estivera apaixonado pelo falecido humano.

Mas não iria pensar no que já havia acontecido, pois era só lembrar do maldito, a raiva o consumia.

A paixão consumia Apolo e ele sabia que o sentimento era mútuo. Ele via no olhar do garoto, nos sorrisos, nas trocas de olhares, no modo como o humano entregava seu corpo, sua alma.

Não era tão difícil se apaixonar pelo deus. Afinal, era Apolo ali. Assim como Jacinto, Apolo tinha uma beleza tão encantadora e era tão amoroso que o humano estava totalmente caído por ele. O deus lhe ensinou o verdadeiro significado de amar e ser amado.

Os dois passavam horas juntos. Apolo costumava tocar lira como ninguém, então todos os dias tocava canções para ele ao pôr do sol. Também ensinou arco e flecha, assim, todos os dias eles praticavam, mas o que eles mais gostavam de fazer era lançar discos.

Faziam amor nas cachoeiras, nas florestas enquanto banhados pelo sol. Jacinto nunca conheceu tanto amor e prazer antes, mas Apolo o ensinou.

Eles eram felizes juntos, não se desgrudavam em nenhum momento, Apolo estava tão cego de amor que não conseguia nem prever seu destino.

Sequer soube que o amor dos dois atiçava a ira de um deus que sempre os observava.

O deus do vento do Oeste, Zéfiro.

Este não aguentava mais ver Apolo tomando Jacinto como seu. Era ele quem devia estar no seu lugar, ele quem deveria beijar Jacinto, mostrar-lhe o amor verdadeiro.

E, assim como Apolo, Zéfiro não iria deixar quem deveria ser seu com outrem. Ele iria fazer o que fosse preciso para vingar-se.

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