Minha Queda Por Lilith

Décimo Segundo Ato: Junte seu corpo ao Dela e os torne um.

Atenção: o capítulo de hoje é somente o hot das protagonistas, aviso aqui para caso não sintam confortáveis lendo... porém peço que não pulem o último diálogo do cap, ele é importante. E, por favor, leiam as notas finais.

"Assim, eles já não são dois, mas sim uma só carne. Portanto, o que Deus uniu, ninguém separe!" (Mateus 19:6)

E de repente, assim como às vezes um sonho nos ajuda a acordar, a morte também nos ajuda a renascer. É tudo muito real, até acordarmos. É quando percebemos que estávamos sonhando.

Da mesma forma que entendemos, quando acordamos, que estamos sonhando, entendemos que estamos mortos quando renascemos.

É isso que o amor faz, o verdadeiro amor, eu digo. Ele nos sacode da morte para a vida. O problema da morte é um problema dos vivos, porque com essa morte, algo deles também tem que morrer. Renascer é como uma verdade. Renascer nada mais é do que uma nova chance, a possibilidade de uma nova vida na vida.

Renascer é um despertar dos sentidos para outra dimensão. Nada de novo é percebido, mas o que sempre esteve lá e não é visto.

Há uma diferença muito grande entre reviver e renascer. Alguém que morreu pode reviver, alguém que sentiu vontade de morrer com aquele que morreu pode renascer.

Não é surpreendente que, em tais seres paradoxais, muitas vezes quando eles estão mais acordados, é quando eles sonham.

Não é necessário morrer para renascer, mas para perder o medo da morte. Você nasce chorando e renasce chorando. Acordar destrói o amor platônico, isso é outra forma de renascer.

Acordar não é confortável e nem agradável. É apenas real. Então, quando alguém acorda, não há mais morte, medo ou desespero. Não há mais dualidade, nem ilusões ou ilusões.

Só existe amor e vida. Ou seja, imortalidade.

Lilith esgueirava-se pelos corredores da grande casa com a jovem garota de fios azuis em seu encalço, pouco pareciam importar-se com a festança que ocorria ao andar de baixo. Em realidade, nada mais parecia existir que não fosse suas pulsações aceleradas, o desejo abrasivo que as apossa e o anseio inconsequente de seguirem de acordo com seus pensamentos pecaminosos.

Elas passam pelo aro da porta do quarto e é neste momento que Soojin consegue sentir uma estranha ansiedade lhe corroendo de canto a ponta em seu interior. A menina morde a boca carnuda com força quando escuta o barulho da tranca da porta, sendo seguida pela imagem majestosa de Shuhua caminhando para si com o semblante rogado de um desejo corrosivo enquanto remove a máscara de seu rosto jovial.

Soojin a encara com seu coração pulsando fortemente dentro do peito, a respiração espremida para fora com uma pitada perigosa do ofego delicioso por vê-la desfazer o laço da gravata tão lentamente daquela forma, como se estivesse em câmera lenta.

- Shuhua... - a jovem dançarina reprime o gemido quando assiste a parte de cima de seu terno feminino bater ao chão, junto de si havia uma vontade intensa de beijar cada canto da pele branquinha daquela mulher.

Ela mal consegue desviar os olhos dos seios redondos de Shuhua moldados ao sutiã de renda branco, mas é obrigada a encarar as orbes negras quando o indicador da mulher ergue o seu queixo de maneira que estivessem com os lumes entrelaçados.

- Você é tão... - a frase se perde ao ar, assim como o suspiro trêmulo que deixa a boca carnuda quando sente os lábios molhados de Lilith lhe queimando parte por parte, traçando beijos lânguidos por toda a extensão de seu maxilar bem definido.