capítulo 8

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Joyce abre os olhos e olha em seu redor, vendo ninguém na cama. Eram 9 da manhã naquele momento, então decidiu sair da cama e comer algo. Ao chegar na cozinha vê o delegado fumando enquanto olhava fixamente para a janela.

"Bom dia." - fala a mulher pondo suas mãos no seu pescoço o abraçando por trás.

Jim deu um pulo, nem tinha percebido a presença da mulher então se assustou.

"Bom dia. Dormiu bem?"

"Sim e você?"

"Também. "

"Teve um pesadelo não foi?" - fala Joyce indo fazer seu café.

"Como você sabe?"

"Me poupe Hop, eu te conheço, você só acorda às 11 da manhã e quando tem pesadelos não consegue dormir. Mas você está bem?"

"Sim, acho."

"Já comeu?"

"Já, não se preocupe."

"No que estava pensando?" - diz a mulher pondo o seu café em cima da mesa e se sentando do lado do delegado.

"Nada não."

"Então, com o que você estava sonhando?"

"Com nada."

"Para você ficar acordado tem de ser mais do que nada."

"Não foi nada." - responde Hopper se levantando da cadeira só que Joyce coloca a sua mão no seu braço, o impedindo de sair da mesa.

"Hop...Você sabe que pode falar comigo, certo?"

"Eu sei..."

"Você confia em mim?"

"Claro!! Que pergunta é essa?" - Fala Jim se sentando de volta na cadeira.

"Então, porque não fala comigo?"

"É que-é que eu não quero preocupar você."

"Mas você, ao não me falar, já está me preocupando. Vá, fale comigo." - fala a detetive apertando a mão do homem de olhos azuis com a sua mão ainda com o curativo do dia anterior.

"Sonhei que estava naquela prisão de novo. Eu não sei explicar, vi todas as torturas que passei, o frio, a escuridão, as agressões..."

O delegado acabou por deixar cair uma lágrima por lembrar daqueles meses. Aqueles meses foram horríveis para ele, além de ter sofrido muito com as torturas, sofreu por não puder comparecer ao encontro, por não puder estar junto da sua filha e da mulher que amava. Joyce ao ver a gotinha correndo no rosto do homem, o agarrou em seus braços enquanto sussurrava "Está tudo bem, eu estou aqui agora.". Ali estavam os dois, ela o abraçando com uma das suas mãos na sua nuca e a outra nas suas costas e ele apenas encostado no ombro dela com lágrimas nos olhos.

"Está tudo bem amor. A próxima vez que você tiver um pesadelo me prometa que vai me acordar, por favor."

"Ta bom."

"Eu te amo, ok? Eu não quero você desse jeito."

"Eu também te amo." - responde o homem.

Ele decidiu tirar a sua cabeça do ombro dela e finalmente encará - la, dando um leve sorriso. Ela retribui, pondo a sua mão no seu rosto enquanto se aproximava cada vez mais dos lábios dele. Ela amava tanto ele para o deixar triste ou assustado, ele já tinha passado o suficiente e ela fazeria de tudo para ele não passar por mais nada de ruim, apenas queria vê - lo feliz, fosse com ela ou não. Vê - lo com um sorriso no rosto, para ela era o suficiente.

Uma Nova Vida - JopperOnde histórias criam vida. Descubra agora