capítulo 9

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Jim não conseguia dormir. Virava se para um lado, virava se para o outro, e dormir nada. Ele apenas pensava na Joyce, se ela estaria bem. Ele apenas queria agarrar mão dela e dizer lhe que ela era a única mulher no mundo, a única mulher que ele iria amar. Queria sentir o seu perfume de novo, mas sentir principalmente os seus lábios avermelhados. No meio daquelas voltas todas, lá conseguiu dormir.

Quando amanheceu, acordou e vestiu a sua farda rapidamente, pois queria tentar conversar com Joyce sobre a tarde anterior. A frase que Jonathan lhe disse percorria a sua mente a cada segundo, ele sabia que ela não quereria saber, mas tinha de ir atrás do amor da vida dele.

Ao chegar ao trabalho, vê o carro da detetive no estacionamento, ele corre para dentro da delegacia, como se estivesse numa maratona.

"Vejo que alguém está com pressa." - diz Flo vendo o delegado entrando com a maior rapidez do mundo.

"Bom dia Flo, a Joyce?" - pergunta ele recuperando a sua respiração.

"Vejo que brigaram não foi? Ela entrou com um ar meio desanimado. "

"É meio complicado. Poderia apenas me dizer onde ela está?"

"Ela estava vendo uns documentos ali."

"Obrigado."

Hopper se dirige até ela. Ao ver a cara de Jim vindo em sua direção, Joyce se levanta, mas já era tarde.

"Joyce!! Podemos falar?"

"Sai da minha frente." - fala Joyce segurando a sua raiva.

"Joy, por favor. Não seja assim comigo, apenas, me deixe explicar."

"Eu já falei uma vez, não faça eu repetir. E não me chame de Joy. "

Jim olhou para ela e percebeu que deveria lhe dar espaço. Apesar de querer lhe explicar tudo para que tudo voltasse a ser como antes, teria de dar um tempo para que ela se acalmasse.

Joyce sai da delegacia e vai para o seu carro, ela apenas não o queria encarar naquele momento. Ao entrar no carro, começa a chorar e bate no volante com raiva que acaba por buzinar. Ela apenas queria um amor que durasse, um amor que fosse para a vida toda, que fosse um amor que a fizesse feliz.

No resto dos dias foi o mesmo. No dia seguinte, Jim tentou ir até à sua casa, mas Joyce não lhe abriu a porta, muito menos a janela. Mesmo que ele gritasse, batesse quantas vezes fossem precisas, ela não abriria.

Na outra manhã, Hopper deixou um papelinho na sua secretária explicando as coisas, ele até foi mais cedo para o trabalho para o deixar lá. Ele ficou sentado esperando por ela. Quando ela chegou, tentou ser discreto, olhando com cuidado para ela, mas ela apenas pegou no papel e o pôs no lixo, olhando para o delegado sentado no canto da sala. Ele estava ficando desesperado, não sabia mais o que fazer. Ele apenas queria concertar tudo, mas apenas via que as suas tentativas não davam em nada.

No outro dia, Jim tentou falar com ela de novo na delegacia, mas acabou numa discussão. Joyce acabou por lhe dar um tapa, o que fez Hopper parar de dizer uma palavra que fosse. Naquele dia, Joyce mal dormiu. Queria ele de volta, mas não tirava aquele maldito encontro da cabeça. Por vezes, a raiva a controlava mais que ela própria. Jim também não conseguiu dormir nada, ele apenas queria lhe dizer a verdade.

Até que no dia seguinte, resolveu apenas ir até ela e falar tudo, mas desta vez, ela teria de o ouvir e não poderia dizer que não. Apenas o ouvir.

Ao chegar, vê Joyce quase dormindo com a sua cabeça apoiada na sua mão num estado completamente horrível. Ela parecia estar com olheiras e a sua cara estava pálida. Ele respira fundo para ganhar coragem e vai até ela. Chama por ela, não muito alto. Ela ao acordar, olha em seu redor processando onde estava.

Uma Nova Vida - JopperOnde histórias criam vida. Descubra agora