Quando Jack acordou, Noah realmente não estava mais lá, como tinha dito. Apesar de tudo, por algum motivo, Jack não conseguia evitar sorrir, bastava só se lembrar de ontem que o sorriso surgia.

O Grazer estava começando a admitir que o Schnapp é um cara bacana, alguém realmente legal para se ter uma amizade, ele era esperto, sabia fazer coisas surpreendentes, era sarcástico e sempre tinha as respostas na ponta da língua. Jack tinha certeza de que se não fosse pela primeira impressão que ambos tiveram, eles hoje podiam ser grandes amigos.

Quer dizer, eles podiam ter uma bela amizade bem colorida, na percepção de Jack. Ele não sabia explicar o que era, talvez o fato de Noah beijar bem demais, ou talvez seja o conjunto de atributos que faz ele ser estupidamente atraente, Jack só sabia que queria mais dessa coisa, mais do conforto que sentia perto do Schnapp.

Ainda sorrindo, Jack se levanta e começa a se arrumar para o dia que teria, escovar os dentes, vestir o clássico uniforme e ver aquelas mesmas pessoas de caras feias filhinhas de papai.

Fazendo as coisas de todos os dias, no celular de Jack tinha uma mensagem de Katherine, sua madrasta, ela sempre mandava no mínimo três mensagens por dia, Jack raramente a respondia, mas a mulher não desistia de manter contato com o enteado.

Katherine: Bom dia, Jack! Espero que seu dia seja abençoado e que faça coisas incríveis!

Katherine: Nós estamos com saudades, talvez a Agatha, seu pai, e eu vans te fazer uma visita em breve, ainda estou conversando isso com ele.

Katherine: Me liga se estiver precisando de algo coisa, qualquer coisa.

Era sempre assim, agora ela mandaria mais mensagens no período da tarde e no horário de dormir, mesmo sem respostas ou retorno, ela não parava.

Jack é um garoto emancipado, mora sozinho com Finn por escolha, a mãe trabalha com os médicos sem fronteiras e fala com o filho uma vez por ano no aniversário dele, já o pai se casou novamente, se mudou para Califórnia e teve uma nova filha, que hoje tem seis anos, o pai nunca liga para o filho, a maior ligação deles eram os pix que eram feitos todo o mês, a única que demostrava sentir algum tipo de preocupação verdadeira com o Dylan Grazer era a sua madrasta.

O menino não achava tão ruim assim, não tinha nenhum pai para lhe perturbar, podendo fazer tudo que quisesse, junto do seu parceiro do crime e melhor amigo. E também, como esquecer dos senhores Wolfhard? Os pais de Finn são bem protetores, e a dona Mary Wolfhard se sentia meio mãe de Jack, ela sim pegava um pouco em seu pé e cuidava para que nada faltasse naquela casa.

- Bom dia, campeão! - Finn fala ao ver Jack - animado para convencer o Jaeden a pegar um dos aviões e nos levar para o Marrocos?

- Bom dia, Finn - diz abrindo a geladeira - devíamos o convencer a pagar a compra do mês, não tem nada nessa casa!

- Isso eu já vou providenciando com o Caleb.

Jack concorda com a cabeça, isso é algo bem comum, afinal, para que serve os amigos ricos se não para nos bancar?

O Grazer iria perguntar para o Wolfhard se ele chegou a ver Noah essa manhã, mas como Finn não comentou nada até agora, presumiu que o mais alto viu o tanto que falou, e já que não viu nada, abrir a boca lhe colocaria em maus lençóis.

Seria melhor manter isso em segredo, manter seja lá o que eles estavam construindo só entre eles.

Os dois logo saem a caminho do colégio, passando na casa dos McLaughlin para tomar café, o café da manhã na casa de Caleb era um dos melhores que tinha.

Forever - Joah ❤️Onde histórias criam vida. Descubra agora