Capítulo 2

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Diana

Depois de sair da nuvem de desejo que meu corpo formou ao ver as pernas grossas e grandes, do homem alto na minha frente, eu soltei o comentário mais idiota que podia dizer em toda minha vida para o dono do hotel onde eu trabalho.

— São lindas.

— O que são lindas?

— Nada senhor, eu lhe peço que não me demita - meu Pai amado que rosto é esse eu fiquei com vergonha de tanta beleza - Eu preciso do emprego.

— Não costumo dar segundas chances a funcionários.

— Eu peço que reconsidere.

— Vou lhe dar uns ternos e leve para passar - ele saiu de perto de mim e pegou três ternos e me entregou - Depois os traga aqui para mim, vou ver o que vou fazer com você.

— Sim senhor - peguei os ternos, a vassoura e o pano.

O pano caiu no chão, tinha que cair, não seria eu se não deixasse nada cair. Me abaixei, não da forma correta, acabei ficando com o bumbum para cima e virado para o dono do hotel onde eu trabalho. Dessa vez ele me demite. Eu só faço coisa errada. Nem olhei para trás, só sai da suíte e corri para o elevador de serviço.

Eu nunca tive muita sorte na vida, isso é fato. Quando você era pequena e ganhava um presente bonito, vinha uma criança e quebrava. As suas amigas sempre conseguiam o rapaz mais bonito, elas conseguiam o melhor emprego, e não é inveja, pois eu torcia por elas é somente falta de sorte minha. Acho que minha aparência não agradava, os óculos, as roupas e o meu corpo não ajudavam muito. Sempre fui a gordinha da turma. Hoje estou aqui, não consegui fazer a tão sonhada faculdade, tive que trabalhar para ajudar em casa, enquanto meu irmão fazia a faculdade, comprava sua moto e ia para as baladas. Mas pela mamãe eu faria tudo de novo. Tinha pena da pobre que trabalhava dia após dia, para nos sustentar e dar uma vida digna pra gente, enquanto Alex curtia e vivia sua vida intensamente.

Desci  pelo elevador de serviço, e corri para a lavanderia, lá eu iria pedir para alguém passar o terno do homem, que tudo levava a crer ser o dono do hotel, o chefe dos chefes. Todas as garotas estavam ocupadas, e lembra da sorte, então ninguém quis passar os ternos para mim, mas eu já tinha feito aquilo antes, passar roupas era moleza, e lá fui passar o terno do homem. Passei o primeiro, o segundo e quando estava finalizando o terceiro, eis que minha gerente me chama.

— Diana, o que está fazendo aqui na lavanderia? Sabe o que você deveria estar limpando as suítes lá da cobertura, não é mesmo? - ela coloca as mãos na cintura.

— Eu já terminei o meu trabalho - Sirlene sai não sei de onde, aquela vaca.

— Estou passando o terno de um hóspede, ele me pediu…

— Você sabe que isso não é sua função - ela aponta o dedo para mim - sua função aqui é limpar e não passar.

— Ele é o …

— Não quero saber quem ele é, você leve os ternos para o cliente e vá até minha sala - saiu reclamando.

— Acho que alguém vai ser demitida hoje - Sirlene me provoca.

— Olha aqui sua… - mas quando eu vou xingar aquela vaca, o cheiro de queimado chega até meu nariz.

Eu sabia que aqueles ternos custavam meu rim ou talvez a casinha onde eu morava. E o terno estava queimado. A marca do ferro estava estampada nas costas do casaco, e se ele não tinha me despedido agora com toda certeza ele me mandaria embora e o dinheiro que eu tenho para receber do meu acerto do tempo de serviço não vai dar para pagar esse terno. O que vou fazer? Primeiro vou subir lá e encarar a fera, depois eu vou tentar fazer um acordo com ele.

Meu Chefe é SheikOnde histórias criam vida. Descubra agora