Pansmione (Ditadura)

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[U.A] [Fanfic se passa no Brasil]

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Ditadura

substantivo feminino

• 1. Governo autoritário exercido por uma pessoa ou por um grupo de pessoas, com supremacia do poder executivo, e em que se suprimem ou restringem os direitos individuais.

• 2. Estado, nação em que vigora esse tipo de governo.

Uma ditadora? Por que acham que eu sou uma ditadora? Não faz sentido. Eu não mando, eu peço. Será que eles não vêm a diferença?

Bufo e fecho o livro com força. Quem eles pensam que são? Só porque são garotos acham que tem o direito de sair falando o que bem entenderem? Eu odeio eles.

Caminho rápido pelo corredor até a biblioteca. Estou furiosa, como eles ousaram me chamar de um ser tão repugnante quanto Humberto Castello Branco?

Estou tão perdida em meus pensamentos que nem percebo que esbarrei em alguém.

- Olha por onde anda filha da puta.

- Me perdoe senhora boca suja - peço desculpas e vou me virando para voltar ao meu destino.

- Está desculpada, senhora ditadora!

Olho para ela embasbacada e solto um bufo. De novo essa história de ditadora?

Eu te odeio Ron Weasley e Harry Potter!

Saio correndo, extremamente irritada, para a sala de astronomia. Nunca gostei muito da matéria, mas é um lugar calmo e confortável de se estar.

Abro a porta e bato ela logo em seguida. Estou irritada, furiosa e triste. Me chamam de ditadora como se fossem próximos de mim.

Quando percebo já estou chorando, nunca sei reagir muito bem quando estou com raiva. Por isso sempre me afasto e fico sozinha depois de algo me irritar muito.

Choro, choro e choro, as lágrimas fazem cosquinha em minhas bochechas. Me engasgo com um soluço e vejo uma garrafinha de água sendo estendida em minha direção.

- O quê?

A pessoa que está me estregando a garrafinha é a mesma que eu esbarrei no corredor.

- Me desculpe.

Pego a garrafinha de sua mão e nossos dedos se tocam. Sinto uma corrente elétrica passando pelo meu corpo quando nossos olhares se encontram.

Ela tem um cabelo Chanel preto e está vestindo o uniforme da sonserina. Mesmo de uniforme ela é muito bonita.

Fico envergonhada, de repente percebo meu estado, desvio o olhar me sentido um pimentão.

- Meu nome é Pansy Parkison - ela estende a mão.

- O meu é...

- Hermione Granger - ela interrompe e conclui minha frase - E antes que você faça a pergunta óbvia de: como sabe meu nome? Simples, você não é tão invisível quanto pensa que é. E não, não é pelo negócio de ditadora.

- Ah!

Passo um tempo olhando para o chão sem saber exatamente o que fazer. Bebo um gole de água e ouço um riso.

- Desculpe, não quis rir de você, mas você estava olhando para a água como se tivesse veneno nela.

- O quê? Me desculpe, essa nunca foi minha intenção.

- Eu nunca disse que não tinha.

Olho para ela desconfiada e coloco a garrafa de água na mesa e me afasto dela.

- É brincadeira, eu nunca faria isso com alguém. Confia em mim.

Por algum motivo a última frase me fez ter arrepios, no sentido bom.

- Vocês, sonserinos, não são de fazer muitas piadas. Não percebi que estava brincando.

- Você já falou com algum sonserino? - ela pergunta e eu assinto - Falou mesmo? De conversar com a pessoa, ser próxima, ser amiga da pessoa?

Amiga? Eu nem sei o que é ter um amigo.

- Sendo sincera, não. Não falo com muitas pessoas do internato.

- Deveria começar, você é legal, faria amizades rapidamente.

- Não sou tão sociável, provavelmente já ouviu sobre isso.

- Claro que já, mas também ouvi que você era uma pessoa fria, amarga, que não tem sentimentos, e isso - ela se aproxima e passa o dedão pela minha bochecha limpando o resquício de lágrima dali - prova ao contrário.

Coro imediatamente com a ação dela.

- Hermione, mostre que você não é tudo o que eles falam. Mostre-lhes quem você é. Mostre quem é a verdadeira Hermione Granger.

O olhar dela não desvia do meu em momento algum, e dessa vez eu também não o desvio. Percebo o olhar dela descendo de meus olhos até minha boca e voltar aos meus olhos.

Ela se aproxima ainda mais, e sussurra no meu ouvido.

- Lembre-se Granger, você não é tão invisível quanto pensa que é.

Ela morde o lóbulo da minha orelha e sai da sala me deixando sozinha.

- Puta merda! O que caralhos acabou de acontecer? Foda-se, que mulher bonita do caralho.

Mal sabia que naquela semana Hermione Granger não abaixou a cabeça e nem chorou por nenhum dos comentários negativos que eram lançados em direção a ela.

E de longe, Pansy Parkison observava sua pequena grifinoria, ignorando e mostrando para todos quem era Hermione Granger, sorrindo de orgulho.

- Isso é tão gay da sua parte Pansy. Caidinha por uma garota que não sabe nem seu nome, fala sério, três anos gostando dela. Supera.

- Cala a boca, Draco. Você não sabe nada - a sonserina mostra o dedo do meio para o loiro com um sorriso para sua garota.

One shots de Harry PotterOnde histórias criam vida. Descubra agora